Capítulo 26

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  Ela sentiu a ponta afiada do chicote rasgar sua carne no primeiro golpe , sentiu a forte dor inundar seu corpo, sentiu seu sangue escorrer por suas costas . No entanto, ela não chorou . Não permitiu que nenhuma lágrima escorresse por sua face , mesmo que a dor era insuportável, que sua carne era rasgada golpe após golpe , que seu sangue ensopava os lençóis e escorria se empossando no chão.  Não, ela não choraria . Não emitiria nenhum gemido de dor .

Kesllon deu o último golpe, o décimo sétimo, a idade que ela tinha e se afastou da cama . Ele estava chocado , não pelo que fizera e sim com a reação de Cresseida, ela estava em carne viva e parecia não estar ciente disso , como se ele não a tivesse chicoteado dezessete vezes .

As correntes que prendiam seus pés e mãos desapareceram, e Cresseida se ergueu triunfante da cama . Seu vestido estava rasgado e suas costas dilacerada , ainda assim ela ergueu o queixo e se virou para Kesllon que a olhava com um olhar assombroso .

– Vo-você não está chorando – gaguejou Kesllon .

– E por que eu choraria? – respondeu Cresseida, completamente segura de si .

  Kesllon não respondeu,  apenas saiu cambaleante do quarto e a deixou sozinha ali sangrando.

Assim que a porta se fechou Cresseida caiu de joelhos no chão, não suportando por mais nenhum segundo a dor em seu corpo . Ela havia perdido muito sangue e o seu rosto estava pálido como a morte, mesmo assim ela se manteve forte, não iria admitir a derrota , não na frente de Kesllon . E Cresseida sabia que não havia nenhuma derrota para admitir, pois ela não estava derrotada, Kesllon que logo estaria.

Ela fechou os olhos e se concentrou no seu poder, na semente que ainda a restava , aquele sussurro em seus olhos . Concentrada Cresseida cavou bem fundo dentro de si , atravessou cada camada de seu eu interior até chegar na parte mais profunda de si mesma, em um lugar que somente ela poderia ir . Respirando calmamente ela chegou no fundo de sua alma , e lá estava ele , seu poder na forma mais crua .

  Era lindo , o seu poder era lindo . Cresseida sentiu uma paz imensa, uma sensação maravilhosa se reverberou por todo seu ser . Ela esticou a mão e o tocou e sentiu uma leve brisa beijar o seu rosto, uma carícia de ternura que ela tanto precisava .

  Com bastante calma ela tomou seu poder de volta para si , tirou o véu que cobria e o deixou se instalar em suas veias . Ela sentiu a vida voltado ao seu corpo, sentia o calor a renovação. Cresseida sorriu para si mesma e abriu os olhos .

  Suas costas estavam completamente curadas, sua carne não estava mais em frangalhos e nenhum sague escorria por sua pele, somente grandes cicatrizes avermelhadas agora as marcava . Cresseida mexeu seus dedos e sua magia brilhou em sua mão.

   Ela soltou uma risada e imaginou o que faria com o desgraçado Rei de Estayler.

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  Taron selecionou seus melhores soldados e os apresentou para a fallon de cabelos negros. Ela olhou para eles com um olhar superior e os analisou meticulosamente de cima a baixo,  verificava a força de cada um e se estavam armados devidamente.

– Devem servir – disse a fallon com desdém, se afastando dos soldados.

– Vão servir – garantiu Taron .

  A fallon sorriu maliciosamente para ele e o Rei de Prymon sorriu de volta. Ela se aproximou dele e pôs seus braços ao redor do pescoço de Taron .

– Se for bem sucedido Taron – sussurrou a fallon em seu ouvir . – Uma ótima recompensa o estará esperando em minha cama .

  O Graco sorriu diante daquela insinuação, do prazer que receberia da fallon de cabelos negros e do prazer que ele daria a ela .

Nasce Uma Estrela (Livro 1)Where stories live. Discover now