Capítulo 15: Medo de altura

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Sei que faz muito tempo então aqui vai um remember da fic: Steve encontrou Natasha, uma sereia, sem memória e a acolheu em sua casa. Com o passar do tempo eles descobrem que a irmã de Natasha tem algo a ver com o desaparecimento do pai do Steve. Nos últimos capítulos, Natasha salvou marinheiros de um naufrágio, e Steve e Natasha tiveram seu primeiro beijo.

(...)

- Beijar é engraçado, eu nunca tinha feito antes. - Natasha comentou, recomeçando o assunto depois de um tempo em silêncio.

Olhei para ela com um sorriso bobo.

  - Não faz muito sentido. Encostar os lábios, e então enfiar a língua na boca da pessoa. - Natasha continuou falando. - Na verdade é bem bizarro. Quem beijou pela primeira vez estava pensando o que? "Vou enfiar a língua na sua boca agora, não se assuste".

Minha gargalhada preencheu o carro.

  - Não faz muito sentido quando você fala assim. - Concordei. - Acho que é simplesmente cultural. Se as pessoas antigamente tivessem decidido que ao invés do beijo, o ato de demonstrar afeto seria encostar cotovelos, acho que faríamos isso com quem gostamos.

  - Acho que beijar é melhor que encostar cotovelos.

  - Eu nunca encostei cotovelos.

  - E por que pessoas beijam umas as outras?

Tirei os olhos da estrada escura e olhei para Natasha.

  - Bem... Depende. Cada pessoa tem uma relação diferente com beijos. Mas pode ser por desejo. Por...

Engoli em seco.

  - Amor.

Natasha apoiou o queixo no meu ombro.

  - E o que é o amor?

Sorri de leve.

  - Bem... Ele é complicado. Pode ser óbvio como um tapa na cara, ou difícil de entender e reconhecer - expliquei. - O amor é diferente de pessoa pra pessoa.

  - O que é pra você?

Respirei fundo.

  - Eu não sei.

  - Nem eu. - Natasha maneou a cabeça, voltando a seu lugar no banco. - Acho que te beijei porque gosto de você.

Olhei para ela por alguns segundos.

  - E porque vi na TV. E quis tentar.

Sorri de leve, voltando a encarar a estrada. Natasha era especial. Assim que viu as luzes, ela aproximou o rosto do vidro. Eu conseguia ver as luzes coloridas dos brinquedos refletindo em seus olhos, uma feição de espanto tomou conta dos seu rosto.

Demorou um tempo até ela raciocinar e virar para mim, quando estacionei.

  - Onde estamos?

  - Se chama parque de diversões.

Descemos do carro e Natasha instintivamente segurou sua mão. Ela olhava ao redor maravilhada enquanto andávamos entre os brinquedos. Estávamos em Jacksonville, foi uma viagem de quarenta minutos e trouxe Natasha porque eu sabia que ela iria amar.

Eu sorria observando sua felicidade, ela parecia uma garotinha de três anos de idade observando a roda gigante, a montanha russa, e fez uma careta quando o carrinho passou com pessoas gritando.

  - Steve, elas estão em perigo? Temos que ajudar elas, estão gritando!

Eu ri, segurando seus ombros.

I Sea You - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora