Capítulo 20 - No Limite

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Boa Leitura! 

O único lado bom da queda livre é dar, a quem nos ama, a chance de nos pegar no colo.

Giuseppe De Luca 

Eu estava vivendo um inferno é exatamente isso que se tornou minha vida, já faz dois dias que minha noiva foi sequestrada junto com sua mãe. Eu e meu irmão estamos na casa do Bernardo que assim como nós não dorme a dois dias. Eu só quero minha mulher viva e bem, eu não mereço ter ela em minha vida e isso já está claro para quem quiser ver, mas eu não consigo viver sem ela, eu não posso deixa-la.

-Eles estão na zona leste, mas como sabemos aquele lugar é enorme. - digo dando um gole na minha água. - Coringa, Frederico e Tales estão juntos, estão todos no mesmo lugar e com o mesmo objetivo minha cabeça e do Maurizio. 

-Eles querem o que pegamos do pai da Nicole. - fala Bernardo. - É isso que eles querem, além de vocês. 

-Ele vai ligar pra nós, sabemos como é feito gente. - solta Nero. - Eles esperam 48 horas e depois fazem contato. 

-Ele tem razão, de hoje não passa cara. - Mattia toca meu ombro. - Estamos com vocês. 

-Você vai trazer minha mamãe e minha irmã, tio? - pergunta Peter. 

-Sim pequeno, eu vou. - beijo sua cabeça e ele sorri com lágrimas nos olhos. 

-Eu confio em vocês. - responde subindo as escadas.

Sem vergonha alguma eu abraço meu melhor amigo e sussurro só pra ele ouvir. 

-Eu estou surtando... Eu to surtando. - ele se afasta e me olha. - Eu preciso para eu disse pra ela, mas...

Eu voltei a usar drogas quando fiquei aquele tempo na favela, eu sei que errei mas a vontade foi mais forte do que eu. Será que eu nunca iria conseguir? Ou eu teria que fazer o que meu irmão sempre quis fazer comigo, que é me internar numa clínica de reabilitação? Eu esperava que não, mas o caminho que eu estava era uma overdose ou a clínica. 

-Você não pode, mas eu não vou mais te impedir. - responde. - Vem! 

Ele sai me puxando de perto de todos, ele abre a porta da biblioteca que tem na casa do Bernardo e tranca a porta. Ele abre a gaveta da mesa e tira de lá em saquinho com o que eu tanto queria. 

Minha branquinha. 

Ele faz duas fileiras e caminho a passos largos até a mesa. 

-Uma minha, uma sua. - olho pra ele sem acreditar. - Se vai usar, bom vou te acompanhar.

Eu sento na cadeira e sem conversa cheiro a primeira carreira, olho pra Mattia que faz o mesmo. 

-Porra! - reclama apertando o nariz. - Essa merda é das boas. - aponta. 

-Sim, ela é. 

Tomo o saquinho da sua mão e faço mais duas carreiras e cheiro um em seguida da outra. 

-CARALHO! - fechos os olhos sentindo o feito subir. - Deu por agora. - levanto da cadeira passando o dedo na mesa pegando o restinho que ficou e colocando na boca. - Bernardo faz coca de qualidade. - brinco. 

Mattia toma o saquinho da minha mão e faz mais uma carreira, ele cheira e olha pra mim limpando o nariz. 

-Nero me beijo e eu não sei o que fazer. - confessa na lata. - Eu gostei da porra do beijo, eu fingi que não, mas gostei... Isso é perturbador. - olho pra ele assustado com sua mudança de assunto. - Ele tá gamado em mim é fato, mas eu... Inferno ele disse que queria que eu o comesse. - eu seguro a risada. - Eu sou homem, eu gosto de mulher, não gosto?

Italiano Problemático - Duologia Irmãos De Luca - Livro 2Where stories live. Discover now