12° capítulo

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PULSE 

Narrador pov.

  " vamos ver se seu coração pode lidar com isso, querida." 

Os rostos tão próximos, as respirações se misturando, a pouco centímetros dos lábios se encostarem. 

Iria acontecer.

. . .

Como eu disse: Iria.

Iria acontecer se a Sana não tivesse botado um livrinho na frente dela impedindo que que o beijo tão esperado por vocês leitores acontecesse.

— O que diabos você está fazendo? — um pouco frustada, Tzuyu solta a cintura de Sana.

— Não tão rápido doutora, você tem suas regras por isso é justo que eu tenha as minhas — já afastada de Sana pode olhar melhor para o livrinho que a garota segurava, na sua capa estava escrito "Termos e Condições" —  E aqui estão os meus termos e condições. Eu quero que você leia — estendeu o livro para Tzuyu que o segurou e o analisou.

— O que é isso? um contrato? 

— Sim, você achou que eu só teria a sua palavra para algo como isso? — se jogou na poltrona que havia na sala — Eu não posso deixar que você quebre a promessa que você fez para mim. Certifique-se de assinar depois de ler todas as letras miúdas, e vamos a algumas das regras:

— 1- Não recorrerá nada a força: se algo sexual acontecer será apenas quando ambas concordarem. Deixe claro sua posição de consentimento para não haver erros. 

— 2- Você deve passar um tempo comigo ao menos de...

Blá 
Blá 
Blá

Era assim que Tzuyu a escutava, jogou o livrinho que estava em sua mão em algum lugar da sala e foi em direção ao seu quarto, enquanto estava no corredor gritou para Sana.

— Eu não me importo mais! Vou ir dormir. Faça o que quiser com essa besteira de contrato! 

Tzuyu pov.

Depois de eu ter finalmente conseguido um descanso decente.

Sai do meu quarto em direção a cozinha mas percebi que Sana não estava lá "acho que ela saiu" foi o que pensei.

Seguindo em direção a cozinha, pude ver um papelzinho grudado na geladeira, aquilo não estava lá antes, o tomei em mãos e li.

"Eu fiz um sanduíche para você, está na geladeira.  - Sannie

— Hm… Eu ainda acho que isso não é uma boa ideia.

Deixei a cozinha e fui novamente para o meu quarto, só que no caminho passei por um outro quarto que havia ali, as coisas de Sana estavam lá, resolvi entrar para dar uma olhada. 

Ela realmente vai se mudar? Assim desse jeito…?

Olhando pelo quarto pude ver um porta retrato, havia uma mulher e um homem ali, talvez fosse os pais dela.

[...]

Eu estava saindo de casa indo em direção a minha moto no estacionamento, quando fui chamada por alguém. 

— Doutora Chou? Eu…poderia ter um pouco do seu tempo? — Momo estava parada em minha frente, pela sua expressão ela parecia triste.

— Sim claro, algum problema?

— Eu quero pedir desculpas pelo comportamento de minha irmã doutora. Vejo que ela gosta de você, é um pouco surpreendente porque raramente ela é simpática com alguém.

— A mudança foi recente…Talvez porque ela não tinha nenhum amigo aqui? Está segura de que isso é uma boa ideia? Sana me parece suficiente mas. . .

— É isso que eu tenho que pedir a você… — ela abaixou a cabeça e se curvou um pouco — Eu lamento por tudo doutora. Mas se isso é o que eu tenho que suportar para que ela aceite fazer a cirurgia…Então eu gostaria de lhe pedir para apoiá-la.

— Você não tem que se desculpar. Eu esperaria nada menos de uma irmã coruja como você.

— Sana ainda é jovem ela pode estar no fim da lista de espera mas. . . Dois anos ainda é tempo suficiente para nos dar alguma esperança.

— Mas recusar o tratamento é ideia dela, não?

— Eu… acho que posso entender como ela se sente, ela nunca teve uma chance na vida igual as outras meninas na idade dela. Quero respeitar suas escolhas, especialmente se…Está será uma das poucas coisas na vida que ela começa a decidir por si mesma. Mas se não há sequer um pedaço de esperança, eu ainda quero que ela se submeta a operação. . .

— Eu entendo, tenha a certeza que eu farei o possível para que ela aceite a operação — sorri para a garota que estava com um pouco de lágrimas nos olhos.

— Ah… obrigada, muito obrigada Doutora.

Mas se ela não sente vontade de continuar nessa terra por mais tempo… quem sou eu para intervir?

[...]

— Doutora Chou, eu trouxe o raio X que você pediu — Yuqi me entregou os arquivos e eu a agradeci.

— Obrigada. . .

— Você parece bastante distraída, está se sentindo bem?

— Eu estou bem, não se preocupe com isso. 

— Não nos falamos esses dias — ela se sentou em meu colo — Eu sinto sua falta sabia? — pegou em minha mão e a direcionou para dentro de sua blusa onde colocou em cima de seu seio — Você gosta disso? O que acha de fazer uma pequena pausa? — antes que eu pudesse falar alguma coisa ela juntou nossos lábios 

. . .

PULSE  || satzu || Where stories live. Discover now