Voltando à Rotina.

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💥💥💥💥 Ps: Capítulo com insinuação de suicídio e depressão forte! Por favor, se for muito pesado, não leia o final! 💥💥💥💥


Depois de trocarmos lembranças por mais alguns minutos (e de eu me emocionar toda e chegar a chorar lembrando que ele cumpriu mesmo a promessa), acabei começando a ficar com sono e começando a querer dormir. 

Quando fiquei quieta tempo suficiente para Bucky interpretar que eu tinha chegado ao meu limite, ele se levantou e me pegou no colo, me colocando na cama. Me deu um beijo na testa, enquanto me cobria com o cobertor e os lençóis e ia sair de perto. 

Mas agarrei  a mão dele e fiz a melhor carinha de cachorrinho abandonado que podia. 

-Onde você vai? 

Bucky sorriu e respondeu em russo (já que eu tinha falado russo sem nem perceber). 

-Eu vou para o sofá. 

-Por quê? 

-Você está bêbada, Naomi. Não é certo. 

Revirei os olhos e , com um puxão inesperado, fiz ele cair esticado na cama. Comecei a rir, mas só um pouco. Bucky me olhou, franzindo os olhos. 

-Uau, você é muito engraçada! Chega para o lado, vai! 

Sorri cínica e cheguei para o lado, enquanto ele se jogava na cama. 

-Desistiu do sofá? 

-É claro! Você não é muito normal das idéias, dorme com um canivete no sutiã e está bêbada! - Ele fez uma cara engraçada. - Eu tenho amor à vida, tá? 

Eu ri. Nos ajeitamos para dormir e só então, notei que ele sabia do canivete no sutiã. Mas como? Como eu estava bêbada, não passou de um pensamento curioso. Deixei para lá. 

Só no dia seguinte, lá pelas duas da tarde, quando eu acordei, percebi o que tinha acontecido. Bucky dormia de costas, com a mão normal embaixo do travesseiro e os cabelos espalhados em uma cascata e todos bagunçados. Ele roncava de leve, nada que incomodasse. O que "incomodou" foi ver que a outra mão dele estava presa na minha. Bem, não chegava mesmo a incomodar, mas tive dificuldade para conseguir soltar e pular da cama, em pânico, me trancando no banheiro. 

Olhei no espelho. Eu estava com uma aparência péssima. Minha cabeça doía. E antes que eu pudesse raciocinar, pus todo o vinho (ou o que sobrou dele) para fora. Que beleza... Eu estava de ressaca! 

Mal conseguia raciocinar, mas tentei ignorar o assunto Hydra que estava martelando na minha cabeça. Eu tinha outras preocupações naquele instante. 

Como o fato de que quase beijei Bucky e o chamei de Crush duas vezes em uma noite! 

Pensei seriamente em quebrar o espelho e me matar, tamanha vergonha. Mas depois, me tranquilizei. Se fosse outro cara, assim que eu chamei de "crush" tinha me beijado. 

Depois, entrei em pânico porque lembrei que ele era o Bucky, não outro cara. Afinal, ele não queria nem dormir comigo porque eu estava bêbada! 

Tomei um banho congelado, de roupas e tudo e isso serviu para melhorar minha cabeça e as dores no corpo. Depois, comecei a me enxugar e torci as roupas em um canto, tentando fazer secar. 

Procurei as roupas novas pelo banheiro. Onde eu tinha posto? Meu sangue gelou.

Eu não tinha levado roupas. 

Dessa vez, tive a decência de sair enrolada em um roupão, pelo menos. Abri a porta devagar. Ele não estava na sala. Suspirei, aliviada. Pé por pé andei até a porta do quarto e chamei ele baixinho. Nada. 

A Herdeira. - Bucky Barnes. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora