PULSE || satzu ||

6° capítulo

PULSE 

eai pessoas

Vim só dar um aviso rapidão
O que estiver em itálico é o passado de Sana ok? 

Boa leitura 

~~~~~~~~~~~~~🍒 

— Vão em outra viagem??

— Sim querida… Vamos levar mais tempo nessa do que no habitual.

— Você pode me trazer uma lembrancinha pai? Eu quero muuuuuuuuuitos doces!  — Disse a garotinha arrancando risadas do pai.

— Realmente essa minha filha…Está bem eu te trago algumas bonecas e alguns doces para você. Seja uma boa menina e obedeça sua irmã enquanto estivermos fora.

— Não se esqueça de tomar seus medicamentos Sannie. 

[...]

NOTÍCIAS DE ÚLTIMA HORA: VOO XXX DAS VIAS ÁREAS XYXY EXPLODIU EM CHAMAS DURANTE A SUA DECOLAGEM. NÃO HÁ SINAIS DE QUE OS PASSAGEIROS OU TRIPULAÇÃO ESTEJAM VIVOS ...

...

— Eu acho que…Não devemos contar a Sana sobre isso agora tia, o choque pode agravar a sua situação.

— Devemos planejar o funeral em silêncio… e encontrar uma maneira contar a ela nos próximos meses.

[...]

— Hm? — com sua visão um pouco embaça ela começa a abrir os olhos e reparar que estava deitada numa maca, olhou para o cômodo branco e viu sua irmã e o doutor Jackson conversando. 

— Finalmente você acordou! Você parece bem melhor pirralha! 

— O que? Por quanto tempo eu dormi? — ela passou a mão no cabelo o ajeitando — Eu estou com fome, Momo, traz comida pra mim, minha barriga está roncando. 

— Não sou sua empregada pirralha — disse rindo enquanto  bagunçava os cabelos da irmã que começou a ficar com raiva, o doutor Jackson deixou a sala e encontrou Tzuyu na porta observando Sana e Momo. 

— Ah doutora Chou, estava esperando fora da sala esse tempo todo? 

— Qual a sua condição? 

— Ela ainda está apresentando alguns sintomas menores, nada muito sério ainda… Mas pelo o que pude notar ela vai precisar do transplante de coração mais cedo do que imaginávamos.

Eu não tenho que me preocupar com isso, ela é só mais uma paciente. Além disso, eu não tenho motivo nenhum para me envolver, apenas estou observando seu caso. Eu preciso deixar isso de lado por agora, e parar de meter o nariz onde não fui chamada. 

Depois que eu completei uma cirurgia, fui para o banheiro dos funcionários para tomar um banho e pensar o que aconteceu no meu dia, deixei minha roupa em cima da cadeira e entrei no chuveiro.

— Oh, então a doutora realmente está tomando banho aqui — disse a garota me encarando — Sua pele parece tão suave, isso é tentador. Eu poderia vigiar sua retaguarda se você quiser, não se preocupe — Nayeon foi até a porta do banheiro e a trancou - seremos só nós duas aqui por um tempo, tudo bem pra você uma pequena companhia certo? — ela retirou sua toalha e veio até mim me prensando na parede — Nós deveríamos estar fazendo algo emocionante enquanto você ainda tem tempo livre sabe? Você tem andando estressada ultimamente _ ela aproximou sua boca da minha - eu posso ajudar você a relaxar… tudo depende de você. Você vai deixar? 

[...]

— É aquela enfermeira que é a sua namorada? — ela sorria enquanto segurava um pirulito.

— Hm?

— Você não vai dar um pouco de amor para ela? Porque ela realmente está tentando chamar a sua atenção — ela tinha um sorriso sugestivo em seu rosto enquanto tirava o papel do pirulito e o colocava na boca.

— De quem está falando? 

— Bem ali ó, a de cabelo castanho — apontou para Yuqi que estava conversando com outras enfermeiras — Eu a estava observando, ela fica olhando para cá a cada cinco minutos — Yuqi parou de conversar com as enfermeiras e olhou para Tzuyu — está vendo? 

— Você está interpretando isso errado, eu não estou com ninguém agora.

— Whoa, ei, você está brincando certo? Uma fodona como voc-.

— Sim… eu estou sozinha. — A interrompi.

— Mas eu já vi você flertando com ela antes. Próximas uma da outra, assim eu tinha a certeza que vocês namoravam esse tempo todo.

— Hm... De qualquer modo, o que você está fazendo aqui? Este não é um lugar para você ficar andando por aí quando quiser, as pessoas precisam trabalhar.

— Ah mais lá é chato não tem nada pra fazer lá dentro e…

— Vem cá pirralha estou mandando você voltar para o seu quarto! — segurei ela pelo braço e a puxei em direção ao seu quarto. 

— Ei espera! Eu só queria andar um pouco! Não estou recebendo carinho de ninguém! — ela andava tropeçando atrás de mim, assim que chegamos no seu quarto abri a porta e deixei ela entrar —  Você é maníaca por controle! tudo o que eu queria fazer era me exercitar um pouco e tomar um pouco de ar fresco, e você também quase não conversa comigo, você só fica parada com essa sua cara de paisagem aí.

— Você não sabe como é chato, ficar dentro de um quarto branco como esse todos os dias, de qualquer forma, ficar na cama após dias… eu quero cobiçar os enfermeiros também sabe. E começar a comer algo diferente além da comida de hospital, que tem um gosto ruim. Pegar um pouco de sol, sentir a brisa sabe? — não disse nada, apenas me aproximei dela segurei seus braços ao lado de seu corpo e a prensei na parede 

— Abre a sua boca — a menina estava corada 

— O que?!

— Abra agora — ela abriu a boca devagar e eu retirei o pirulito dela, e depois me afastei — boa menina, e de onde você tirou isso? Isso não é nada além de açúcar. Você não deve comer nada além do que os enfermeiros lhe dão.

— Ah vamos lá! É só um pirulito! E além disso a loja de conveniência no térreo está lá para todos, não é nenhuma grande coisa — ela se jogou na cama — Aish estou ficando cansada de todas essas regras… sem isso, sem aquilo, estou começando a pensar que é mais uma prisão do que um hospital. Quando posso viver minha vida como todo mundo? 

— Se você realmente quer uma vida normal tão ruim como você diz que quer, assine o contrato. Porque você está se recusando a essa operação quando seu nome já está na lista de espera? Há todo um mundo fora do hospital cheio de coisas pra você aprender e desfrutar. Você não se sente como se estivesse perdendo tudo isso? — ela respirou fundo e abaixou a cabeça.

— Você não compreende doutora… que eu tenho passado entre hospitais basicamente a minha vida toda. Eu nunca tive a chance de realmente ter uma verdadeira "vida" como as outras pessoas, eu não tenho um monte de amigos, e eu sempre preciso de alguém para me acompanhar e cuidar de mim. Não é que eu não vejo o valor da vida, é porque eu sei o quanto vale a pena isso que estou fazendo. Se é o plano da natureza… se eu não for forte ou saudável o suficiente para continuar existindo nesse mundo… eu posso aceitar isso muito bem, e viver o máximo que eu ainda posso. Eu só não quero passar o resto de minha vida nesse ciclo, confinada em uma cama de hospital ou em uma mesa de operação. Mas quem sabe? Por você eu posso reconsiderar.

— O que você quer dizer com isso? 

— Se eu aceitar a operação de transplante, você será a única a me operar?