Capítulo vinte e três

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POV.ANY

Oh, Deus! O que ela havia feito?, Any se perguntou em pensamento. Havia permitido que a raiva a dominasse e acabasse fazendo um papel ridículo. E, como se não bastasse, Joshua a olhava como se ela tivesse perdido o juízo.

Sentindo que as lágrimas ameaçavam explodir, ela esforçou-se para contê-las.

Tudo lhe parecia tão injusto! Por que era ela quem tinha que acabar se apaixonando por ele? Mas não lhe daria o gosto de chorar na frente dele. Principalmente com todas aquelas pessoas os assistindo.

— Por favor, largue o meu braço. Quero voltar para o hotel. Estamos fazendo uma cena desagradável.

— Eu não me importo com o que os outros pensem — ele esbravejou. — Só quero que me diga por que está tão zangada. E é claro que eu respeito você. Por que não respeitaria?

— Esqueça!

— Não. Estou ansioso para que fale.

Falar o quê?, ela se perguntou. E, antes que pudesse raciocinar a respeito, ele a conduziu pela mão para fora. Os olhares curiosos dirigidos na direção deles a fazia sentir-se ainda mais mortificada.

Ele entrou junto com ela no banheiro, onde uma matrona retocava o penteado em frente de um espelho ornamentado com uma moldura dourada.

— Olá, Joshua! — exclamou a senhora, olhando-o através do reflexo no espelho.

Any piscou os olhos com incredulidade. Seria possível que até mulheres idosas o assediassem?

— O que está fazendo no toalete das mulheres, menino travesso? — A mulher mais velha brincou.

Joshua a contemplou com um de seus sorrisos charmosos e Any quase não resistiu à tentação de chutar-lhe a canela com um dos pés. Primeiro Raquel, e agora uma mulher com pelo menos o triplo da idade dele. Será que ele nunca se cansava de chamar a atenção das mulheres?

— É um prazer revê-la, senhora Gildenstern. Entrei aqui porque precisava falar em particular com minha noiva.

— Ah... Então essa moça é a garota de sorte? — A matrona gracejou e, depois de ajustar os fios de cabelos desalinhados, deu uma piscadela para Any. Então, se ergueu e tocou em um dos braços de Joshua. — Vá em frente, rapaz. Cuidarei para que ninguém os perturbe. Mas não abusem pelo fato de ficarem sozinhos. Se é que está me entendendo — ela completou com um dedo erguido no ar, como se fosse uma professora prevenindo alunos adolescentes.

— Pode deixar. E obrigado, senhora Gildenstern — ele agradeceu quase automaticamente. E, assim que a mulher saiu, tornou a olhar para Any, dessa vez com uma ruga exibida entre as sobrancelhas. — Agora me fale o que está se passando com você.

— Não tenho nada para dizer.

— Ah, tem sim! — Ele a pressionou contra a parede e, amparando as palmas das mãos no revestimento azulejado, aprisionou-a. — Não sairá daqui até que me conte tudo.

Ela tentou afastá-lo empurrando o peito musculoso, que não se moveu sequer um centímetro.

— Eu não gostei de ver aquela mulher pondo as garras em você — finalmente Any decidiu confessar. Mas agora já superei isso.

— Está se referindo a Raquel?

— Sim. Eu sei que nosso noivado não é de verdade, mas o fato de estar paquerando uma outra mulher em público faz com que eu me sinta humilhada. Afinal, todos pensam que sou sua noiva de verdade. E isso me faz parecer uma tola e acaba com meu amor próprio. Por isso, agradeceria se pudesse se comportar melhor quando estivéssemos na frente de outras pessoas.

Agora, Any se sentia tão patética implorando para que ele a respeitasse, que sentiu vontade de esganá-lo. Joshua relaxou o semblante e murmurou, incrédulo:

— Você está com ciúmes?

— Não se trata de ciúmes — ela mentiu. — Só não gosto que me façam de tola. Apenas isso.

— Está sim! — Ele exclamou com um sorriso satisfeito.

— Se quer pensar assim... então que seja. Agora, quero sair daqui — ela afirmou e tentou libertar-se da prisão que ele improvisara.

Joshua moveu as mãos para a cintura dela e forçou-a a permanecer onde estava. Em seguida, estendeu um braço até alcançar a bainha da saia do vestido e, introduzindo a mão por baixo do tecido de cetim, acariciou a pele nua das pernas bem torneadas.

Ela ofegou ao sentir o calor da mão poderosa que lhe invadia a intimidade.

— Sabia que fica ainda mais linda quanto está zangada, meu anjo? — ele murmurou com um sorriso charmoso

Ela reagiu com fúria. Não iria permitir que ele a enganasse mais uma vez com aquela conversa fiada.

— Não se atreva a rir de mim ou eu sou capaz de matá-lo! — ela exclamou e, afastando a mão que ele mantinha por baixo do vestido dela, tentou se libertar dele. Porém, Joshua a agarrou por um dos pulsos e, sorrindo, beijou-lhe o dorso da mão.

— Não vai me abandonar desse jeito, não é, meu anjo? — ele falou com a voz enrouquecida e, colando o corpo no dela, fez com que Any sentisse a intensidade da excitação dele.

Ela sentiu um calor espalhar-se por todo o corpo e respondeu com a voz enfraquecida:

— Se está pensando em fazer amor comigo, esqueça! Se acaso não percebeu, estamos no meio de uma discussão.

— Preste atenção, anjo. — ele argumentou enquanto as mãos ágeis desciam o longo ziper situado nas costas do vestido. — A discussão acabou. Está no momento de fazermos as pazes e nos entregarmos ao poder dos nossos instintos.

O tecido de cetim da parte superior do vestido deslizou até a altura da cintura delgada, permitindo que o sutiã de renda ficasse exposto.

— Não podemos fazer isso no toalete das mulheres! — ela ponderou em voz alta.

Mas a excitação e o medo transtornavam-lhe a mente a ponto de parecer explodir.

Any não acreditava que aquilo estivesse acontecendo de verdade. Ela jamais se imaginara fazendo sexo em um lugar público. E, resgatando um último fôlego de sensatez, avisou:

— Alguém pode entrar aqui a qualquer momento e...

— Ninguém vai entrar aqui — ele assegurou, ao mesmo tempo em que desatava o fecho do sutiã e libertava os seios femininos, para, em seguida, cobri-los com as palmas das mãos gigantescas.

— A senhora Gildenstem se encarregará de impedir que isso aconteça.

— Mas e se ela precisar enfrentar uma situação inesperada e precisar abandonar o hall de entrada?

Ele não respondeu. Preferiu usar a boca para sugar-lhe os mamilos, que já estavam completamente intumescidos e prontos para serem devorados pelo apetite voraz da sua libido.

Ela gemeu diante do prazer experimentado e qualquer possível pensamento que significasse prudência simplesmente desapareceu de sua mente. Fincou os dedos nos ombros largos para poder se equilibrar e reclinou a cabeça a fim de proporcionar maior campo de ação-para os lábios famintos do homem que amava.

Ele moveu uma das mãos até alcançar a bainha do vesti-, tornou a introduzi-la entre as coxas macias para retirar a peça íntima do caminho.

— Eu a quero, Any. De uma maneira como nunca desejei uma mulher antes — revelou enquanto acariciava o centro da feminilidade úmida e viçosa.

Ela podia sentir a virilidade pujante comprovando a sinceridade daquelas palavras e estremeceu de ansiedade.

Joshua apanhou um preservativo do bolso interno do paletó e apressou-se em liberar a braguilha da calça e ajustar a proteção.

Any comprimiu os lábios para não gritar no momento era que Joshua a invadiu com poderosas estocadas. Todas as aflições ficaram esquecidas e a atenção concentrada apenas na magia do momento.

— Nosso caso ainda não acabou. Você sabe disso, não é? — ele perguntou com a voz ofegante.

— Sim. Eu sei... — Any sussurrou cheia de esperança.

Charme Fatal  *beauanyحيث تعيش القصص. اكتشف الآن