Nicole Pereira, uma menina humilde que desde de pequena sofre com abusos e agressões do próprio pai. Largou os estudos para poder trabalhar e ajudar sua mãe doente, e consequentemente os vícios de um pai drogado e bêbado. Moradora de uma região domi...
O amor não tem preconceito, os doentes são que o tem.
Nero
Hoje era domingo e eu estava muito, mais muito animado para passar o dia com o meu gatão peludo. Eu estava na cozinha começando a preparar o almoço em minha casa, eu estava morando num apartamento um pouco distante dos meus irmãos, mas estava melhor assim. Eu como um bom italiano adoro uma massa e aprendi a cozinhar, mesmo muitas pessoas dizendo que cirurgiões não são tão bons cozinheiros, por não ter tempo. Não é o meu caso.
-Cheguei! - a voz dele preenche a casa.
Meu amor!
-Demorou! - reclamo para o irritar.
-Porra como reclama! - ele bufa e viro rindo para ele.
Minha nossa como meu homem é gostoso!
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-Não seja chato! - me aproximo dele. - Vocês conversaram sobre mim? - pergunto tocando no seu peito.
-Não! Porque? Nero todos sabem da gente, não preciso fazer anuncio. - ele revira os olhos. - Fui no meu amigo ver ele, não falar da gente.
-Precisa sim, sou um homem de respeito. - ele gargalha jogando a cabeça pra trás.
-É sim... - ele segura no meu rosto com força.
-Ai, seu bruto! - bato no seu braço.
-Você gosto do bruto aqui... - me olha com aquela cara de safado e eu desligo o fogão já sabendo onde vamos parar.
-Eu amo! - sorriu passando meus braços por seu pescoço. - E você me ama?
-Não sei, tenho que pensar no seu caso... - ri.
-Para Mô... - resmungo.
Ele não responde, mas me beija como resposta.
Vocês devem estar se pergunto como nós chegamos até aqui e bom, não foi tão complicado assim, pelo menos não pra mim.
Alguns meses atrás...
Depois de tudo se acalmar e salvarmos a todos, eu resolvi me afastar e comprar um apartamento mais longe de todos. Eu me afastei de Mattia e passei a evitar ele sempre que precisávamos nos ver, ele percebeu isso, mas não fez nada a respeito. Eu estava a três meses meio que isolado e já tinha até desistido de algo acontecer, mas num dia chuvoso ele apareceu na minha porta todo molhado, espirrando e bêbado.
-Abre a porta Nero... - minha porta é quase derrubada.
-Espera porra! - grito abrindo a porta e me deparando com ele todo exarcado.
