14° capítulo

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PULSE 

Sana pov. 

O despertador começou a tocar as 9:00, na maior preguiça eu me levantei da cama segurando a minha coberta e com uma pantufa de coelhinho. Fui até a cozinha para preparar um café.

— Bom dia. Você acorda cedo doutora — minha visão estava ainda um tanto embaçada então cocei meus olhos e pude ver melhor a cena que estava a minha frente.

A doutora estava apenas de roupas íntimas encostada no balcão da cozinha tomando um café.

— AAAAAAAAAAAAA, ME DESCULPA! ME DESCULPA! — cobri os olhos com as mãos — Porque você não bota uma roupa doutora? 

— Eu já não tinha dito antes? Eu não tenho intenção alguma em mudar o meu estilo de vida para te acomodar aqui. Eu estou fazendo as coisas do mesmo jeito que eu sempre fiz.

— Quero dizer… e-eu sei disso, mas isso é pra quando você vivia sozinha! Você não pode me chamar de rude por me intrometer.

— Está tudo bem, eu não me importo, a única confusa aqui é você, não eu - ela botou sua blusa social branca mas quando ela estava abotoando acabei abrindo os olhos e olhando todo o seu corpo desde a cabeça até as pontas dos pés, quando percebi que ela viu desviei o olhar

— então se você não pode lidar com esse calor, então vá…— se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido — pegue suas coisas e corra para casa, amor.

— Quem falou em desistir? Hm? ninguém está desistindo aqui! Isso é brincadeira de criança! 

— Tem certeza? 

— Sim! 

— Tudo bem então, estou saindo — pegou sua bolsa e colocou a jaqueta de couro — Me ligue se precisar de alguma coisa ok? Não se esqueça da sua medicação.

— Eu já sei, você está começando a parecer minha mãe — murmurei a última frase. 

— Pensando nisso você ainda tem pílulas? Poderíamos verificar seu ritmo cardíaco enquanto falamos sobre isso.

— Eu…Eu estou bem, você não precisa fazer isso, pode ir trabalhar qualquer coisa eu te ligo.

— Certo…Até mais tarde Sannie — acabei sorrindo por ela mencionar meu apelido, assim que ela saiu de casa ela trancou a porta.

[...]
 

Narrador pov. 

—  Aí meu deus isso é tão bonito — dizia a menina enquanto via o anel de "namoro" da amiga — finalmente a Yuqi está deixando o grupo das solteiras.

— É! Estamos saindo juntos a um tempo já. — sorriu a garota

— E você não nos disse nada?!  — perguntou a menina loira.

— Queria eu ter um boy magia.

— Eu estava preocupada que as coisas estivessem indo rápido demais no começo. Mas o Lucas disse que era apenas um pequeno presente que ele queria me dar — Yuqi possuia um grande sorriso nos lábios.

— Isso é tão romântico — uma das amigas de Yuqi dizia. 

— Escuta, eles estão dizendo que o novo auxiliar de enfermagem é muito bonito também — disse a de cabelos loiros, Yuqi estava sorrindo, até ter seu sorriso desmanchado assim que viu a nossa querida doutora.

Tzuyu estava na sala dos médicos colocando seu jaleco e guardando sua bolsa no armário.

— Ouvi dizer que seu harém de meninas fugiu por causa de um cara, pode me confirmar isso Chou? — uma doutora de cabelos longos um pouco ondulados entrou na sala dos médicos e se apoiou em um dos armários, ela tinha uma aparência um tanto que marcante, principalmente por causa de suas duas pintinhas, uma no nariz e outra próxima a boca. Impossível alguém não achar ela atraente.

— Que? 

— Não parece que Yuqi tem padrões muito elevados, quero dizer…sobre o Lucas que estamos falando, o boato é que ele gosta de abusar de suas mulheres.

— E daí? Isso não é da minha conta, porque eu deveria me importar? 

— Uou, isso foi realmente cruel Chou — a garota acabou rindo — Como é que ela reagiria a tal resposta?...Mas ei… - se aproximou de Tzuyu e segurou sua mão — Essa sua atitude "não dou a mínima" é o que eu mais gosto em você. O brilho no seu olhar é realmente exitante — aproximou seu rosto de de Tzuyu quase encostando os lábios.

— Myoui você é…

— Uma sexy gatinha brincalhona não é? — Tzuyu sorriu e confirmou com a cabeça, quando seus lábios estavam quase se tocando Mina se afastou — Uma pena, não sou uma de suas baby girls Tzuyu, e eu não trairia quem eu amo...para ser o brinquedo sexual de alguém — Mina saiu com um sorriso cínico nos lábios deixando Tzuyu sem palavras para o que a garota acabara de fazer.

Sana estava arrumando o apartamento para que Tzuyu chegasse, não queira ficar naquela casa sem fazer nada. Assim que terminou olhou o trabalho que havia feito, estava tudo brilhando.

— AHÁ! trabalho doméstico não é nada! Eu posso fazer isso o dia todo! É mamão com açúcar! — sua respiração foi acelerando e não aguentando ficar em pé se sentou no sofá — Droga…Mas já? Eram apenas tarefas. Eu não me sobrecarreguei…Como vou ser independente assim? — após sentir um aperto no peito, sua visão começou a embaçar.

[...]

— A festa de despedida do meu amigo está chegando, quer ir? Se você não tiver planos para mais tarde ou algo assim. 

— Hm… eu vou ter que passar dessa vez. Recentemente peguei um gatinho de rua e eu tenho que ir pra casa cuidar dele, não quero que o coitado morra de fome.

— O que? Você tem um gato? 

— De qualquer forma eu definitivamente vou participar da próxima vez, obrigada pelo convite. Até logo! — acenou para o Doutor Wang que a acompanhou até o seu prédio e entrou no elevador.

Assim que chegou ao seu andar destrancou a porta e entrou em casa, estranhou o fato de tudo estar limpo e silencioso.

— Sana? 

PULSE  || satzu || Where stories live. Discover now