As Relíquias de Jerusalém

Necromante 5 - O encontro

Augusto finalmente conseguiu encontrar a jovem, ela estava em um bordel estranho chamado Estrela Latina, ele nunca tinha entrado em bordeis, embora fosse muito interessado na ideia de um local, onde você pode trocar dinheiro pelos prazeres da carne.

Ele estava preocupado que talvez fosse tarde demais, que talvez o grupo do mago já estivesse em seu encalço, por isso antes de entrar tentou usar a visão arcana para determinar onde estava o machado, quando finalmente teve certeza da localização se acalmou, eram ainda uns belos dois dias de viagem e pelo que havia deduzido o mago não tinha ideia de como rastrear a peça.

O necromante iria entregar sua parte do caldeirão para a moça e junto dela, eles iriam chutar a bunda do mago sombrio, na sua mente tudo iria ocorrer da maneira mais simples e eficaz possível, não existia motivo para não ser assim. Ah, é claro, tirando o fato de que nunca tinha sido assim antes e as vezes o imortal esquecia disso.

A moça estava sentada a mesa com um Yolcomeh e uma anã, ele achou aquilo divertido, pensou em fazer algum comentário esperto, mas sentou na mesa todo estabanado e os três ficaram encarando o necromante.

A anã foi a primeira a olhar para cara dele como se fosse voar em seu pescoço.

- Quem é o senhor para entrar de penetra numa solenidade como essa? – A anã bateu a mão na mesa – Saia já!

Augusto não sabia como responder aquilo, pois não lembrava de solenidade nenhuma, aí clicou nele a lembrança do funeral, verdade, eles estavam fazendo um funeral antes.

- Ah, desculpem meus modos, faz tempo que não interajo socialmente. – Ele parecia envergonhado, suas bochechas estavam claramente vermelhas – Eu sou Augusto, e vim aqui com uma informação importante sobre o mago que vocês procuram.

A guerreira a sua frente na mesa, a mesma moça que ele havia ajudado antes, estava totalmente desconfiada dele. E bem irritada com o fato dele estar invadindo a festa pós funeral, tanto que ela colocou a mão na sua espada embaixo da mesa, Augusto percebeu a movimentação graças ao colar e levantou suas mãos calmamente tentado acalmar a guerreira.

- Acalme-se menina, não precisa sacar a arma para mim, só quero conversar.

Ela então se assustou mais ainda, como ele havia percebido que ela estava para sacar sua espada? Ela nem mesmo fez movimentos bruscos.

- Quem exatamente é você? E qual seu interesso conosco? – A guerreira sacou a espada com raiva e apontou para o necromante. – Responda ou te degolarei.

- Acalme seus ânimos, senhor Yolcomeh por favor faça ela se acalmar.

- Responda à pergunta de Romana, ou você provavelmente vai morrer mesmo, os ânimos não estão bons por aqui, seu penetra.

- Eu sei, mas não há motivo para isso, como eu disse me chamo Augusto e bem, não faço ideia de como explicar isso, mas eu sou um necromante.

Romana então começou a rir.

- Um necromante no novo mundo, e como eu não sei quem é você? – Ela ria como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo – A maioria dos necromantes são do império e os que não são... Bem, estão longe daqui isso eu garanto.

Augusto sacou o cajado de Morgana e roubou um pouco da energia vital do ar, para trazer um peixe no prato da mesa vizinha de volta a vida. Romana abaixou a espada, respirou fundo para tentar se acalmar, mas a expressão em seu rosto. Na verdade, no de todos, era de uma confusão extrema. Um necromante ali não era bom sinal.

- Eu sou Augusto, o necromante e vim aqui pedir ajuda da senhorita Romana. – Ele coçou a cabeça tentando buscar palavras – Existe esse mago e ele pegou um item chamado machado Ignis do império do sol. Esse item é poderoso demais, mas o grande problema é que ele está indo atrás dos outros.