1° capítulo

6.1K 435 512
                                    

PULSE

O coração é um dos órgãos mais vitais do corpo humano. Se soubesse o que esse pequeno e maravilhoso órgão é capaz de fazer, talvez se surpreenda. Me dê só ¾ de um punho ainda assim, contém força o bastante para bombear 4,7 ou 5,7 litros de sangue pelo corpo, por minuto.

beep beep beep

Batendo aproximadamente 72 vezes enquanto o faz, se a expectativa de vida de um humano é de 66 anos. Então seu coração pode ter batido assombrosas 2,5 milhões de vezes.

Além do mais, funciona de forma independente, ou melhor, o músculo cardíaco estimulado mediante da condução elétrica sem controle voluntário mental, quer dizer que é completamente involuntário e trabalha por si só. O que é estranho, é que esse pequeno órgão também foi visto infiltrado em histórias de amor.

— Desculpe, Doutora Chou. A reunião do departamento está marcada para essa tarde.

— Ah sim...Obrigada.

[...]

— Ela é tããaaaaaaaoo genial! — a garota possuía seus olhos presos a bela doutora que estava conversando com um de seus parceiros de cirurgia.

— Hm?

— Ela é tão genial, não importa como veja, estou com tanta inveja dos caras que a ajudam a sair da sala de operações. Espero poder ter um encontro com ela um dia - qualquer um que passasse no corredor naquele momento, perceberia a cara de idiota apaixonada que Nayeon estava.

— Que? Se refere a Doutora Chou?

— Sim!

— Mas, ela é uma mulher...É lésbica ou algo do tipo?

— E daí se eu for? Não é lá grande coisa hoje em dia.

— Ah, realmente.

— Eu ouvi que o brilho de determinação que está em seus olhos, enquanto está operando, é encantador, olha lá - apontou "discretamente" para a doutora que possuía um olhar firme — é realmente penetrante. Se alguma vez ela me olhar com esse olhos eu com certeza já estaria no chão de pernas abertas.

— Acho melhor não se envolver com ela.

— Porque diz isso? Está com ciúmes? — fez uma cara maliciosa e se aproximou da menina.

— Eh??? C-claro que não — seu rosto ganhou um tom avermelhado — é porque pelo o que eu ouvi, a doutora Chou não é uma típica mulher comum e feliz...Muitas enfermeiras e doutoras que tiveram relações com ela, mas ela nunca saiu com nenhuma a sério. Para mim nada mais é que uma jogadora, nesse sentido

— Ah, não brinque.

— Quero dizer que ela não é do tipo que leva relações amorosas a sério, você perderia seu tempo. Realmente ela não tem medo de machucar os corações a torta e a direita. Será muito melhor que não se transforme uma forma de diversão para ela. Inclusive, se sair com mulheres é igual a sair com homens...se cruzar a linha que desenhamos, só acabará prejudicada e machucada desnecessariamente — a garota pegou seus livros e se levantou — Mas por outro lado, deve deitar com qualquer uma, provavelmente tem algum padrão - a garota saiu andando e a mais velha foi correndo até ela e a abraçou por trás.

— Quer se deitar comigo Jeong?

— É o que?

[...]

A doutora Chou estava em seu horário de almoço, ia apenas comer uma maçã, não estava sentindo muita fome, finalmente teria um horário para descansar um pouco, sua última cirurgia tinha sido um tanto estressante, mas como nada é perfeito, uma menina que não parecia ser coreana possuía cabelos castanhos e uma franja bem arrumada se aproximou de Tzuyu.

— Não se importa se eu me sentar certo doutora? — deu um sorriso.

— Oh não, sente-se e fique a vontade, quem ia rejeitar uma senhorita linda como você?

— sei sei...Encantadora como sempre, doutora — puxou a cadeira e se sentou — Isso é a única coisa que irá almoçar? Por acaso isso te dá forças para passar o dia?

— Olha já me acostumei a comer isso. Particularmente não gosto de me sentir cheia — deu uma mordida em sua maçã.

— O que acha dos doces doutora? Você gosta de doces? — apoiou seu queixo em uma das suas mãos e a olhou com um olhar malicioso, se aproximou do ouvido da doutora e sussurrou - se importa em tirar um pequeno e doce descanso depois do almoço?

Tzuyu terminou de comer sua maçã e disse.

— Com prazer.

[...]

Os cabelos grudados em seu rosto pelo suor davam a Yuqi um certo charme.

Tzuyu fazia movimentos cada vez mais rápidos, não se importava se estava a machucando ou não, Yuqi mordia seus lábios para tentar conter os gemidos. Os pensamentos de Chou estavam em outro lugar, ela não queria fazer aquilo, mas era como se ela precisasse.

— J-já estou quase - sua voz quase não saia.

Tzuyu se aproximou do ouvido da garota e disse.

— Hm? Então quer que eu faça? Vamos linda implore com essa voz que tem.

— P-por favor.

Tzuyu sorriu e continuou com os movimentos repentinos até sentir o corpo da garota tremer e finalmente soltar o líquido sem seus dedos.

[...]

— Parece que o doutor Seungri do departamento de pediatria foi despedido e preso. O pessoal está querendo fazer uma festa de comemoração a demissão dele ou algo assim, quem sabe poderíamos ir juntas, ou está ocupada esse final de semana? — disse a garota colocando suas roupas.

— Obrigada pelo convite, mas acho que vou recusar, não sou fã de multidões e de qualquer forma, já vi muito desse povo perambulando durante meus turnos. — disse indo em direção a porta — Ah, e não me siga agora, fique aqui durante um tempo até eu já ter me afastado o suficiente.

— Tsk, mas que saco.

Tzuyu pov.

"Amar com o coração." Não, isso é estúpido para mim.

Essa palpitante dor que sente em seu peito quando as coisas não vão bem, é um "coração partido"? Isso não é nada mais do que seu corpo liberando um monte de substâncias químicas como reação de rejeição, essa específica tipo de dor que eu sinto.

Simplesmente aparece por compreende-lo e por previnir que o corpo libere endorfinas que lhe dão "felicidade". E metafetamina, o agente químico da "droga do amor".

Uma vez que seu corpo para de liberar isso em seu sistema, sua mente será capaz de aceitar e tolerar a dor, já que não há nada para afetá-lo.

Senti algo esbarrar em mim enquanto eu andava pelo corredor em direção a minha casa, olhei para trás e vi uma menina loira, ela se virou e pediu desculpas e continuou seu caminho.

Fui para a minha casa, tomei um banho e troquei de roupa e segui rumo a uma casa de festas.

Deixe-me continuar com minha reflexão...

Não ser presa por minhas próprias emoções. Tudo o que precisa fazer é montá-las e segurar pelos chifres, sempre é mais favorável se transformar em caçador do que terminar sendo caçado.

A música alta já invadia meus ouvidos, fui no bar e peguei um shot de whisky. Me sentei em uma das mesas, e de longe pude perceber uma moça de cabelos castanhos me olhando. Depois de uma certa troca de olhares ela se aproximou de mim.

— Olá.

— Boa noite senhorita.

— Está muito barulhento aqui, que tal irmos pra minha casa para eu poder te ouvir melhor?




PULSE  || satzu || Where stories live. Discover now