Oitavo Dia

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#30days

— Talvez ele tenha ficado em pânico — disse Namjoon de modo despreocupado. Faltava apenas três dias para voltarem para Los Angeles, e depois da festa de Candace Sprouse, o moreno — e os outros garotos — estavam com uma puta ressaca, com olheiras devidamente marcadas, mas estavam disfarçadas pelo óculos de Sol. 

— Eu não o vi no hotel, nem agora... — murmurou, triste. Jeon estava inconsolável desde que Jimin saiu correndo da varanda. Desde esse terrível episódio, Jungkook nunca mais o viu, e já estava quase escurecendo.

— Como eu disse, talvez ele tenha entrado em pânico.

Namjoon sempre fora uma ótima companhia para Jungkook, sempre lhe aconselhando e o guiando para o caminho certo. Lembra-se até hoje como havia conhecido o moreno: Kim havia acabado de atropelar Jeongguk e como um pedido de desculpas, deu uma carona até a gravadora onde Jeon iria fazer uma entrevista. Durante o trajeto, devido ao engarrafamento acabou demorando e então assunto de todos os tipos acabaram por surgir. Descobriu, em algumas horas, que Kim tinha descendência asiática, seu QI era bastante elevado e cursou Ciência da Computação em Harvard, inclusive fez doutorado lá, era o mais novo da turma e o menino de ouro da universidade, além disso, Kim dedica-se à Filosofia, apenas por hobbie, pois é completamente encantado pelo assunto. O outro lado desse cara intelectual, existe um cara meigo, que ama caranguejos e que nas noites de domingo chora assistindo comédia romântica e comendo sorvete napolitano, pois queria ter um alguém ao seu lado, mas infelizmente seus relacionamentos sempre duravam pouco tempo.

Mas hoje, havia descoberto uma nova versão de Namjoon Kim: a versão ressaca. E não havia gostado nenhum pouco, afinal, o moreno não estava sendo nenhum um pouco útil para o mais novo, só estava repetindo a mesma teoria, com zero interesse, lembrava até mesmo seu pai, senhor Jeon. Não que o senhor Jeon fosse inútil, não era isso, mas ele era tão... robótico. Seu sorriso, suas frases, suas ações, tudo parecia que fora planejado, como uma marionete, Jungkook não gostava disso e por isso sempre prestava atenção, para fazer exatamente o contrário. Já sua mãe, a ex-senhora Jeon era tão... tão... tão Seyoung. Não havia adjetivos o suficiente para Jungkook definir o quão perfeita sua mãe era, e o quando Jungkook sentia orgulho quando falavam que ele se parece com ela. Seyoung é uma mulher alegre, protetora, seu riso e humor são contagiante, embora algumas pessoas que são mal amadas — na visão de Charlie e Jungkook — digam que ela está acima do peso, Seyoung não se incomoda, porque ela é feliz. Simplesmente feliz. E não é por causa do casamento bem sucedido, da boa condição econômica, não. Lee Seyoung — seu nome de solteiro, que permanece até hoje, mesmo sendo casada — mesmo quando era casada com Jeon, um casamento problemático, ela permanecia feliz. Pois sua felicidade não dependia de ninguém, ela não dependia de ninguém. Na sua vida, só existe um homem ela daria a própria vida e este é Jeon Jungkook, seu primogênito e único filho.

— Você está me ajudando tanto — disse Jungkook irônico.

— Oi — disse Hoseok ao se aproximar dos rapazes com três copos de suco de laranja com gelo e uma cartela de comprimidos para ressaca, que já estava na metade. — Que bom humor contagiante — mais uma frase irônica, mas um sorriso contagiante. Às vezes, Jungkook gosta de apenas observar Jung, pois este lembra muito sua progenitora.

— Jungkook está com problemas, não sei como posso ajudar — disse Kim, pegando um dos copos e bebendo após engolir o comprimido.

— Esse problema por acaso é... — Fingiu pensar com a mão no queixo, alisando o mesmo. — Jimin Park?

— Ora, ora, parece que temos um novo Sherlock Holmes na área — comentou Kim.

— O que 'tá rolando?

30 dias na Califórnia || jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora