Capítulo 19

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Grandes criaturas entravam na caverna , seus olhos negros fixos em Fryron e Cresseida, a promessa de uma morte dolorosa estampada em seus dentes pontudos .

Mais rápido que um raio Fryron pegou Cresseida no colo, os tirou da água e jogou as roupas de Cresseida para ela vesti-las . As criaturas estavam cada vez mais perto , seus corpos esqueléticos eram grotescos , a cabeça por onde despontava longos dentes afiados,  era muito pequena em relação ao tamanho do corpo , seus olhos eram negros como a mais profunda escuridão, não havia pele em seus corpos e somente nos braços e pernas era possível ver a carne apodrecida, andavam como se fossem gente  . As criaturas urravam como se estivessem se comunicando umas com as outras.

A primeira criatura saltou para cima de Cresseida, pronta para provar de sua pele macia . Em poucos instantes a criatura já estava morta, a cabeça fora decepada pela espada de Fryron.

– O que são essa coisas ? – gritou Cresseida, sua voz tentando se sobressair aos urros das criaturas.

– Denamious – respondeu Fryron acertando outra criatura.

Mais e mais denamious se aproximavam, Cresseida deixou a magia tomar conta de si a luz já fluindo por seus dedos. Acertou com um só movimento dois denamious que estavam muito perto de Fryron e que ele não notara, já que estava ocupado matando outros três. As criaturas urravam desesperadas, não porque estavam morrendo, mas porque estavam irritadas por seu jantar não serem fracos .

Com mais dois flashs de luz Cresseida reduziu cinco denamious à cinzas , enquanto Fryron destroçava outros quatro . O restante fugiu para a escuridão noturna , cientes de que seu jantar já estava perdido.

– Que droga ! – grunhiu Fryron frustrado. – Queria ter um momento à sós com você, sem ter que me preocupar com nada , mas pelo jeito os deuses não querem que fiquemos sozinhos por muito tempo.

–  Os deuses que se fodam , podemos ficar quanto tempo quisermos juntos – respondeu Cresseida, apagando sua luz . Se aproximou de Fryron e juntos começaram a sair da caverna de cristais, atentos à qualquer movimentação estranha . – Embora ambos sabemos que será um pouco difícil conseguir um pouco de paz e tranquilidade, diante de tudo o que está acontecendo.

– Espero que isso tudo termine logo – suspirou Fryron. – Quero muito passar a eternidade ao seu lado – completou, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha da pequena fallon.

– Eu também  – respondeu ela , com um imenso sorriso nos lábios. – Mas não é como se pudéssemos prometer isso um ao outro. Não sabemos o que o futuro nos aguarda .

– É não sabemos .

  Os dois caminharam de mãos dadas por todo o caminho que levava para a habitação que agora ocupavam . O silêncio reinava entre eles, mas não era de modo algum constrangedor, era calmo .

Eles precisavam descansar, certamente amanhã o dia seria cansativo. Mais uma vez.

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Uma flecha voou silenciosa por entre os arbustos até ser cravada em um cervo, o sol ainda estava nascendo quando o pobre animal caiu agonizando no chão. Jay permaneceu agachado detrás dos arbustos com uma flecha já encaixada no arco esperando o cervo morrer . Sempre gostara de caçar, desde quando ainda era uma criança, afinal teve que aprender desde muito pequeno à se virar sozinho , depois de ser abandonado pelos pais por ser tão diferentes deles .

Ele não tinha mais do que quinze anos quando Sortan o encontrou e o acolheu, Sortan era para Jay não uma espécie de pai , era muito mais do que isso . Sortan era alguém que o entendia , muito mais do que ele mesmo. 

Nasce Uma Estrela (Livro 1)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ