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Estava na hora do tão esperado encontro.
Harry não sabia ao certo como se sentir. Nervoso, talvez? Ou quem sabe, animado. Ansioso. Não sabia muito bem suas expectativas para essa noite. Não havia pensado em absolutamente nada, apenas lembrou que sua mesada havia chegado há três dias e que tinha dinheiro o suficiente para ter pelo menos cinco encontros no restaurante mais caro da cidade. Harry sempre ganhou bem de sua mãe, já que essa não tinha muito com o que gastar, era apenas ele e ela, até Louis chegar. Agora que ela está em Los Angeles, fica um pouco mais difícil a parte da questão financeira, mas nem por isso deixou de agradar seu garoto.
Harry olhava no espelho, fixamente, como se seus sentidos estivessem paralisados. Os músculos travados, o cérebro desligado e os pensamentos num lugar tão distante, que nem ele sabe como foi possível chegar lá. Ele parecia tão perdido e tão confuso, curioso. Seus pensamentos estavam mais ligados no que faria a noite, afinal, não havia planejado absolutamente nada; não sabia o certo do porquê ter chamado Luke para sair.
Esfregou o pulso um no outro, após borrifar duas vezes o perfume Armani Eau de Nuit, perfume franceses que havia ganhado de seu pai. Parece clichê, sabia disso, mas não podia controlar para onde seu pai viajava e os presentes que ele trazia de todos os lugares do mundo onde foi. Lembrara da pequena bandeira decorativa da Espanha que havia ganhado de seu pai, o Cristo Redentor em miniatura, as bonecas russas, uma pequena escultura representando o budismo, entre várias outras coisas. Mas com certeza seu objeto favorito era o perfume. Era completamente apaixonado pela fragrância com aquele cheiro forte semelhante a qualquer outro perfume masculino. Por ser caríssimo, Harry tinha seus receios de usar, com medo de acabar e jamais ter outro.
Ainda era cedo da tarde, talvez umas quatro horas, ou mais. Não estava muito interessado no horário, então não se preocupou em olhar. Sabia que Luke estaria cedo ali para lhe buscar, e mesmo que estivesse atrasado, faria com que Luke o esperasse até que ele estivesse pronto, ele querendo ou não. Harry meio que não sentia a alegria que deveria sentir naquele momento. Na verdade, ele não estava tão afim assim de sair de casa, mas queria ficar o mais longe possível de Louis. Só não queria aceitar que o amava de alguma forma que ele não deveria de fato. Encostou os pulsos pela extensão de seu pescoço, lhe perfumando e o deixando com aquele cheiro que lhe dava um cheiro tão doce quanto as flores, e tão viciante quanto drogas.
Suspirou cansado, arrumando as mangas do blusão de mangas compridas da cor verde musgo que usava. Olhou-se cima a baixo e chegou a conclusão que estava pronto. As calças onde haviam cortes maiores apenas em seus joelhos, como também pequenas partes desfiadas, para que não ficasse tão desparelho e mais bonito. Os coturnos pretos pouco alto que usava lhe causava dores nos pés, mas não se importava, pois adorava e se sentia bonito usando eles. Os cabelos cacheados pouco bagunçados, marcados por ter dormido; cheirosos e limpinhos em uma bandana. Ergueu levemente o blusão que usava e puxou a regata branca que usava para baixo, logo a cobrindo com o blusão novamente. Fez isso, pois viu que a regata estava toda embolada por de baixo do blusão e havia se incomodado com isso, pois estava muito visível.
