Capitulo 20 ♡

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"É triste saber que um dia vou ver você, e sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz, seu rosto e o resto do mundo desaparecer. o fim do amor é ainda mais triste que o fim."

Meu corpo doía, respirava com dificuldade, deitada na naquela cama, no escuro, eu chorava lembrando de tudo o que aconteceu.

Eu fui estuprada, subiram no meu corpo e me invadiram sem o meu consentimento. Eu não pude fazer nada. Ele parecia está gostando e foi até o fim. Eu estava imóvel, apavorada. Ele me esmurrava, puxava o meu cabelo e dizia coisas que não entendia sobre eu o abandonar. Ele gemia em meu ouvido e chamava pela minha mãe. Eu dizia por favor pra ele parar enquanto chorava e ele só dizia: "parar pra quê, lia? você gosta que eu sei. senti saudade.

A violência acontecia fora e dentro de mim. Eu me sentia imunda, suja, um lixo. A minha alma sangrava a cada vez que ele metia em mim mais uma vez.

Estava doendo muito.

Meu corpo doía, minha alma despedaçada, Minha calcinha em frangalhos no chão, só não mais rasgada que eu. Depois que ele terminou, saiu do quarto, Se vestiu e foi embora. Como se não tivesse acabado de matar uma alma, Como se não tivesse acabado de me deixar acabada por dentro, Ele me deixou alí, trancou a porta e foi.

Quem me estuprou, quem violou o meu corpo eu realmente não conheço. Dizem ser um pai. Pai? Pai não faz isso. Pai não machuca, não mata, Não fere, não faz sengrar. Não, não é pai.

Sinto o seu cheiro em meu corpo, cheiro de bebida. Está por toda parte de mim, eu quero arrancar cada milímetro do meu corpo tocado por ele. Fiquei horas deitada na cama, no escuro, querendo fugir, Mas pra onde? Eu estava em outro país.

Meu ser inteiro doía. Eu já não aguentava mais chorar e pedir a deus que alguém me tirasse dalí. Me levantei da cama destinada a tirar aquela sujeira de suas mãos em meu corpo. Fui ao banheiro, tranquei a porta, peguei uma esponja e sentei no chão, esfreguei com toda força que havia dentro se mim. Procurando de alguma forma me sentir menos suja. Mas sabia que não seria possível. A força fez marcas vermelha por toda parte, havia marcas dos muros, tapas e mordidas que ele havia feito em mim.

Depois de chorar mais uma vez, Me vesti o máximo que pude e voltei a deitar na cama. Meu estômago já não dava sinais, sem fome e sem sede. Mesmo com medo voltei a dormir.

Eu estava fraca. Dois dias, já fazem dois dias que ele me trancou aqui nesse quarto. Dois dias sem comer, dois dias sem falar com minha mama. Pela manhã, abri meus olhos e tentei me localizar, na esperança de que tudo aquilo não passou de um pesadelo, que ainda estava na Coréia com minha mama, com as meninas e o meu amor. Mas não, eu estava alí, deitada nessa maldita cama.

Olhei pro lado e vi que a porta do quarto estava aberta, Respirei fundo e fui até a janela do quarto. Seu carro não estava.

Saí do quarto em busca de comida,
Mas o medo em mim não deixava eu ir rápido. Com passos lentos e extremamente silenciosos cheguei na cozinha. Na geladeira peguei o leite e o levei até a boca. bebi com toda vontade como água no deserto. Mas meu estômago não aceitou, e coloquei tudo pra fora na pia.

Respirei fundo. Meu estômago doía, Sentia um leve arrepio na espinha. Por um momento parecia que colocaria meus órgãos pra fora. Me seguirei na pia pra não cair me sentindo fraca.

Peguei um banana que já estava ficando podre e digeri. Engoli com dificuldade pois meu estômago havia passado muito tempo sem receber alimentos e água, e a dor me fazia me contorcer. Liguei a torneira e lavei minha boca.

Levantei a cabeça e me sentei na cadeia próximo a mesa sentindo meu mundo ficar  embasado. Foi onde meus olhos vagaram em uma identidade.

Min-jung ? - estranhei.

A identidade estava com sua foto,
Uma Identidade falsa. Peguei e escondi, Fui a procura do meu celular, preciso falar com minha mama e dizer tudo, não aguento mais.

Chegando na sala vi tudo revirado, Sofá cheio de roupas, havia várias garrafas de cachaça no chão, e o cheiro me dava ânsia. Procurei meu celular por todo lugar, mas não achei.

Logo ouvi a porta sendo destrancada, fui o mais depressa possível para o quarto. Deixei a porta do mesmo jeito que encontrei, deitei na cama e fingi que dormia.

Pov lisa

Minha mãe entrou na sala com cara de quem viu um fantasma.

Mãe!? O que houve com você? Você está branca!! —  levanto com dificuldade.

— Filha... Meninas...

— Tia, Vem, senta.— rosé foi em sua direção e a trouxe para sentar no sofá.

— vou pegar água.— correu em direção a cozinha.

Mãe, me diga o que houve pelo o amor deus...


— Pega tia, toma isso. Água com açúcar.

— Obrigada, jisoo. Meninas, vocês não sabem o que aconteceu? — pergunta ofegante.

Sabe o que, mãe? Pelo amor de deus me diga logo.

— Estava na casa de jennie conversando com a madrinha dela. Ela me contou que aquele homem... Aquele... Homem... O Pai...

— Pelo amor de deus tia, diga de uma vez.— jisoo implora.

— Ele está sendo procurado por mais de quatorze anos pela justiça por assassinato, estupro e venda de drogas.

Quê!? Como? Minha nini está lá! Com aquele homem, correndo risco... Não... Não!

Minha respiração ficou descompensada, eu suava frio, meu estômago embrulhou, senti em minhas costas um coisa macia e alguém dando tapinhas em meu rosto dizendo coisas que saíram como barulhos incompreensíveis. Meu corpo parou, não recebia comando.

Foi só isso que lembro.

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I was like that - JENLISA Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin