Capítulo 27

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Tamara

Ao ver Andrei me levar por um caminho contrário da minha casa meu coração disparou, comecei a sentir medo e sentir meu corpo gelar.

"E se ele sacou o que eu estou tentando fazer?" 

E o medo piorou ainda mais quando ele respondeu sem me olhar.

__ nós dois precisamos ficar a sós para podermos conversar.

Ele estava indiferente e eu não posso ver todo o seu rosto, para pelo menos tentar descobrir através do seu olhar o que ele esta pensando. Mas também eu não podia demostrar ter medo eu sabia no que estava me metendo quando decidi seguir por esse caminho.

Meu olhar percorre o lugar por onde estamos passando no momento, apesar de ser mas afastada da casa do meu pai é uma região nobre da cidade, o que significa que talvez ele realmente só esteja querendo conversar.

__ você não me disse para onde estar me levando __ tentei parecer indiferente.

__ você verá quando chegarmos.

Ele dirigiu por mais uns dez minutos e estacionou em uma grande casa de muros altos, o portão se abriu e quando o carro passou por ele pude ver seguranças espalhados pelo local.
Descemos do carro e ele me guiou para dentro da casa.

__ essa é a casa da minha família, ou pelo menos é aqui onde Hayato morava antes de sua morte lamentável. __ Andrei andou até onde ficava as bebidas __você bebe alguma coisa?

__ não obrigada eu parei de beber.

__ é Nadine me disse que você havia prometido que não beberia mais. __  de lá onde ele estava ele apontou para um dos sofás __ sente-se.

Andrei deixou claro que minha irmã conversava sobre tudo com ele, o que não é uma mentira. Esse monstro não só enganou a mim como também minhas irmãs se fazendo de amigo.

__ mas ela também me falou que vocês brigaram e acabaram se distanciando novamente.

__ vejo que você anda bem informado sobre minha vida, a minha relação com minhas irmãs não é da sua conta. Agora me diz por que você me trouxe até aqui? Até onde me lembro não somos amigos e não confio em você.

__ acho que está na hora de dois conversarmos sobre o nosso passado. __ ele sentou no sofá a minha frente __ você tem certeza que não que beber nada?

Conheci Andrei na Itália praticamente na mesma época em que conheci sua irmã Bianca. Ele se apresentou como Krigor, naquela época talvez pela pouca idade ou por não conhecer ninguém ali e me sentir sozinha eu acreditei em sua amizade.

Ele quase nunca falava sobre ele ou sua vida e as poucas vezes que citava a família dizia que havia perdido seus pais quando era mais novo.
Eu cada vez mais acreditava em sua amizade, a nossa a proximidade era tanta que acabei gostando dele chegando ao ponto ter uma paixonite por ele.

Mesmo não acreditando no amor eu passei a gostar de estar com ele e como uma tola contava todos os meus segredos. Eu saia do colégio e ia me encontrar com ele, os dias em que ele viajava e não podia me ver eram muitos solitários.

Até o dia em que meu pai me colocou contra a parede e eu o contei tudo sobre o rapaz que estava interessada.
No dia de nos vermos contei a Krigor que meu pai queria o conhecer e essa foi a última vez que o vi. Foi um prazo de apenas seis meses mas doeu muito a falta que ele me fez, mas serviu para me mostrar que não posso confiar nos homens, pelo menos não acreditar em amor.

Dimitri e Andrei foi os homens que me fizeram ser o que sou hoje.

Depois disso meu pai me mandou para um colégio integral, para me afastar de oportunistas como ele e foi a melhor coisa que aconteceu, pois lá conheci amigos de verdade.

Entre o amor e a razão Where stories live. Discover now