28° capítulo

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PULSE 

Tzuyu se apoiou em uma das caixas e tentou recuperar a respiração, seu corpo inteiro estava doendo, suas mãos e roupas estavam ensanguentadas, uma parte de seu capacete também. 

— Merda — Passou as mãos pelo cabelo pensando no que havia feito, talvez tenha o matado. Olhou para as suas mãos que estavam trêmulas e tentou limpar o sangue delas na sua blusa branca. — Não paro de tremer… Provavelmente é de toda a adrenalina.

Flashback 

— Uma lutadora hm? Gosto de meninas briguentas. Por que você não vem aqui? Vou ensinar a lésbicas como você uma verdadeira lição. — disse com um sorriso cínico nos lábios, ao mesmo tempo que apertou o botão do taser, o mesmo que fez um barulho muito alto. 

Ele rapidamente partiu para cima de Tzuyu que de primeira conseguiu se esquivar, já quando o mesmo foi para cima dela uma segunda vez lhe acertou um soco na barriga o que a fez recuar. Mesmo sentindo dor, Tzuyu conseguiu acertar um chute na mão em que Lucas estava segurando o taser o mesmo que foi lançado para longe. Quando Lucas se distraiu olhando para o objeto, Chou lhe acertou um chute bem certeiro em suas partes íntimas fazendo-lhe cair no chão. 

— Você se acha fortona, mas você não passa de uma putinha — enquanto ele falava, sua mão ia lentamente até o objeto caído atrás dele. Finalmente agarrando o objeto e indo pra cima de Tzuyu lhe acertando bem na costela a mesma que se contorceu devido ao choque.

Sorrindo vitorioso olhando para a mulher no chão, Lucas deixou o taser de lado e se aproximou seu rosto bem perto do de Tzuyu.

— Hora da diversão. — Tzuyu vendo ele desafivelar o cinto, pegou seu capacete e o acertou no rosto, lhe fazendo um corte profundo na testa e uma lesão em seu pescoço. 

— Não importa com que porra de garota você durma. Você não pode abusar das pessoas, para alimentar suas fantasias doentias! Você pode ter tido sorte com ela, desde que se abriu pra você. Você não pode ser feliz, sem saber o que ela realmente gosta. Mas isso não significa que você possa culpá-la ou menosprezá-la! Você pode ter tocado nela, mas um pedaço de merda como você nunca teve o direito de violá-la assim em primeiro lugar! 

— Foda-se o que você fala. Eu adorei aquela putinha na minha cama. 

Tzuyu estava disposta a somente falar mais um pouco e o deixar ali, mas não estava esperando essa resposta do homem, por mais que seja o esperado, sua ira era tanta que partiu para cima do homem lhe distribuindo vários socos em seu rosto, se sua testa já estava cortada imagina agora. 

O rosto do homem ficava mais roxo a cada soco que a doutora lhe dava. Sua mente dizia para parar, mas seu corpo dizia que não. Por mais que violência fosse errado, ela estava adorando aquilo. 

Como é bom ver uma pessoa que fez mal para uma pessoa especial, sofrer. 

Quando Tzuyu tomou consciência do que estava fazendo o homem já estava desacordado em baixo de si. Com suas mãos trêmulas e a mente a mil, saiu de cima do homem e foi para a sua moto. O deixando ali, naquele momento não lhe importava se havia o matado, e não se importava das consequências daquilo, que mais tarde poderiam ser severas.

Flashback off.

Subiu em sua moto e pegou seu celular ligando para Chaeyoung a mesma que depois de alguns segundos atendeu.

— Chaeyoung… encontrou o carro? 

— Encontramos, exatamente como você havia dito. Bem a tempo também, eles estavam desmontando quando chegamos aqui. Há um monte de outros carros escuros aqui, além disso, alguns deles até rastreiam os negócios comerciais ilegais de Lucas Wong, que estamos investigando.

— Bom, isso é exatamente o que precisamos. 

— Ei onde você está agora? — Tzuyu pegou o colar de emergência e ficou o observando, pensando em uma resposta. 

— Só estou… no caminho de casa.

[...] 

A música alta saia da caixa de som de Sana, a mesma que dançava enquanto secava a louça, quando a música parou olhou para o celular e pensou aonde ela estaria. 

— Nenhum telefonema hoje. Então foi isso que ela realmente quis dizer com "ocupada". — Quando estava dançando ela estava sorrindo, mas esse sorriso foi substituído por uma expressão de tristeza. — Eu poderia ligar mais tarde, só pra saber se ela está bem… 

Sana ia ligar sua música novamente mas parou assim que ouviu o barulho da campainha, a expressão de tristeza mudou drasticamente para um sorriso em seus lábios. 

— Ah! Deve ser ela! Estou indo! — correu até a porta mas antes de abrir ajeitou seu cabelo. Finalmente pronta, abriu a porta e sorriu — Bem-vinda de volta! 

— Estou de volta. — Quando Sana reparou em todo o sangue e os machucados na doutora, seu sorriso sumiu novamente. 


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