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Maju tragédia 3/4

Eu e Filipe entramos mudos e saímos calados do avião. Chegamos em casa. Filipe largou a mala no meio da sala, subiu colocou o fuzil nas costas, pegou o radinho e saiu. Não disse absolutamente nada. Sentei no sofá me sentindo arrasada. 

ligação on

- Amiga?

- Oiii, que saudade! Como está aí em porto?

- Eu já cheguei.

- Ué? Mas só não ia vir depois do final de semana? O que aconteceu?

- Carlos aconteceu...

- Oi? Mas ele não tava morto?

- Pode vir aqui no casarão?

- Tô indo...

ligação off

[...]

- O QUE?! NÃO ACREDITO MAJU!

- é serio...

- Minha nossa senhora.- ela colocou a mão na boca.

- O que você vai fazer agora?

- Não sei Mariana... a essa altura meu casamento já até acabou, antes mesmo de ter começado.- falei em lágrimas.  - na hora da briga, eu joguei a aliança nele. 

- Mas por que isso tudo amiga?

- Ele desconfiou de mim Mariana! Disse que posso estar escondendo que transei com o Carlos Eduardo por vontade própria. Disse que não estava lá, então não pode ter certeza de nada. 

- Meu Deus! Que escroto do caralho! Ele sabe muito bem as coisas que aconteceram lá, minha tia fez um ótimo trabalho vigiando você. Fora a prova viva que estava na cozinha, o tal calmante.

- Exatamente, mas ele disse que pode ter acontecido outras vezes, e insinuou que eu fiz por que quis fazer. 

- Já pensou em ligar pra esse tal número?

- Já... mas tô com medo do que posso descobrir.

- Descobrir é o que mais temos que fazer agora, pega seu celular.- peguei me aparelho e fui ver o número nas mensagens. Disquei o número pausadamente e pensando duas vezes antes de realizar a chamada. 

- Será se devo?- perguntei.

- Anda logo com isso!

ligação on

coloquei no viva voz pra Mari escutar.

- Princesa!- uma arrepio percorreu pela minha espinha. Eu conhecia aquela voz e aquele jeito de me chamar de princesa. 

- E-e..quem tá falando?- perguntei mesmo sabendo a resposta. 

- Nossa... minha voz ficou tão diferente assim?

fiquei em silêncio. 

- Sou eu... Carlos Eduardo, se lembre de mim não é? - Mariana arregalou os olhos e colocou a mão na boca.

- Co-como? Como pode estar vivo?- gaguejei.

- Seu marido até que me deixou uma bela cicatriz, mas nada fatal. Estou ótimo caso queira saber!

- Não te perguntei. - ele riu

- Deve ter ligado por conta do teste não é? Até que demorou...

- O que você quer com minha filha Carlos?!

- Nossa, você quis dizer.

- Não tem como Carlos!

- o teste de DNA diz ao contrário.

-  eu estava dopada!

- De qualquer forma, a filha é minha!

- Não aceito! Quero outro teste e dessa vez eu vou junto!!!

- Ok, te ligo pra confirmar, até princesa. 

Ele desligou. Passei as dua mãos pelo meu rosto e bufei. Mas que pesadelo.

- Tô passada...- Mari comentou.

- Só você? O que eu vou fazer se ela realmente for filha dele? Não posso conviver com isso Mariana, minha filha não pode ser filha de um maníaco!

- Eu sei que vai ser difícil amiga... Mas uma coisa eu sei, Filipe estar completamente errado de ter te tratado daquele jeito, você não teve e nem tem culpa de nada disso que está acontecendo.- ela me abraçou.

- Mas então por que me sinto culpada?

- Porque ela nasceu de você, você é mãe dela, está se culpando por ela ser filha dele apenas isso. Ayla é uma criança ótima, e é a sua cara, graças a Deus ela não tem nada haver com aquele louco. - Assenti. Ok, agora só esperar esse psicopata retornar pra marcar o dia de realizar outro teste. 

Ahhhhh falecido que nada, esse filho da puta tá muito vivo! 

cap curtinho...motivo: o próximo vai ser grande



O herdeiro da FavelaWhere stories live. Discover now