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Uchiha Gang

Outra att sim mas vi muita gente falando que não ia ler os extras. Eu vou explicar: essa fanfic acaba com mais 3 capítulos (contei errado cap passado gente sorrykk) e vai ser um final feliz sem brincadeira, mas nos extras vamos ter as histórias dos filhos deles e vai ter muitos altos e baixos por conta dos desentendimentos deles, e eu também adicionei um final alternativo nos extras (não é triste, é muito feliz juro!!) por isso acho importante e interessante vocês lerem. Claro que é opcional, vocês vão sofrer um pouco com o Boruto mas não é de depressão, eu falei brincando e exagerando sobre os extras. Enfim, era só isso. Duas atts no dia ne? Kkkkk

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Há quantos anos não dormia bem? Foi o que Kakashi se perguntou ao se levantar outra vez, com o corpo pesado, a mente a milhão como todos os dias, como todos os meses, como todos os minutos dos últimos dez anos. Aquilo era o inferno na terra, se amaldiçoava por cada pequena coisa, amaldiçoava por não estar mais aguentando ser forte por Haiki, logo sua filha que completara 11 anos recentemente.

— Bom dia papai! - A garota sorri fraco, mas logo se desfazendo ao ver o rosto cansado do pai. — Não acha melhor dormir mais um pouco?

— Eu já dormi esse "mais um pouco" desde que acordei. - Sua voz saiu cansada. — Mas então, como foi o treinamento?

— Bom. Renzon e Menma se saíram melhores do que eu e Boruto, o que já era de se esperar. Pai, você não acha que já é hora de... - A garota não soube como dizer isso. Ou melhor, não soube se seria bom dizer.

— Hora de..? - Instigou o platinado.

— Hora de seguir em frente. - Disse de uma vez, encarando o pai de maneira preocupada. Esperou uma resposta negativa, que o pai ficasse bravo com isso mas tudo o que ele fez foi rir e abaixar sua máscara.

— Haiki, meu amor, eu sei como se sente. Eu não consegui ser forte por muito tempo, deixei isso me abalar e agora estou sofrendo por não saber de nada, mas eu prometo que se seu pai estivesse aqui, tudo seria diferente. Ele te amaria como nunca antes... - Uma lágrima caiu de seu olho enquanto puxava a filha para um abraço apertado. — Você não teria que aprender a matar pessoas se outras pessoas não fossem gananciosas, se não nos quisessem mortos. Eu queria ter te protegido como ele te protegeria, eu queria ter um pai para me dizer o quão difícil é enfrentar a vida assim.. Me perdoe se eu não sou um bom pai por não saber lidar com a perda.

— Você é o pai mais perfeito que existe no mundo. Não se culpe, por favor, eu só não quero que você fique triste por causa das suas incertezas. - E então ela suspirou fundo. — Acho que é melhor todos nós buscarmos respostas.

— O-o que quer dizer, meu amor? - Hatake se separa da filha rapidamente.

— Quero dizer que devemos juntar forças e pegar nosso lugar por direito, pai. - Ela afirmou convicta.

— Não quero me intrometer nem nada, mas Haiki está certa. - A voz de Renzon soou no ouvido de ambos. — Nós devemos procurar aliados antigos, procurar alguém que nos ajude em troca de algo que possamos retribuir dentre de nossos parâmetros.

Renzon mesmo não tendo conhecido Itachi era realmente muito parecido com o mesmo em questão de inteligência, era o mais evoluído também em questão de mentalidade, era um garoto muito astuto e que não hesitava, porém não podia se comparar a força dos gêmeos Menma e Boruto e nem ao Tsukuyomi e Genjutsu de Haiki. Cada um tinha sua peculiaridade.

— Vocês estavam planejando isso desde quando? - Arqueou uma sobrancelha, recolocando a máscara.

— Desde semana passada quando meu pai e o tio Naruto começaram a falar sobre o passado. - Ele responde com um pequeno sorriso. — Tio Hashirama quer recuperar tudo isso, ele tem se afastado de nós pouco a pouco e o tio Tobirama quer vingança a todo custo. Nada mais justo do que juntar aqueles que também querem uma vingança dos Hyuuga.

— Vamos reunir todos na sala. - Kakashi diz aos dois. — Chamem Hashirama e Tobirama e eu chamarei Naruto e Deidara.

— Hai! - Os pequenos foram atrás dos tios mais velhos enquanto Kakashi descia as enormes escadas do palácio Uchiha.

Encontrou Shime, Deidara e Naruto tomando chá, eram apenas oito da manhã e precisavam relaxar. Já Menma e Boruto se encontravam devorando um bolo que provavelmente Shime deve ter feito.

— Precisamos conversar. Reunião na sala. - Kakashi diz para os mais velhos e Menma e Boruto olharam assustados para o platinado. — Vocês são realmente engenhosos, não?

— Haiki te contou? - Boruto perguntou após tomar o suco.

— Do que estão falando? - Naruto olhou para o filho loiro.

— Na reunião, mas acho que temos filhos mais preciosos do que achávamos que tínhamos. - Apertou os ombros tensos do loiro mais novo, que chegava em seus 33 anos em alguns meses. O tempo havia passado muito rápido, isso era horrível, estavam mais velhos do que quando tudo isso começou. Antes haviam menos de trinta, agora estão chegando em seus quarenta, com os filhos perto de entrarem na adolescência e ainda sem seus respectivos maridos/noivo/namorados.

Se reuniram na sala assim que Haiki e Renzon acharam Tobirama e Hashirama. Por incrível que pareça, o mais jovem de aparência era o próprio Tobirama, que tinha algumas pequenas olheiras mas ainda sim parecia o velho Tobirama de treze anos atrás, mesmo estando perto de seus quarenta. Hashirama era o mais "acabado" dentre eles, talvez pela saudade que não conseguia suprir nem mesmo com os sobrinhos e a neta, muito menos com o irmão que ao menos ficava dentro do palácio, somente ficava do lado de fora fazendo sabe-se Deus lá o que.

— Podem explicar tudo desde o começo? - Kakashi pediu gentil e os quatro se levantaram, indo para a frente da família.

— Uma semana atrás, você e o tio Deidara falaram sobre como eram o passado de vocês, e começamos a analisar tudo o que vem acontecendo com vocês com o que vocês sentiam antes. Nós sabemos que vocês estão dando o seu melhor mas não enganam ninguém, todos nós sabemos que vocês sentem falta deles.. - Boruto começou um pouquinho perdido.

— Então eu fui até a biblioteca e consegui um mapa traçando toda a região que era dominada pelos Uchiha antes. - Renzon apontou para o que estava em cima da mesa da sala. — Eu e Haiki estudamos um pouco de todos os clãs que eram aliados, e ao que parece, os clãs Sarutobi e Yamanaka eram os principais aliados o qual nossos pais mantinham relações comerciais.

— Eu e Boruto fomos até o exército e medimos tudo. Comparado a atual situação ao caos que aquele lugar está, não temos nada, mas... - Menma deu espaço para a fala de Haiki.

— Se conseguirmos contato com o clã Sarutobi e o clã Yamanaka, já teremos por onde começar. Eu e Renzon também encontramos uma coisa interessante..

— Nossos pais haviam um clã aliado que ninguém sabia quem era, e ao que parece, foi fundado justamente por meu pai, Itachi Uchiha. Não é bem um clã, é uma organização formada por pessoas de alta elite com força fantástica, contando com meu pai haviam no total dez pessoas, incluindo uma mulher extremamente forte. - Renzon deu continuidade.

— Depois de saber sobre isso, eu e Menma fomos procurar lugares escondidos onde antes estava o império Uchiha. Vimos que esta organização estava localizada bem debaixo de uma empresa que os Uchiha haviam, uma empresa fachada claro. Mas também tem algo bem estranho.. Achamos....

— Comprovantes de venda com seus nomes. - Menma diz pelo irmão. — Nós acabamos descobrindo que vocês foram sequestrados e vendidos, mas o que nos interessa é outra coisa. Essas pessoas que sequestravam e vendiam não estão mais localizadas em Tokyo, eles fugiram e não deixaram muitos rastros.

— Se nós conseguirmos fazer este contato, se juntarmos todos nós e nossos exércitos, poderíamos enfrentar o clã Hyuuga, poderíamos trazer de volta o que vocês perderam... - Haiki terminou, esperando que alguém dissesse que era loucura, mas tudo o que teve foram lágrimas.

Eles choravam. Choravam por seus filhos terem criado uma alternativa. Choravam porquê poderiam finalmente saber da verdade. Choravam porquê estavam felizes de finalmente poder serem felizes, com ou sem os Uchiha. Claro que seria uma dor incurável, mas a dor de não saber onde estão, como estão, se estão vivos, é pior do que saber que finalmente estariam descasando. As crianças foram abraçadas com força. Sussurravam "obrigados" como nunca, por terem uma solução. Só havia um jeito de tentar saírem dessa.