Capítulo 15

827 126 5
                                    

TAMARA

Já tem um mês que voltei para o Brasil e minha tão sonhada liberdade ficou só no sonho.

Enrico me convenceu a por enquanto estudar a distância, ou seja estou vivendo em regime fechado.

Aos poucos estamos nos conhecendo e se abrindo um com o outro, brigamos muito ainda, esse homem me tira do sério com suas exigências e jeito de querer que tudo saia perfeito, mas não posso negar que o sexo com ele é maravilhoso.

"E como é "

Nós impomos para esse lance entre nós algumas regra, pois a ultima coisa que queremos é mais uma complicação ou algo que possa nos confundir. Eu porque não quero amar, pois passei minha vida toda vendo minha mãe sofrendo por amor e Enrico apenas diz que não pode amar, mas nunca me explicou o porquê.

Agora depois de muito insistir estamos de saída para dar uma volta. A noite está quente e decidimos ir apenas a um barzinho ao ar livre, só para não ficar dentro de casa mesmo.

Pego  chave do meu carro e jogo para ele que pega no ar.

__ por que você ainda não tirou sua carta de motorista? __ele me questiona ao entramos no carro.

Fico em silêncio por um tempo sem saber se invento algo ou falo a verdade.

__ eu não consigo dirigir... pra dizer a verdade eu tenho verdadeiro pânico em duas coisas, sentar atrás do volante e entrar em água tipo, rio, mar ou algo do tipo, até mesmo a piscina só entro de boia. __ abro o vidro do carro e deixo o ar fresco tocar meu rosto.

__ sério? __ ele parece não acreditar.

__ sim, toda vez que entro dentro do carro, vem a imagem do acidente da minha mãe em minha cabeça e eu simplesmente não consigo.

__ mas por que se você nem estava dentro carro no dia do acidente?

__ naquele dia nós havíamos marcado de ir ao cinema, minha mãe adorava fazer esse tipo de programa, mas nós brigamos por causa de Dimitri e eu me recusei sair com ela. Nós éramos muito unidas e só nos desentendíamos quando o assunto era meu pai. Ela queria que eu fosse flexível com ele, mas eu não aceitava ver minha mãe esperar durante toda a sua vida por alguém que ela nem sabia se um dia ia voltar para ela.

__ você não teve culpa __ ele tentou me persuadir.

__eu não vejo assim, talvez se nos não tivéssemos brigado ela não teria corrido e perdido o controle do carro.

__ ainda assim você não deve se culpar por isso, esse talvez não foi o motivo.

O olhei __ e qual seria o motivo?

__ não sei __ ele me deu olhar rápido por causa do trânsito __ sei lá.

__ obrigado __ sorri pra ele.

__ pelo o que? __ perguntou dessa vez estacionando o carro.

__ por tentar me animar.

Saímos do carro e entramos em um barzinho e para poder ir para mesa que estava desocupada, tínhamos que passar por algumas que estava cheia de mulheres acompanhadas e desacompanhadas, mulheres essas que não tiravam os olhos de Enrico.

Mas se ele estava chamando a atenção eu também não passei despercebida por onde eu passava.

Enrico passou a mão na minha cintura, me guiando o caminho e um sorriso de satisfação escapou dos meus lábios.

" Então ele está enciumado também? Por que também? Eu não tenho ciúmes."

Enrico

Entre o amor e a razão Where stories live. Discover now