Capítulo 49

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Enrico

Após acordar da cirurgia descobri que eu havia ficado com um lado do meu corpo paralisado e pedi a ao meu pai que ele cumprisse com o que havia me prometido e ele fez a minha vontade.

É... não só ela como o restante da família acreditavam que eu havia perdido junto com os movimentos minhas memórias.

" Eu não poderia deixá-la presa ao meu lado."

Os dois últimos anos foram um verdadeiro tormento, sessões mais sessões de dor nas fisioterapias e os outros tratamentos convencionais que me ajudaram a chegar no resultado positivo em apenas dois anos.

Mas graças a Malika meus dias não foram tão solitários, assim que vi ela eu soube que minha pequena encrenca havia colocado sobre as costas delas o fardo de mantê-la informada sobre mim, o que foi de muita ajuda pois todas as vezes que ela ligava para a amiga eu podia ouvir sua voz.

Não foi nada fácil convencer Malika a trair a confiança da amiga e mentir para ela sobre minhas memórias, mas eu prometi que seria apenas por dois anos e que eu queria pessoalmente conversar com Mara. Claro que eu também tive que usar o argumento confidencialidade médico e paciente.

"Cada um luta com as armas que tem."

Tudo ficou mais difícil após um ano quando no aniversário da irmã eu a vi, ela estava linda como sempre, seu corpo estava mais... sensual e curvilíneo, o cabelo mais curto, mas o sorriso esse já não alcançava os olhos como antes e imaginar que eu sou o motivo disso fez meu coração apertar. Aquele dia eu a acompanhei com os olhos para todos os lados mesmo ela evitando até mesmo contato visual.

Quando no fim da noite ela cantou, a música dizia exatamente o que nós dois sentíamos no momento mas nenhum dos dois podiam falar, ali eu revivi em minha cabeça tudo o vivemos mas nada me preparou para o ela me disse antes de sair chorando.

"__Você pode ter esquecido de tudo que vivemos __ levou minha mãos ao seu coração que batia descompassado no peito __ tudo o que vivemos está guardado aqui nunca esquecerei, você me fez promessas e deveria cumpri-las." Ela se foi me deixando pela terceira vez.

Minha vontade naquele momento era de gritar para quem quisesse ouvir que eu a amava e que nunca se quer poderia esquecê-la, mas ainda não podia não era o momento.

E finalmente chegou o dia de encontrá-la graças a Ivan que tirando os velhos e Malika é o único que sabe que menti sobre minha falta de memória. Ele fez questão de me acompanhar até o Japão atrás das duas fugitivas Mara e Akemi e foi graças a ele que consegui entrar na casa pois os homens que faziam a segurança conheciam o futuro chefe da irmandade.

Bato na porta e tudo fica em silêncio por alguns poucos minutos, até ouvir a voz dela do outro lado perguntando quem era, me identifiquei e logo a porta foi aberta, vi a mulher que amo com seus cachos revoltos, usando uma camisola que deixava a mostra as curvas voluptuosa que ganhou durante os dois anos que se passou e na sua mão uma arma.

A surpresa fica estampado em seu rosto ao me ver ali e gaguejou meu nome
passando os olhos por todo o meu corpo a procura das muletas e quando não as viu deu o sorriso que é a marca registrada da família Makarov.

__ você está bem. __ ela afirmou em meio a um sorriso.

__ sim ... eu estou bem e voltei para você, voltei para cumprir todas as promessas que te fiz __ ela pareci está em transe enquanto pego a arma de sua mão __ vejo que você está levando a sério seu lugar na irmandade... __ sorri __eu voltei para você.

Entre o amor e a razão Where stories live. Discover now