Capítulo 21

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Deem play na música, a experiência é diferente com trilha sonora. Boa leitura <3 


Maya não costumava ser obediente, principalmente porque Anahí era conivente com todas as suas travessuras. Dessa forma ao ver o mar, que quebrava em pequenas ondas, ela correu o mais rápido que conseguiu sobre a areia até sentir as patas afundarem na água gelada. Anahí não segurou a gargalhada ao ver a felicidade da sua melhor amiga, que saltitava para todos os lados fazendo uma verdadeira festa para quem as visse. Era impossível não entrar no clima totalmente livre e despreocupado, dessa maneira Anahí livrou-se dos sapatos e correu ao encontro dela.


Marley era brincalhão e só tinha tamanho uma vez que sua personalidade se enquadrava perfeitamente como um bebezão bobo e carinhoso. A audição aguçada possibilitou que ele percebesse a euforia que viria pela frente, então desprendeu-se da coleira enquanto Alfonso parecia distraído olhando o vai e vem de pessoas e correu em direção aos latidos desconhecidos, mas chamativos.


Anahí assustou-se quando o cachorro se aproximou, Maya não era muito receptiva com outros animais então seu receio era que os dois brigassem e acabassem se machucando. Mas não foi o que aconteceu, Marley farejou o focinho de Maya e lambeu suas orelhas peludas, e a descarada não se fez de difícil, distribuiu o gesto antes de correr para a praia onde os dois começaram a brincar e espatifar areia para todos os lados. Anahí também precisou correr para alcançá-los.


Anahí: Que garotão bonito. – Afagou a cabeça de Marley. – Cadê seu dono? – Continuou, e sorriu quando foi atacada por eles com uma verdadeira guerra de lambeijos.


Alfonso apressou os passos quando viu Marley praticamente pular em uma mulher. Ao mesmo tempo que se aproximava os pés pareciam pesar infinitas vezes mais, afundando-os na areia ao passo que ele reconhecia o som daquela risada que ecoava em seus ouvidos. Anahí estava distraída demais para notar que estava sendo observada em uma distância quase irrelevante.


Anahí: Vamos procurar seu dono rapazinho. – Levantou, os dispersando.


Alfonso: Não precisa, estou aqui. – Proferiu, para ver Anahí virar o rosto e fixar o olhar no seu.


Eu ainda estou aqui

Perdido em mil versões irreais de mim

Estou aqui por trás de todo o caos

Em que a vida se fez


Anahí: Alfonso. – Afirmou para si mesma, para controlar o entalo esmagador em sua garganta.


Alfonso: Anahí. – Devolveu, afivelando a coleira no Marley. – Me desculpe por isso, ele não é adepto a cerimonias e não faz ideia do próprio tamanho.


Anahí: Não se preocupe, estou acostumada a lidar com bebês de trinta quilos. – Devolveu, sem conseguir parar de analisar os traços diferentes dele, parecia uma eternidade.


Maya demorou para esboçar alguma reação, mas Alfonso se agachou em sua frente lhe dando permissão para aproximar-se. Ela estava mais tímida que de costume, mas aceitou as carícias em sua cabeça de bom grado.

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