19° capítulo

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PULSE

Sana pov.

- Boom diaa, aqui está - me entregou algumas roupas - A doutora pediu para lavar esses, ah sim, eu vou voltar para pegar suas roupas a cada quarta-feira a partir da próxima semana - disse a senhorinha que trabalhava no hospital.

- Muito obrigada senhora, é...a senhora sabe quando ela volta?

- Não sei querida, ela anda tão ocupada que nem tem dormido direito... bom, eu vou indo agora até mais menina - ela acenou para mim antes de eu fechar e dizer um "tchau".

- Hm, eu disse a ela que poderia lavar esses pra ela.

- Ela ainda jogou minha roupa na cesta, ela realmente não precisava. Acho que vou guardar isso aqui agora, ela não vai morrer se eu lavar mais tarde.

Fui em direção ao quarto da doutora e abri o guarda-roupa, coloquei as roupas nos cabides e pendurei ali. Olhei para a cama dela e resolvi me sentar ali.

- Ela não dorme muito aqui... - me deitei - Já se passaram dois dias, ela deve estar realmente muito ocupada.

Aqui onde ela dorme, tem um cheiro de colônia doce, o que ela sempre usa...

A cena dela me beijando não sai da minha cabeça, seus lábios são tão macios... mesmo ela sendo fria, pude sentir o calor que emanou dela naquele dia, como se eu quisesse...acabei por imaginar outras coisas também e nem percebi minha mão descendo em direção a minha intimidade.

Quando eu percebi o que eu iria fazer rapidamente levantei da cama.

- Que merda eu estou fazendo?! - totalmente envergonhada saí do quarto dela e segui para a cozinha.

[...]

Narrador pov.

Tzuyu andava pelos corredores do hospital segurando um copo de café, suas olheiras estavam muito fundas e sua expressão parecia cansada, ela poderia cair de sono ali no corredor mesmo. Percebendo isso o vice-diretor do hospital resolveu falar com ela.

- Doutora Chou - chamou Tzuyu que se virou para ele - A quanto tempo está aqui? Já foi para casa? Tenho visto muito você por aqui, trabalho excessivo não é bom e você doutora deveria saber disso

- Estou aqui a dois dias senhor, e não, ainda não fui para casa.

- Basta olhar para si mesma, nessas condições eu prefiro que você apenas vá para casa e durma. Você não é mais uma estagiária Chou, porque insiste em agir como um?

- Mas-

- Isso é uma ordem, não tente argumentar comigo. Vá e descanse até se recuperar, eu não quero te ver aqui pelos próximo dois dias, eu fui bem claro?

- Sim senhor...

"De todas as coisas que esse mundo pode jogar em mim, eu sou meu próprio pior inimigo. Ou seja... eu estou com medo de perder o controle".

Foi o que Tzuyu pensou antes de sair do hospital.

[...]

- Ei, coma sua comida agora, ou eu vou comer para de ficar de bobeira, você ainda precisa tomar seus medicamentos Sana - disse Momo para sua irmã que estava andando de um lado para o outro pelo terraço do colégio

- Momo.

- Hm?

- Você acha que eu sou capaz de fazer sexo?

Depois de ouvir essa frase Momo quase cuspiu toda água que estava tomando e acabou engasgando.

- O QUE? Por que você está me perguntando isso?!

- Uai, porque não? É uma coisa normal de se perguntar, certo? Por que está tão surpresa?

- Eu sabia! Aquela cuzona chamada Eunha foi longe demais com você! Ou foi aquele seu outro amiguinho?! Eu vou tirar satisfação com os dois! - Momo levantou da cadeira e ia correndo procurar Eunha e Hoseok se não fosse impedida por Sana.

- Calma Momo, Eunha e Hoseok não tem nada haver com isso - disse rindo de sua irmã

- É só que um corpo como esse, mesmo se eu tivesse um amor, eu provavelmente acabaria tendo relações sexuais com ele em algum momento certo? - continuou Sana

- Claro que não estamos falando de mim, a menina que está morrendo pouco a pouco, e não faz nada mais do que só respirar. Mesmo se eu pudesse, embora seria muito arriscado de qualquer maneira. Quem ia querer namorar alguém ou ter uma família com alguém como eu? Eu não sou normal como eles.

- Ei vamos lá, não diga isso! É claro que você vai ter uma família - deu um sorriso para Sana que a fez se sentir confortável por um momento - Você certamente vai ser muito capaz de fazer muito mais do que isso.

- E depois de conseguir a cirurgia de transplante você vai ser capaz de fazer o que quiser! Assim como as outras pessoas! Se ele está namorando ou construindo uma família, você não ficará excluída de qualquer coisa em sua vida Sannie.

- Confie em mim, vamos sempre ficar juntas, quarenta anos, ou melhor cinquenta anos a partir de agora. Você sempre será minha irmã não importa o que seja! - Depois de Momo terminar de falar Sana a abraçou fortemente, para ela era tão bom ter a sensação de ter alguém ao seu lado, mesmo que não durasse muito tempo.

- Mas eu ainda acho que é muito cedo para você pensar em sexo, mas se você estiver pensando em fazer eu quero saber com quem, quando e onde, entendeu?

- Momo voc-

- Mas se você ainda não tiver certeza eu posso te arranjar uns preservativos.

- Momo! Você já está indo longe demais com essa história!

[...]

Eu já havia saído do hospital e estava quase chegando em casa, esses dois dias foram realmente cansativos.

. . .

Eu estou com medo de perder o controle e colocá-la em uma situação comprometedora assim novamente. Mas mesmo assim eu tenho que voltar em algum momento.

E só agora estou percebendo...

- Estou de volta - abri a porta e entrei em casa me deparando com Sana.

- Seja bem vinda doutora - disse enquanto sorria.

Como é bom ter essa pessoa sorrindo para mim agora, me recebendo em casa.

PULSE  || satzu || Where stories live. Discover now