Capítulo 24: Fecundação externa

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Narrador

  - Steve! - Natasha gritou, as lágrimas despencando de seus olhos como uma catarata. Ela se debateu nas correntes, gritando e gritando contra as grades que a separavam de salvar Steve.

Ela tentou, com toda força que ainda tinha se soltar, ela precisava salvar Steve! Ela tinha que salvar ele, ele não podia morrer!

  - Pobre Natasha - Taras disse. - Mas, se eu fosse você, se preocupava consigo mesma, não com seu namoradinho. Porque, se aquele mapa não estiver na casa, você já era.

Natasha deixou o corpo cair no chão, chorando encolhida enquanto seus olhos encaravam o pier, onde Steve tinha pulado para morte. Ela esperou, em vão, ele voltar.

Depois de bons minutos, ela sabia que Steve estava morto, porque não tinha como escapar do canto de uma sereia.

(...)

Natasha tinha os braços acorrentados enquanto Taras Romanoff a puxava pelo mar em direção à Stone Bay. Pelo menos, a alergia tinha passado, aquele sentimento terrível de mal estar pela privação do mar havia dado lugar apenas a tristeza extrema.

Nada se comparava a aquela dor.

E agora, ela era arrastada pelo mar até a casa, que estava vazia. Não tinha mapa nenhum naquele lugar. E Taras iria perceber que ela não sabe de nada, e iria matá-la.

Mas ela não se importava.

A única coisa que ela tinha no mundo era Steve, e agora ele estava morto.

Seu corpo estava no fundo do mar de Jacksonville, logo ele seria levado até uma praia, onde o encontrariam. E então ele seria identificado, e teria um funeral digno, sabia que Wanda se certificaria disso.

De repente, ela quis nunca ter encontrado Steve, porque assim, ele ainda estaria vivo.

Mas agora ela iria morrer também, e estava tudo bem.

Quando foi erguida na praia, Natasha percebeu que ainda chorava. No mar, não notou as lágrimas, mas ali, de frente para a casa dele, a casa deles, elas eram aparentes.

A realização foi como um soco no rosto, o homem que ela amava estava morto.

E era sua culpa.

Quando viu Dodger, latindo em sua direção, Natasha não conseguiu conter os soluços. Ele esperaria para sempre Steve voltar.

  - Ah, pelo amor de Deus, pare de chorar. É só um homem. - Taras debochou.

  - Está no escritório na garagem. Mas... Eu não tenho a chave, estava com ele.

  Taras riu, e fez sinal para um homem quebrar o vidro. Isso arrancou um sorriso leve do rosto da ruiva.

A prova de sereias.

Como esperado, não quebrou. Taras olhou para ela, mas Natasha deu de ombros.

Ela estava ansiosa para tudo apenas acabar logo, assim não teria que viver com a morte dele por nem mais um segundo, mas eles demoraram o que ela achava que era meia hora para conseguir quebrar a fechadura de aço reforçada da porta.

Quando chegaram no escritório, demorou mais tempo ainda para revirarem os papéis de Joseph Rogers.

  - O que seu noivo acharia de você com outro homem?

  - Não sei. - Deu de ombros. - Não tenho ideia de quem é Clint, porque perdi a memória.

Taras franziu as sobrancelhas.

  - Pare de mentir, está tudo acabado.

  - Ótimo, não tenho razão para mentir, Taras. Eu não lembro de nada. Não tenho ideia de onde está o mapa.

I Sea You - RomanogersKde žijí příběhy. Začni objevovat