Prólogo.

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Alemanha-2016

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Alemanha-2016. 

Corri. 

Corri como se minha vida dependesse disso. E dependia. 

O sangue martelava nos meus ouvidos e a adrenalina queimava nas minhas veias. Eu não conseguia tirar da cabeça o fato de que ele prometeu me libertar e, mesmo depois de anos, me libertou. Ele me reconheceu e brigou com o melhor amigo por causa disso. 

Eu podia ter matado. Os dois. E seria o que fui treinada para fazer. Mas não fiz. Cansei dessa vida de assassina profissional. Cansei de ser quem eu era. 

Corri, olhando para trás o tempo todo e, por isso, não vi a mulher na minha frente. Ela e mais um homem me prenderam. 

Mas eu não demonstrei resistência alguma. Queria mudar. Queria me ver livre da Hydra. Era, provavelmente, a minha chance de redenção. 

Ouvi passos atrás de mim, enquanto os dois me amarravam e falavam na escuta que haviam prendido mais uma fugitiva. 

A mulher, que era ruiva e bem atraente, franziu a testa e me encarou. 

-Qual seu nome, garota? 

Não respondi de imediato. Criei coragem. 

-É Kaya. Mas eu odeio esse nome. 

-Ninguém perguntou se você odeia ou não. - Um outro homem pousou ao lado dela, saindo de dentro do que parecia uma armadura. - Mas concordo. Esse nome é horrível. 

-Eu tenho uma prima chamada Kaya. - O primeiro homem, que segurava flechas, falou. 

-Ah... Sinto muito. É mesmo um péssimo nome! 

Revirei os olhos. 

A mulher ruiva chamou os dois homens em um canto. Eles se afastaram. Um homem, claramente outro prisioneiro, virou para mim, amarrado. 

-Você é uma vergonha para o seu pai. Para todos nós. Traidora. 

O encarei. Eu nem ao menos sabia quem aquele idiota era. Devia ser algum soldado comum que achava que seria grande na Hydra. 

Depois do que pareceu horas, onde eu tive que ouvir inúmeras ofensas de todos os outros que também tinham sido pegos, ouvi os passos que eu tanto conhecia. 

Fechei meus olhos e encostei a cabeça na árvore atrás de mim. Procurei manter a respiração regular. Senti que ele sentou na minha frente e me encarava, mas não abri os olhos. Ele passou a mão de metal pelo meu rosto, afastando os cabelos. Tive vontade de chorar e mordi a boca para impedir, mas as lágrimas desceram mesmo assim. 

A Herdeira. - Bucky Barnes. Where stories live. Discover now