"However Long It Takes" - Klaroline

Capitulo 26 - Parte 1

OLAAAAA! Esse capítulo foi dividido em duas partes.😊 A PARTE 2 JA FOI PUBLICADA.

Pov Klaus

"Nossa, Klaus. Nossa geladeira."

Palavras simples, que tiradas de contexto não significam nada. Mas que pra mim, naquele momento, significaram o mundo inteiro. Essas palavras de Caroline finalmente me fizeram ver com muita clareza, que o que estamos vivendo hoje é eterno. Que estamos juntos de verdade. É real. Mais real do que eu poderia imaginar.

Me pergunto porque eu ainda tinha alguma dúvida. Caroline jamais demonstrou dúvida alguma sobre nosso relacionamento desde quando começamos a namorar, há quase um ano atrás. Logo ela, que há anos atrás não conseguia sequer expressar o que já sentia por mim. Mas hoje ela está tão madura e decidida... Então não há motivos pra eu pensar dessa maneira.

Talvez eu ainda pense assim porque sou complicado demais. Nunca consegui manter um relacionamento amoroso por muito tempo, por mais que eu morresse de amores pela mulher, seja ela quem fosse, e que estivesse ao meu lado. Eu nunca consegui manter um namoro saudável, nem perto disso. Na verdade, nunca consegui manter relacionamento saudável com ninguém. Nem com meus pais, que passaram séculos tentando me matar. Nem com meus irmãos, tão cruéis e sofredores quanto eu, que também foram perseguidos por eles. Nem com amigos, que eu sempre dava um jeito de tirar da minha vida.

Nem com meus filhos.

Marcel sofreu na minha mão. Eu o amava como um filho. Ele É meu filho! Mas eu era extremamente possessivo, não permitia que ele se relacionasse com nenhum dos meus irmãos, nem mesmo com Elijah que sempre o tratou muito bem. Muito menos com Rebekah. Ele era MEU. Eu era tão carente que nosso relacionamento de pai e filho se transformou numa possessividade cega e eu achava que todos iriam roubá-lo de mim. Eu não permitia que ele se distanciasse. E esse meu comportamento estúpido só o afastou de mim cada vez mais.

E Hope. A minha luz. Minha base. Minha oportunidade de redenção. Aquela que representa tudo pelo que Elijah lutou em meu favor. Aquela que é TUDO pra mim. Pobre Hope. Nem ela escapou do meu egoísmo. Da minha covardia. Passei anos da minha vida evitando falar com ela. A maldição da Hollow que nos impedia de estarmos num mesmo espaço não era empecilho pra que eu soubesse como ela estava, o que fazia, não me impedia de manter contato com ela de alguma maneira, a mínima que fosse. Também não me impedia de manter contato com Hayley, a mãe dela, que teve que cuidar dela completamente sozinha. Mas fui um imbecil covarde. Porque uma vez fui flagrado por minha filha enquanto arrancava o coração de alguém, nunca mais tive coragem de encará-la. A deixei sozinha. Sem mim, que pouco tempo antes a defendia com unhas e dentes. Deixei ela me ver como o monstro que eu sou. Isso quase destruiu o nosso relacionamento de pai e filha que eu tentava preservar o máximo que podia, antes da Hollow nos distanciar. Ainda bem que Caroline voltou pra minha vida e abriu os meus olhos. Daquela maneira dela. Deliciosamente irritante...

Então se até mesmo com minha própria filha, por quem eu tentei agir bem, eu fui um imbecil, como eu iria pensar em algum momento que merecia ser feliz namorando alguém? Mas parece que eu estava enganado.

Eu estou feliz. Eu sou. Eu sou feliz.

Desde quando Caroline voltou pra minha vida, me jogando na parede, decidida, autoritária e teimosa, jogando milhares de erros meus na minha cara, parece que aos poucos, minha vida foi entrando nos eixos. Não sei explicar, então não me pergunte.

Mas quando ela está por perto... parece que finalmente tudo se encaixa.

***

Caroline me beijou lentamente, parecendo querer que aquele momento durasse pra sempre. Eu correspondi ao seu beijo no mesmo ritmo, ansioso por mais, e ao mesmo tempo não querendo estragar aquele momento perfeito. Mas minha ansiedade e minha fome me fizeram avançar um pouco nas minhas atitudes, ainda que lentamente. Agarrei a bunda dela, colei ela mais ainda em mim. Fui conduzindo Caroline devagar, até nos apoiarmos na geladeira. Na nossa geladeira. A desculpa que usamos pra nos aproximarmos ainda mais.