CAPÍTULO 39

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Enrico

Na noite de domingo enquanto conversava com Mara e Ivan eu não percebi mas meu irmão me contou que enquanto falávamos sobre a reunião que teríamos pela manhã comecei a delirar e falar sobre nosso tempo de guerrilha em que lutávamos contra os libaneses. O que não é um bom sinal esse é um indício que minha doença já está progredindo, eu preciso contar logo a Mara, irei apenas esperar que tudo acabe e  amanhã mesmo conversarei com ela sobre minha doença.

Demorei mais do que eu precisava com Ivan pois tive medo de mais uma vez delirar e ela acabar descobrindo antes da hora. Eu sei que terei que voltar o mais depressa possível para continuar o tratamento mas preciso deixa-la o mais segura possível.

Quando voltei ao quarto ela já havia dormindo o que foi um alívio, apenas tomei um banho me deitei ao seu lado  a puxando para mim. Ao acordar pela manhã bem cedo deixei que ela continuasse dormindo pois ela vem aparentando estar exausta. Fui para o banheiro tomei um banho quando voltei ao quarto me arrumei e só quando já estava pronto para sair eu a acordei.

Ela como sempre deu a louca ao ver que estava atrasada, e começou a xingar e andar pelo quarto parecendo uma barata tonta e quando entrou no banho  ainda me xingava aos gritos por não tê-la acordado mais cedo.

Fui até a porta do banheiro ao ouvi-la gritar e sorri ao  ver o motivo, era pela água fria e xingando ela mudou a temperatura.

“Mas o que ela queria? Tive que tomar um banho gelado logo cedo ao acordar e perceber minha ereção, meu corpo ansiava  por tê-la em meus braços ou era isso ou ainda nos atrasaríamos para tal reunião.”

Quando desci para o primeiro andar da casa Ivan e os velhos já tomavam o café em volta da mesa mas nenhum falava nada pareciam estar em uma guerra fria silenciosa, dei bom dia por educação e sentei ao lado de Ivan para me juntar a eles. Mas quando peguei o bule para me servir perdi as forças e deixei cair sobre a mesa, todos me olharam com espanto pois sabiam exatamente o que estava acontecendo.

__ Outro sintoma isso não está certo __Ivan afirmou.

__Como assim outro sintoma? __ meu pai me questionou com olhar de preocupação e antes que eles começassem com aquelas perguntas levantei-me e saí pedindo para que meu irmão esperasse por Mara e a levasse para a reunião já que nós dois não podíamos ser vistos juntos.

"Pelo menos não até que essa reunião de hoje acabe." Mas enquanto saia ouvi Ivan contar sobre o delírio que tive na noite passada.

Liguei para meu médico na Grécia contando o que estava acontecendo e ele  pediu para que eu voltasse o mais rápido possível pois isso era um sinal de que a doença estava avançando e que teríamos que tratar o mais rápido possível se é que isso ainda seria uma solução, pois dependendo da evolução esse tratamento talvez não tenha os resultados esperados.

Hoje, ainda hoje contarei a Mara ele merece saber."  Só de pensar o quanto ela sofrerá meu coração se aperta.

Cheguei a empresa escoltado por seguranças, afinal é isso que se espera de um herdeiro Martinelli e lá estava todos os funcionários a espera dos acionistas daquele maldito lugar, abaixavam suas cabeças uma forma oriental para  cumprimentar.

Fui direto para a sala de reuniões onde já estavam meus irmãos e suas respectivas esposas, os cumprimentei e sentei no lugar que me fora reservado. Enquanto esperávamos pelo restante dos herdeiros e acionistas daquele Império conversávamos sobre o mais novo membro da família.
Meu irmão e sua esposa estavam radiantes com o nascimento do segundo filho e ao ver sua felicidade de repente me vi desejando ter filhos com Mara.

Entre o amor e a razão Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang