Anahí estava com o semblante tranquilo, ela observava o entusiasmo do pai em cada apresentação e não poderia se sentir mais satisfeita. Carregava consigo um sorriso aberto que se desfez involuntariamente assim que seus olhos encontram três conhecidos se aproximarem dela, e um deles muito bem acompanhado. Ela nunca sentira nada parecido, a garganta secou e por um instante acreditou que o chão iria abrir sob seus pés. Além do nervosismo quase palpável ela também sentiu raiva, mágoa e uma súbita vontade de gritar, como se dessa forma fosse possível arrancar do peito o ciúme que extravasava em solavancos.
Alfonso apertou os dedos da noiva para se situar, afinal não poderia deixar transparecer como a presença de Anahí o desestruturava. No pequeno espaço que os separava era possível sentir como ficara difícil respirar, de um lado ele forçou simpatia para abrir o melhor sorriso que conseguira, e de outro ela não fez questão nenhuma de fingir o aborrecimento que aquele ato lhe causou.
Chris estava longe de ser a melhor pessoa para iniciar a interação entre eles, mas também não iria admitir perder a oportunidade de colocar os sentimentos do amigo a prova. Principalmente quando notou a forma que Bradley olhava para a pequena diaba, que diferente de Alfonso, não possuía dúvida alguma sobre o que Anahí despertava dentro dele.
Chris: Anahí, que maravilha revê-la, adoro como o destino é conveniente conosco. – Iniciou, tomando a mão dela para depositar um beijo no dorso.
Anahí: Algumas coisas não mudam. – Ergueu a sobrancelha. – Brad. – Pontuou curiosa, sem olhar para Alfonso, que ficou incomodado com o apelido.
Bradley: Que mundo pequeno, acabei de descobrir que somos todos bons amigos. – Constatou em meio sorriso, para logo depois cumprimentá-la com um beijo de cada lado do rosto.
Anahí: Com toda certeza. – Ironizou. – Nosso amigo diplomata já foi mais educado. – Emendou para alfinetar Alfonso que permanecia calado.
Natalie: É a idade, por isso ele anda um tanto distraído nos últimos dias. – Sorriu, erguendo a mão até Anahí. – Sou Natalie, a noiva do diplomata mal-educado.
Anahí: É um prazer conhecê-la. – Apertou a mão dela em seguida. – Uma coisa precisamos concordar, ele tem bom gosto. – Afirmou e ele engasgou.
Alfonso: Olá Anahí, seu senso de humor continua embaraçoso. – Tragou o ar.
Anahí: Tem situações que a única opção é rir, não acha? – Devolveu, cruzando os braços.
Chris: Aquele é seu pai? – Apontou para Arthur, que estava próximo as grades de proteção do camarote. O clima ácido começara a se formar e ele se arrependeu brevemente de ter iniciado as provocações, usando de tal artificio para desviar o assunto.
Bradley: Meu paciente preferido. – Emendou e Anahí sorriu.
Chris: Ele deve ser uma ótima pessoa para chamar de sogro, não acha? – Questionou.
Bradley: Isso é Anahí que deve responder. – Brincou.
Anahí: Ele acha tudo isso uma bobagem, tirando a parte dos netos que me cobra quando está lúcido. – Deu de ombros, despreocupada. Na verdade, se quer passava por sua cabeça ter filhos algum dia.
Chris: Oh, bebês... – Colocou a mão na testa. – Bradley também sonha em ter bebês. – Disse e olhou para Alfonso de relance. – Olha os olhos desse homem, agora imagina os filhos. – Ponderou divertido.
Alfonso: Nós viemos assistir as apresentações de rock ou procurar uma mãe para os bebês do seu amigo? – Jogou, mordendo a isca que Chris lançara.
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Refém do Desejo
FanfictionUm gemido rouco ecoou no quarto de hotel, o êxtase puro e sublime do encontro de dois corpos que se deliciavam, enquanto sucumbiam aos próprios instintos. Os lençóis de seda egípcia, aninhavam agora, as pernas enlaçadas, gesto que se transformara no...