Charme Fatal *beauany

Capítulo vinte e cinco

POV.JOSHUA

Depois de entrar na sala da mansão, Joshua deixou as malas no chão e bateu a porta com força. Estava contrariado pelo fato de as coisas não terem saído da forma como esperava.

De onde Any tinha tirado a ideia estúpida de que estava apaixonada por ele?
Não tinha nenhum sentido. Logo ela recuperaria a razão e tudo seria superado.

Ele abandonou as chaves em cima da mesinha posta no hall de entrada e apenas observou a pilha de correspondência que a diarista deveria ter recolhido e deixado ali para
quando ele retornasse da viagem. Deixou para abri-las depois que estivesse mais descansado.

Concentrando os pensamentos novamente em Any, ele chegou à conclusão de que as duas semanas em Nova York tinham sido prá lá de quentes. Um pouco de água fria no relacionamento acabaria sendo benéfico para ambos. E, a qualquer momento, poderiam retomar o relacionamento do ponto em que pararam.

Mas assim que entrou na ampla cozinha, iluminada pelos raios de luz do sol que penetravam através das janelas e refletiam no chão de madeira polida, sentiu um frio na barriga e uma sensação de medo o invadir.

E se Any resolvesse nunca mais voltar? , ele se perguntou no instante em que rumou para a sala de estar.

Uma sensação de vazio se instalou dentro do peito no momento em que Joshua tirou o anel do bolso e o colocou sobre o balcão do bar, enquanto olhava para a vidraça que dava para o jardim, onde ele avistara Any pela primeira vez, três semanas antes.

E, desde quando era criança, não sentia uma vontade tão grande de orar por algo que ele sabia que nunca poderia ter.

Será que estaria ficando louco? Talvez estivesse abalado pela maneira como a vira entristecida. Ele lhe dissera a verdade, e ela acabaria compreendendo e superando tudo aquilo. Ele não poderia amá-la. Ele prometera a si mesmo que nunca se apaixonaria e isso não mudaria.

Mas uma coisa ele acabara de decidir: ele conseguiria tê-la de volta em sua cama, porque a desejava e sabia que ela também o queria.

Porém, por mais que tentasse convencer, a si próprio, ainda tinha o estranho pressentimento de que algo insubstituível havia escapado por entre os dedos e, por mais que quisesse, não o conseguiria de volta.