Necromante 4 - O encontro fatal

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Augusto primeiro viajou toda a Ásia com os itens, até chegar de barco ao que viria ser um dia o Japão, na atual Kyoto ele encontrou um time de monges que também eram descendentes indiretos de Morgana, com eles Augusto deixou Excalibur. Em uma pedra dentro de um templo vermelho, isto ativou a magia de Merlin na espada, permitindo que ela ficasse protegida até alguém digno a tomar.

Ele então pegou um navio europeu de lá e foi até a África, no ponto mais alto dela o monte Kilimanjaro, um vulcão, ele escondeu Ignis, para nunca ser encontrado, mas antes disso teve a ideia brilhante de usar o machado para cortar o caldeirão em 2 partes, uma ele levou até o recém descoberto novo mundo, no grande vale onde ficava a cidade maravilhosa de Tenochtitlan, lá ele fez um furo de 500 m com magia e escondeu o caldeirão no fundo, tapando o buraco com areia, sedimentos e água. A outra parte do caldeirão foi escondida, longe dali na Galia, em uma cidade protegida por ogros selvagens, onde ele tinha certeza que ficaria protegida de qualquer perigo. O cajado e o cordão ele manteve, pois foi graças a eles que conseguiu cumprir sua missão sem grandes dificuldades, qualquer um que o tentasse impedir ele matava antes mesmo da pessoa ter a chance de tramar algo concreto. Augusto também colocou um encanto de proteção em todos os itens, encanto esse que avisava se alguém tocava nos tesouros ou as movia da posição no qual foram coladas. Quando terminou sua missão e escolheu um pequeno vilarejo na Galia onde viveu uma semi-reclusão, ocasionalmente ajudando os moradores com algum problema de colheita, ou um monstro que perturbava, as vezes namorando alguma moça da cidade, mas ele não gostava de manter relações muito tempo, se apegar as pessoas tinha se provado mais maligno do que o esperado, pois todas morriam antes dele. Ele também terminou de aprender todas as magias de necromancia, embora não soubesse conjurar todas, ele também entendeu um pouco o porquê de Safira não gostar de usa-las, elas prejudicam o meio ambiente e deixam um leve gosto de azedo na boca, uma ocasional gastrite também. Com seu enorme tempo livre, ele se perdeu nos livros que havia conseguido recuperar da tenda de Safira, aprendendo sobre Liliane, sobre o sistema de adotar uma herdeira a cada geração para ser a protetora dos tesouros, e o rito de passagem para se tornar uma Le Fey de verdade. Ele tentou reproduzir isso, mas conseguiu resultados nada alegres, todavia ele decidiu adotar o nome de Le Fey mesmo assim, tornando-se Augusto Le Fey.

E a vida correu assim, durante tempo demais, Augusto perdeu até a conta de quanto tempo foi. Mas nesse espaço de tempo muitos tentaram tirar excalibur e alguns chegaram perto das partes dos caldeirões, mas ninguém conseguiu tomar nenhuma das peças de seus locais de descanso.

Até que, em 1627, alguém entrou no vulcão e recuperou Ignis. Isso perturbou Augusto, que achava que essa seria a única peça impossível de ser recuperada, mas no lugar de sair correndo atrás dela, ele esperou para ver onde o machado ia ser levado, demorou um ano para ele ter certeza, pois ele se movia constantemente, mas então ele chegou a Roma e aí Augusto ficou estressado, a capital do império do sol era o último lugar que uma relíquia de Jerusalém deveria ficar, mas então ele lembrou que ninguém além dele tinha certeza que aquilo era uma relíquia e não tinha sentido uma perturbação magica muito grande, demonstrando que ninguém havia usado o machado, por isso ele relaxou e decidiu deixar o machado para atrás.

Mais vinte anos se passaram até que algo acontecesse, pelo visto alguém tinha roubado o machado e estava vindo na direção da Galia. Augusto dessa vez entrou em pânico de verdade, o machado era indiretamente a arma com o maior poder de destruição dos tesouros, aquilo nas mãos erradas... Ele não gostava nem de pensar, e depois de muito lutar contra sua própria covardia Augusto foi atrás do novo dono o machado preparado para matar, mas chegando lá ele reparou que o dono batalhava com uma moça singular de cabelos negros.

Após uma intensa batalha, ela derrotou um dos capangas do dono do machado, mas estava muito fraca para terminar o serviço e enfrentar o homem, que aproveitou seu desmaio e fugiu na penumbra. Augusto esperou os homens se afastarem dali e encontrou ela desacordada, colocou seu robe cinza nela, chamou o cavalo dela e mandou ele levar a moça até a cidade mais próxima da forma mais rápida possível. O necromante tomou a direção contraria, ele foi até a cidade dos ogros para avisa-los de que um poderoso mago rumava para lá. Porém, quando chegou na cidade se deparou com um lugar vazio e inóspito, parecia que os ogros haviam migrado, ou algo do tipo, ele ficou com raiva de si mesmo por não ter percebido isso antes, usou sua visão arcana para localizar a parte do caldeirão, botou em suas coisas e saiu dali, agora ele iria até a capital pedir ajuda da moça que ele havia salvado, pois estava muito enferrujado para encarar o mago pau a pau.

Passou a viagem inteira fazendo monólogos internos de como seria seu encontro com a moça, explicar toda sua história em poucas palavras seria complicado. Até que cansou disso e começou a revisar seus feitiços de necromancia. Cansou disso também, mas já estava próximo da cidade. Ele sentou perto de uma arvore para não ser perturbado e usou novamente a visão arcana para ir atrás da moça. Depois de quase se perder diversas vezes dentro da cidade, ele chegou num cemitério, parecia estar ocorrendo um enterro, Augusto então esperou a solenidade acabar, como um imortal ele havia cansado desses eventos, mas entendia a importância para aqueles com vidas efêmeras. 

As Relíquias de JerusalémΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα