Acordei com a claridade do Sol batendo no meu rosto e enquanto ia tomando consciência, percebi Bucky agarrado a mim, como uma criança agarrando um ursinho de pelúcia.
Sorri, automaticamente, tirando os cabelos dele da frente do rosto dele. Eu não conseguia acreditar que a noite anterior tinha sido real.
Eu não conseguia entender como ele tinha se apaixonado por mim ou como podia me amar da forma que disse que me amava. Ele era incrível e eu era...
Só eu.
Talvez, mais dúvidas se passassem pela minha cabeça naquele momento, do que se passaram pela vida inteira e eu senti que ela poderia explodir se eu ficasse pensando muito sobre isso.
Respirei fundo e comecei a pensar no que era fato.
Ele me beijou. Então, depois de uma conversa onde se declarou, eu o beijei. E agora?
Ai, Deus...
Como minha cabeça começou a fisgar, decidi fechar os olhos e aproveitar a sensação de conforto que eu sabia que perderia assim que saísse dos braços dele.
Tá, deixa. Eu não conseguia desacelerar a minha mente. Eu já estava pensando, preocupada, em como agir quando ele acordasse. Eu deveria beijar? Ou tratar como sempre tratei? E se eu fosse invasiva? E se ele achasse que eu não me importava? E como agir na frente dos outros? Eu deveria contar para alguém ou guardar para mim?
Olhei para o rosto de Bucky, apoiado entre o meu peito e o meu estômago. Ele chegava a ressonar, quase roncando. Parecia tão tranquilo e feliz...
Eu era o motivo disso? Ele sempre ficou assim ou eu que nunca tinha reparado?
Engoli em seco e comecei a desembaraçar os fios dele com os dedos, recebendo um abraço mais apertado como resposta, enquanto ele resmungava algo sobre "Esperar mais cinco minutinhos...". Sorri de novo.
E se ele não gostasse de ser acordado mexendo no cabelo dele? Parei.
Então, lembrei que ele gostava e voltei a mexer no cabelo dele. Macio, fofo, cheiroso...
Tentei resistir ao impulso, mas desci minha mão pelo rosto dele e tracei a linha do maxilar com o dedo. Passei pelo queixo dele e circulei os lábios dele.
Amaldiçoei minha vontade de fazer xixi e comecei a me desvencilhar dele. Buy resmungou, resmungou , resmungou, mas não acordou quando, finalmente, consegui levantar da cama.
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A Herdeira. - Bucky Barnes.
Fanfiction"Desde o início da minha vida, eu sabia que meu nome era Kaya. Só Kaya, sem sobrenomes. Sabia de quem eu era filha e para quê eu existia. A realidade que me foi ensinada, nunca tinha sido a certa. Mas eu não sabia disso. Eu matava, seduzia, roubava...