5° capítulo

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PULSE

Tzuyu pov.

Enquanto nossos corações que funcionam através do controle involuntário desligado do pensamento consciente. Ainda é muito possível estimulá-los através do sistema nervoso, ou através do fluxo de hormônio que são liberados. Por exemplo: Felicidade, surpresa, emoção como estas aceleram seu ritmo cardíaco e faz batidas em intervalos mais curtos. Especialmente em uma relação sexual...Minha mente estava aérea, enquanto meus dedos faziam o trabalho na garota a minha frente. Depois que terminamos o que estávamos fazendo, sai da cama e vesti minha roupa.

- Indo tão cedo? Porque não ficar a noite?

- Amanhã meu turno começará cedo, quero estar disposta de manhã.

- Tem alguma coisa errada... Você não parece você mesma esta noite - ela deu um sorriso de lado sem mostrar os dentes - Muito suspeito. Você está fixada em alguma coisa...Ou talvez em alguém, estou certa?

- Não - ajeitei a manga de minha blusa - Eu sou a mesma que sempre fui. Você pode simplesmente ficar calada Jihyo?

- Vamos lá Tzu... Você realmente nunca vai ser fiel com alguém algum dia, como as outras pessoas?

- Eu estou no meio termo, pessoalmente estou bem com essa nossa aventura lésbica que está indo - levantei da cama e vesti minha calça - Mas eu não acho que eu possa fazer isso pra sempre, todos nós temos que estabelecer o tempo algum momento, certo?

- E se tentássemos namoro sério? - ela soltou uma risada - nós realmente podíamos ser compatíveis - joguei a almofada nela.

- Não fale besteiras, você tem namorado e eu não acho que ele saiba dessas suas escapadas. Estou saindo, obrigada pela noite.

[...]

Dia seguinte [ 13:00 p.m ]

A relação de compromisso...? Certo. Eu já estive em um desses antes, é exatamente por isso que eu posso ver através desta charada cega chamada "amor"... Paixão, fidelidade não são nada, apenas um absurdo passageiro. Um sonho para os fracos... um onde eles acreditam que disse que o amor pode ser obtido através de qualquer coisa e tudo na vida.

- Aqui está a sua refeição - me entregou uma bandeja onde tinha uma maçã e um pote com três sanduíches, agradeci pela comida e peguei a bandeja.

- Ahá, você parece diferente hoje doutora. Você saiu de uma única maçã para comer sanduíches agora? Você vai se sentar com alguém hoje?

- Se você não se importa - disse indo em direção a saída do refeitório, mas fui parada por Yuqi.

- Talvez você gostaria de alguma companhia hoje? É solitário se sentar sozinha. Vou até tratar de ficar para a sobremesa, se você quiser.

- Então... Como posso dizer isso sem soar muito grossa? É...não, obrigada pela oferta, mas hoje eu tenho outros planos, talvez na próxima vez ok? - sai do refeitório.

- Oohh! Droga! Droga! Droga! Ela está literalmente dormindo por aí com todas e ela ainda tem coragem de me rejeitar! Isso é besteira! Quando eu encontrar o departamento da enfermeira ela vai ver! - saiu do refeitório batendo o pé.

[...]

- Você é algum tipo sádica doutora? Torturando seus pacientes dessas forma... - a garota não parava de reclamar enquanto subia as escadas - Até onde você tem de ir para me dar a comida que me prometeu.

- Oh, vamos lá isso não é nada! Pare de agir igual uma velha senhora, andando essa curta distância não vai agravar a sua condição - subimos mais alguns degrais e chegamos a porta que levava para o telhado do hospital - Viu? Chegamos. - abri a porta e adentrei o telhado junto de Sana, pude ver os olhos da garota brilharem quando viu a vista lá de baixo - isso não foi muito longe depois de ver tudo isso não é?

- Wow, então esse é o último piso, sempre quis saber como vinha pra cá - Sana correu até a cerca e olhou para o horizonte - você pode ver todos os caminhos da cidade!

- Aqui - entreguei o pote com os sanduíches pra ela - Como prometido.

- Ah... Isso é uma piada certo? Uma caixa de almoço do refeitório doutora? Sério isso? - acabei sorrindo da expressão que ela fez.

- Sim ué. - Acabei soltando uma risada.

- Mas isso não é nada romântico - ela disse isso baixo mas mesmo assim consegui ouvir - trazendo uma menina para o telhado do hospital para comer comida do refeitório... como é que você vem com isso?

- Você mesma disse "trate-me de me dar um lanche!" Eu mantive a promessa até o fim. Você nunca especificou que eu tinha que tornar isso um encontro - sorri e joguei minha maçã para o alto a pegando logo em seguida, depois que a maçã aterrissou na minha mão, olhei para Sana nos olhos - Porque se fosse um encontro... eu tenho certeza que meu encontro seria totalmente contente e satisfeito, obviamente - o rosto da japonesa ganhou uma coloração vermelha, ela se sentou em cima da tubulação de ar e pegou um de seus sanduíches, me sentei ao seu lado e mordi minha maçã.

- Porque você gosta de vir aqui doutora? Eu não acho que muitas pessoas venham aqui... É tranquilo.

- Realmente, gosto de vir aqui quando eu quero algum tempo sozinha, para pensar.

- Ah, então você considera esse seu "espaço privado"? - balancei a cabeça confirmando enquanto dava outra mordida em minha maçã - Então...Eu posso me considerar especial? Por que eu sei sobre seu local secreto agora! - ela deu um sorriso de animação.

- Uh... - pelo amor de deus, ela é tão... tão brilhante, como se fosse o sol no auge do verão - O que é que você queria me perguntar? Perdoe minha grosseria naquele dia também...

- Ah, Eu estava pensando. Eu vi você falando com a família de um dos seus paciente. É só que...A maneira como você compartilha a má notícia com eles - ela deixou o suco de caixinha de lado e subiu na tubulação se equilibrando - Esse seu rosto frio... Como você faz isso? É como se você não sentisse nada quando faz isso.

- Ei cuidado, não fique se divertindo tanto.

- Eu acho que é porque eu vi a sua expressão completamente em branco, sem emoção, por isso eu pensei em perguntar. Se você está ou não fazendo isso porque você é a única responsável pelo caso. De se sentir parcialmente responsável pela perda do paciente e possuir à sua família...

- Não... não em tudo o que disse... Sinceramente não sinto nada, é apenas parte do meu trabalho - ela parou de andar e olhou pra mim - Às vezes... é difícil explicar de uma forma regular para as pessoas entenderem...Mas quando já fizemos tudo o que podíamos e mesmo assim somos incapazes de salvar a vida do paciente. Tudo o que podemos fazer é deixar o resto com o puro dever, não podemos simplesmente insistir em cada pequena coisa que fazemos ou cada erro que cometemos, eu não sinto como se essa fosse a razão...

- Eu acho que... consigo te entender. E confiando nos meus instintos sempre me saio melhor do que confiar em meus olhos e ouvidos - me levantei.

- Bem... acabou o tempo - estendi minha mão para ela descer da tubulação de ar - Hora de voltar, segure a minha mão e lentamente de um passo para baixo, vou levá-la de volta ao seu quarto.

- Ah, mas eu estava apenas começando a me divertir - um passo em falso, foi o suficiente para acabarmos no chão com ela por cima de mim - ai que droga - ela passou a mão pelo cabelo e fechou os olhos - Eu sou desajeitada desculpa doutora, está machuca- - quando ela olhou pra mim, nossos olhares se encontraram, e ficaram presos por alguns segundos - da? - completou.

- Eu estou bem, foi apenas um acidente -Que tipo de feitiço é esse? Porque eu não consigo parar de olhar pra ela? Ela fica tão adorável corada, depois que ela percebeu que o clima estava ficando um pouco estranho, ela se afastou abruptamente de mim se levantando e me ajudando a levantar.

- É, desculpa! Sua roupa está toda suja agora, eu realmente sinto muito! Não deveria ter sido tão descuidada - ela estava ficando nervosa - Ugh... - colocou a mão sobre o peito, rapidamente me aproximei dela - Isso dói.

- Sana? Vou levá-la para o seu quarto... - seus olhos fecharam e senti seu corpo relaxar - Sana!

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