Italiano Problemático - Duologia Irmãos De Luca - Livro 2

Capítulo 2 - Meu Nome É Nicole

Assediadores só aprenderão a respeitar o outro quando sofrerem as consequências de suas ações maléficas.

Giuseppe De Luca 

Ontem eu quase matei uma menina e não porque estava querendo isso, por sorte ela ficou bem e tudo se resolveu, mas o que não se resolveu foi a lembrança dela sorrindo pra mim ao invés de chorar como estava quando a vi. Ela brincou sobre seu nome e sorriu abertamente pra mim, depois dela entrar eu fiz o mesmo e fiquei a noite a olhando. Merda! Eu estava secando uma adolescente que porra eu tenho na cabeça? Ela é muito jovem e mal sei o nome dela. Ela não bebeu uma gota de álcool, sempre contida e no seu canto e o mais impressionante foi ela rejeitar todos os homens que tentaram a cercar. No final ela foi embora bem mais cedo do que pensei, já eu fiquei e terminei de curtir minha noite que tinha perdido a graça não sei porque razão. 

Agora deitado na minha cama de olhos fechados, sem a menor vontade de levantar daqui para ir até meu irmão, vejo que só fiquei pensando sobre ela, pois quase a matei sem querer. É o que acho. 

-Acorda! - a voz do Mattia me faz abrir os olhos. 

Eu já me senti diferente hoje, não estou de muito bom humor e devo isso a essa maldita doença do caralho. 

-Fora do meu quarto Mattia. - falo assim que ele entra. - Não estou de bom humor hoje. 

-Foda-se! - responde. - Temos que ir até seu irmão, ele está com o capeta no corpo hoje. - diz. - Me ligou gritando . 

-Tá, eu já vou. - respondo seco. 

Tomo um banho rápido e me troco, se eu pudesse passava o dia enfornado em casa, pois sei que hoje será dia de fazer muitas merdas. Eu mesmo não me suporto quando estou assim, sempre fico propenso a fazer coisas que não devia. Entro no lado do carona e Mattia coloca o carro para andar, eu não falo ou olho pra ele e o mesmo sabe que quando estou assim é melhor me deixar quieto. 

Quando entro na casa onde fazemos nossas reuniões já está um bate-boca do caralho. 

-Ei! - grito fazendo meus dois irmãos e Arturo se calarem. 

-Resolver aparecer, onde estava? - pergunta Nero. - Você sumiu! 

-Eu moro no mesmo lugar. - dou de ombros. - E acho bom falar direito com meu amigo, ou soco sua cara. - aponto pra ele e Mattia me olha irritado. 

-Foi reclamar pra você? - Nero ri. 

-Quer brigar comigo Nero, vamos brigar. - Mattia da um passo a frente. - Você não manda em mim, eu recebo ordens do Maurizio e não suas aprenda isso. 

-Ele já entendeu Mattia, ele vai entender. - meu irmão fala olhando para Nero. - Agora vamos falar de negócios. 

-Sim, eu preciso dizer algo antes. - peço. - Eu estou saindo. 

-Da onde criatura? - pergunta Maurizio. 

-De tudo. - dou de ombros. - Eu vou viver minha vida e lutar minhas batalhas, eu preciso me desligar de você irmão. Eu tenho meus negócios e não posso mais ficar jogando pra cá e pra lá... Se precisar de mim pra qualquer coisa, eu vou estar aqui mas do contrario... Eu vou seguir meu caminho agora. 

Eu esperava gritos e xingamentos, mas ele só me abraço e disse. 

-Eu te orgulho de você e sei que vai se sair bem... - se afasta sorrindo. - Você precisa encontrar sua luz no fim do túnel e eu não posso te ajudar. - sinto minha garganta fechar. - Você é a porra de um problema na minha vida, caralho que cara problemático. - aperto seu ombro. - Eu te quero feliz, eu te quero recuperado e livre dos seus vícios... Você vai fazer merda ainda, mais sei que agora posso soltar sua mão e te deixar caminhar sozinho. Eu vou tirar as rodinhas da sua bicicleta e se cair, eu vou estar aqui pra te colocar de pé.