Capítulo 5: Talvez ela seja uma sereia

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- Romanoff.

Minha cabeça caiu para baixo, me fazendo acordar instantaneamente. Esfreguei meus olhos, limpando a baba no meu queixo e me ajeitei na poltrona.

- Hum? – olhei para Natasha, que estava sentada na cama com os olhos vidrados em mim.

- Romanoff.

- O que isso significa? – perguntei.

- Meu sobrenome.

Demorei um segundo para perceber o que aquilo significava por conta do sono, mas quando percebi pulei da poltrona.

- Natasha! Isso é ótimo! – me sentei na cama ao seu lado, segurando seus braços. – Você se lembrou?

Ela assentiu, e olhei a hora.

- Podemos ir a delegacia agora, ver se acham algo sobre você! – me levantei, puxando Natasha para cima e sem esforço nenhum a coloquei de pé.

- Hmm... eu estou com sono. – ela murmurou, mal parando em pé.

- Eu sei o que vai te animar. – ela olhou para mim, querendo respostas. – Camarão com patê de atum!

Puxei Natasha escada baixo e ela se sentou, olhando para mim com um sorrisinho.

- O que foi? - perguntei, sorrindo também, e ela deu de ombros.

- Você ficou muito feliz.

- Mas é claro! - sorri, me sentando e segurei sua mão.

Minha ação provavelmente a pegou de surpresa, mas tínhamos que dar o próximo passo para ela se abrir comigo, e ficando desconfortável com ela na minha própria casa não era um jeito bom de a fazer se sentir bem vinda.

- O que eu maia quero que você recupere sua memória.

Ela assentiu de leve.

Natasha comeu seus camarões enquanto eu fiz torradas e café, olhando meus e-mails no computador enquanto isso. Acabei de comer, e Natasha me ajudou secando as vasilhas sentada na bancada.

Meu olhar se prendeu na mancha vermelha em seu pescoço, que hoje estava mais vermelha e havia surgido outra em seu braço.

- Natasha, está piorando.

- Não é nada. – ela se afastou quando tentei toca-la, mas meu olhar preocupado a vez suspirar e me deixar analisar.

- Você pode ter uma alergia e não se lembra. Depois peço ao Bucky para olhar, aí temos certeza de que está tudo bem.

Ela assentiu, largando o pano de prato. Subimos para trocarmos de roupa e logo ela estava na sala me esperando, vestindo uma blusa xadrez, shorts e uma tentava abotoar uma sandália beje brilhante.

- Agh. – ela grunhiu, reclamando por não conseguir fechar.

- Deixa que eu faço. – eu disse, me abaixando e em alguns segundos elas estavam a postos. Me levantei, fazendo-a corar de vergonha, e pisquei para ela.

Peguei a chave do carro, minha carteira e fomos para o carro.

- Como lembrou seu sobrenome? – perguntei, dirigindo e ela deu de ombros.

- A palavra veio na minha cabeça e soube o que era.

- Isso é muito bom. – sorri, focando na estrada. Depois de alguns minutos estacionei na frente da delegacia, dando a volta e ajudei Natasha a descer. Assim que entramos os olhos de todos ali focaram na Natasha. Algumas pessoas arregalaram os olhos, a maioria homens, olhando-a encantados como se ela fosse um pedaço de carne. Segurei sua mão, vendo Coulson se aproximando com um sorriso.

I Sea You - RomanogersWhere stories live. Discover now