Uma Manhã Estranha.

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No dia seguinte, levantei cedo e achei melhor não acordar Bucky. E nem ignorar ele. Quando precisei, ele esteve lá por mim. Eu ia estar lá para ele, também. 

Passei pela sala, bagunçando os cabelos de Tony, que lia uma projeção eletrônica de um jornal no pulso e quando ia para a cozinha, parei e encarei o sofá. 

Sophie dormia lá. Parecia, pela maquiagem borrada, ter chorado muito. 

-Quando eu acordei, já estava aí.- Tony deu de ombros. - Aliás, soube o que você e o Sam fizeram. Eu sempre disse que gostava de você, não disse? 

Segurei meus braços e dei um meio sorriso. 

-Vai deixar eu opinar sobre suas armaduras? 

Tony revirou os olhos, passando o dedo pela "página ". 

-Todo amor tem limite, Naomi. Não abusa, não! 

Eu sorri e fui para a cozinha. Normalmente, Bucky comia por um batalhão, mas sempre que ficava chateado, ele perdia o apetite. 

Fiz só um cappuccino e algumas torradas e equilíbriei em uma pequena bandeja, me virando. Estremeci ao ver Wanda e Sophie, paradas na porta. 

Mas Wanda não demorou muito, apenas pegou uma maçã e saiu. Ainda bem! 

Sophie é quem esfregava os olhos e piorava a situação da maquiagem. 

-Oi. - Falei. - Tem café na cafeteira e está fresco. 

Ela assentiu, automaticamente. Então, percebi um músculo tremendo no queixo dela. 

-Eu não queria que ele terminasse comigo, Naomi! 

Suspirei, apoiando a bandeja na bancada. O cappuccino ia esfriar e Bucky ia acabar acordando. 

-Então, por quê traiu ele, Sophie? Isso o magoou. 

-Eu sei! Eu errei! - Sophie se desesperou vindo até mim. - Ele está com raiva agora, Naomi! Eu entendo... Mas não tem como você falar com ele? 

Suspirei de novo. Steve entrou na cozinha e me desejou um "Bom dia!". Mas eu estava tão irritada que não respondi. 

-Sophie... Não posso falar nada com ele! Tenta você mesma mais tarde! 

Puxei a bandeja e a contornei Sophie. Assim que ela fez menção de vir atrás, Steve a chamou. 

Entrei no meu próprio quarto e abri, apenas um pouco, as cortinas. Sentei ao lado de Bucky, que estava enrolado nos meus lençóis e agarrado no meu travesseiro. Me permiti soltar um pequeno suspiro. 

Ignorando a beleza dele, o Sacudi. Bucky abriu os olhos segundos depois, esfregando o rosto que tinha uma adorável marca vermelha na bochecha. 

-Hm? Que foi? 

-Eu trouxe um cappuccino. E torradas. 

-Não quero. 

Bucky reclamou e rolou, escondendo o rosto embaixo do travesseiro. Puxei os óculos dele de cima da minha escrivaninha e voltei a sacudir. 

-Bucky, acorda! Anda! Põe esses óculos e levanta. 

Bucky segurou o travesseiro com mais força e virou totalmente de costas. A voz dele saiu abafada. 

-Eu não estou com fome, Abelhinha! 

Pulei em cima dele, literalmente falando. E continuei o sacudindo. 

A Herdeira. - Bucky Barnes. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora