Capítulo 16

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A primeira coisa que Cresseida viu foi o nada, não havia nada sob seus pés ou sobre sua cabeça, somente a branquidão do lugar estava presente. Ela via o nada e ela fazia parte do nada . Tentava se mexer, mas era em vão , pois seus braços e pernas não lhe obedeciam. 

  Ela estava com uma caixa nas mãos e logo se lembrou de onde esteve . Estranho , pensou ela , por quê eu ainda estou aqui ? E como se alguém a ouvisse milhares de pequenas luzes começaram a dançar em sua volta, uma dança alegre e colorida, as luzes rodopiavam por toda sua volta em um convite para se juntarem a elas . A pequena fallon estava maravilhada com aquele espetáculo brilhante, era uma paz e alegria imensa que ela sentia, gostava de rir com as luzes e de vê-las dançarem. 

  Novamente o manto de escuridão recaiu sobre seus olhos e inconsciência tomou conta de sua mente. 

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Seus sentidos voltaram lentamente, primeiro a audição, o olfato, o tato. Ela sentiu a respiração de alguém em seu rosto, não precisava nem abrir os olhos para saber de quem era .  Fryron estava praticamente deitado sobre Cresseida seu rosto bem próximo ao dela .  O fallon percebendo sua suave respiração saiu rapidamente de cima de Cresseida .

Cresseida abriu os olhos lentamente se acostumando com a claridade do ambiente, ergueu seu corpo e encarou todos a sua frente. Eles olhavam para ela com olhares curiosos, ansiosos para que ela contasse sobre sua experiência.

  Tentou se levantar e Fryron rapidamente a pegou no colo e a colocou sentada em uma cadeira, que por sinal era muito confortável. E só então ela percebeu que alguma coisa estava faltando.

– Onde está?  - indagou olhando para as próprias mãos.

– Onde está o que ? – retrucou Fryron se agachando ao seu lado.

– A Caixa de Dormenon . Onde ela está? – questionou passando seus olhos por todo o lugar.

   Annahywa se aproximou de Cresseida e como Fryron se agachou ao seu lado.

– Cress espero que não se assuste, mas você ficou desacordada por seis  horas – começou a bruxa . – Você nem imagina o desespero desses dois aí – disse apontando para Fryron e Grayson.

– Seis horas? – perguntou ela perplexa . – Como assim seis horas ? Eu achei que foi rápido – reclamou .

– Que maravilha que tenha sido rápido – disse Annahywa fazendo aspas com os dedos na palavra rápido. – Fryron estava querendo arrancar meu couro – completou com uma sonora gargalhada, sendo acompanhada pelos outros.

O fallon de olhos verdes soltou uma leve bufada e revirou os olhos.

– Eu não fui o único – disse direcionando seu olhar para Grayson. Seus olhos não continham o desprezo que outrora nutriu pelo fallon de olhos de diamantes.

  Cresseida relaxou seu corpo na cadeira, olhou novamente para as próprias mãos e mais rápido que um estalar de dedos a Caixa de Dormenon apareceu flutuando a sua frente.

  Rapidamente ela contornou seus dedos finos e compridos pelo objeto, a majestosa regalia reluziu em sua mão, brilhando como uma pequena chama .

  Cresseida levantou-se em um salto e correu até onde se encontrava seus pertences, retirou a chave estava guardada no bolso de uma camisa de manga longa,  e voltou para o cômodo onde seus amigos se encontravam.

Suas mãos tremiam tanto que ela quase não conseguiu abrir a caixa, o recinto estava silencioso o único som era o da respiração ofegante da pequena fallon. Com uma certa determinação Cresseida enfiou a chave na fechadura e destrancou a Caixa de Dormenon .

Nasce Uma Estrela (Livro 1)Where stories live. Discover now