32° capítulo

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PULSE

Chaeyoung e Tzuyu se dirigiram até a delegacia, assim que chegaram lá Chou pode ver Lucas com o braço engessado e um colar cervical, o mesmo que quando percebeu a mais alta ali começou a gritar atraindo a atenção de todos.

— Lá está ela! Aquela cadela quase me matou! Arrastem essa vadia pra prisão! — enquanto gritava apontava o dedo para Tzuyu que acabou por sorrir. 

— Coleira nova Lucas? — apontou para o colar cervical — Te caiu bem. 

As duas garotas se dirigiram para o interrogatório local onde conversariam com Lucas e seu advogado. Wong parecia bem agitado, já que todas as vezes que abria a boca pra falar ele gritava. 

— Eu acredito que a filmagem da câmera de segurança sejam uma prova sólida senhor. Seu cliente instiga a luta puxando a arma para a doutora Chou primeiro. Ela apenas retaliou para se proteger, isso é auto-defesa justificada. Na verdade acho que ela tem o direito de o pressionar pelo o que fez. — dizia Chaeyoung se direcionando ao advogado do garoto.

— Wong, lembra o que você disse sobre a Yuqi? — iniciou Tzuyu pegando seu celular — Eu tenho tudo gravado. — dito isso foi possível perceber Lucas ficar mais aflito. — Tudo está aqui, incluindo a confissão. — deu play no áudio.

"Mas não se preocupe com isso. Eu dei a ela uma longa e dura lição do tipo de amor que ela merece receber de mim. Quero dizer, antes que eu a enviasse para o inferno". 

— Tenho certeza que você se lembra de ter dito isso. 

— Isso nem é uma confissão de verdade! Eu não vou para a cadeia! — gritou o homem se levantando da cadeira e batendo na mesa, o advogado ao seu lado tentou acalmar o rapaz. 

— Doutora Chou, acredito que haja um equívoco. O caso que estamos discutindo atualmente é a briga que você teve com o meu cliente, a senhorita Song Yuqi não está envolvida nisso. — disse o advogado — E parece que esse áudio, foi feito sem seu consentimento. Eu não acredito que gravações ilegais de uma conversa sejam válidas em um tribunal de justiça. Receio que tudo isso só possa ser visto como algo um pouco mais além do que uma simples briga. 

— Como é que é? — A mais alta se levantou mas Chaeyoung a impediu de se direcionar ao homem mais velho.

— Tzuyu sente-se.

— Se a doutora Chou pretende denunciar meu cliente, eu prefiro que ela faça isso agora para que eu possa pagar a fiança e terminar com isso. — Os dois homens se levantaram e saíram da sala. 

— Chaeyoung! Vai deixar ele sair assim?! Depois de ele ter admitido tudo o que fez com Yuqi?! 

— Não há mais nada que eu possa fazer. — abaixou a cabeça. — Não temos provas o suficiente para ligar esses dois casos juntos…

As duas ficaram em silêncio na sala, ficaram lá em pé sem saber o que fazer todas as duas ocupadas com seus pensamentos, mas foram atrapalhadas pelo telefone tocando, Chaeyoung o pegou e atendeu 

— Alô?... Ela acordou?

Chaeyoung rapidamente saiu correndo da sala acompanhada de Tzuyu e gritou para os policiais na porta da delegacia.

— Guardas! Prendam Lucas Wong imediatamente! Não o deixe sair do local! 

— O que? Porque?! — gritou o homem tentando se soltar dos policiais. 

— O que exatamente você está tentando fazer oficial? — perguntou o advogado.

— Song Yuqi acaba de recobrar a consciência. E seu cliente está prestes a ser condenado por tentativa de assassinato. Podem levar ele senhores. 

Os policiais arrastaram Wong para dentro da delegacia enquanto o mesmo gritava e tentava a todo custo se soltar. Tzuyu soltou o ar e agradeceu por Yuqi ter acordado. 

— Ele não vai sair dessa tão cedo, espero que todos se esqueçam dele e o deixem lá para apodrecer.  — disse Chaeyoung.

— Depois eu sou a maluca. — suspirou — Fico feliz que Yuqi tenha acordado. 

— Eu também, agora vamos te tirar daqui de verdade dessa vez. Vá para casa e descanse um pouco, essa semana foi difícil o bastante para você. 

— Obrigada Chae. 

— De nada, agora suma daqui não há deixe esperando. — apontou discretamente para Sana que estava sentada em uma das cadeiras da delegacia esperando por Tzuyu. 

Os olhos das duas se encontraram e Sana rapidamente correu até a mais nova para abraçá-la.

— Chewy eu estava preocupada. 

— Sannie, como chegou até aqui? Eu disse para ficar em casa. Garota teimosa. — disse enquanto fazia um carinho no cabelo da mais baixa. 

Chaeyoung limpou a garganta atraindo a atenção das duas.

— Vocês ainda estão no DP meninas. Eu sei que vocês duas querem voltar logo para casa, eu posso levá-las.

— Não precisa Chae obrigada. Vamos Sannie? — segurou a mão da garota e sorriu.

— Vamos. — retribuiu o sorriso.

[...]

— Você é um mistério, às vezes. Eu não entendo por que você sente a necessidade de vir ver tudo por si mesma. É apenas um hospital de baixo custo em alguma pequena cidade sombria. O que há de tão interessante? — dizia o homem enquanto mexia em seu celular. — Que perda de tempo, poderia ter feito tudo isso sem ter que vir até aqui. 

Os dois estavam dentro do carro parados em frente ao hospital. 

— Seja um bom rapaz e volte para o seu jogo. E pare de choramingar, em primeiro lugar você quem quis vir junto. — disse a mulher ao lado do rapaz. — Nada impede você de voltar. Eu por outro lado, achei algo bem interessante. — disse enquanto fechava o documento com o perfil de Tzuyu. 

— Nessa pequena cidade sombria.

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