Capitulo 14

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Pov Caroline

Eu não acreditei no que ouvi. A voz apavorada de Hope, uma voz trêmula, exalando medo pelo telefone, me arrepiava enquanto eu ouvia ela dizer que o maldito bruxo que me sequestrou e me torturou estava por perto. Perto de Hope, Lizzie e Josie. Klaus paralisou com o celular encostado ao ouvido, seus olhos aos poucos se tornando dourados e com as veias aparentes, seus dentes pontiagudos se sobressaindo e a respiração pesada. Klaus estava se transformando, a raiva o fazendo perder o controle. Ele não conseguia dizer uma palavra.

- Pai? PAI??? - Hope se desesperou ao não ouvir mais a voz dele.

Peguei o celular da mão do Klaus e atendi.

- Oi, Hope! Você está fugindo do sequestrador? Ele te fez de refém? Josie e Lizzie estão com você?

- Não, Caroline, eu só vi esse cara no meu pesadelo. Eu sinto muito forte a presença dele, mas estou sozinha no meu quarto. Tem uma vibração estranha aqui, como se ele realmente estivesse dentro da escola, mas na verdade aqui está silencioso. Acho que ninguém mais esta acordado alem de mim.

- Nós estamos indo aí agora. Não saia do quarto, não fale com ninguem. Nós não queremos um cenário de pânico na escola inteira. Chegaremos aí em 15 minutos.

- Ok...

Desliguei o telefone e voltei a minha atenção pro híbrido sentado ao meu lado, perdendo o controle. Me levantei, fiquei de frente pra ele, segurei seu rosto com firmeza e o obriguei a olhar pra mim.

- Klaus... Klaus...

Ele chegou a levantar a cabeça, mas seu olhar dourado estava longe, provavelmente fantasiando a forma mais cruel de matar o desgraçado.

- Klaus! Olha pra mim!

Ele finalmente me encarou. Seu olhar, mesmo fora do normal, conseguia me atingir. O ódio emanava dos seus olhos. Mas eu precisava dele bem. Eu tentava controlar o pânico que crescia em mim e nesse momento eu não queria lidar com um Klaus Mikaelson transformado e violento. Ele precisa voltar ao normal. Não é hora dele se descontrolar. Não ainda.

- Klaus, volta! Precisamos manter o controle agora. Hope precisa da nossa ajuda! Precisamos acalmá-la e saber o que está acontecendo!!

Ele finalmente fechou os olhos e respirou fundo. Quando os abriu novamente, seus olhos verdes estavam de volta. As veias e os dentes aparentes sumiram. Ele naquele momento conseguiu controlar a raiva. Mas é claro que isso não vai durar muito tempo. Klaus sempre sonhou com o momento em que encontraria esse cara. Na verdade, por mais que eu tenha reprimido isso em mim, eu também quero encontrá-lo. Eu só evito imaginar o que eu faria em seguida. Dar espaço pra raiva tomar conta de mim pode me levar a situações inimagináveis até mesmo pra uma vampira. Eu estou cheia de ódio por dentro, depois de tudo o que aconteceu comigo e ainda não me abri totalmente ao que estou sentindo. E apenas imaginar qualquer atitude violenta e cruel feita por minhas próprias mãos, ainda que seja contra alguem que me fez muito mal... isso me assusta demais. E me assusta assim, porque SEI que eu sou realmente capaz de fazer isso.

Pov Klaus

Eu quase conseguia sentir o gosto do sangue dele em minha boca, de tanta vontade de matá-lo. Meu próprio sangue corria em minhas veias incontrolavelmente e eu notei que estava me transformando. E eu queria isso, queria me transformar totalmente, queria colocar em prática meus planos mais cruéis contra esse desgraçado. Mas Caroline não permitiu. Quando ela tocou meu rosto e me obrigou a olhar pra ela, foi como se a voz da razão falasse em meu ouvido. E Caroline me fez lembrar da importância de manter o controle agora, pois minha filha precisava de mim. Hope estava apavorada, com medo, se sentindo sozinha e completamente confusa com o que ela viu. Ela precisava de mim. Precisava do pai dela. E mais uma vez, Caroline me trouxe de volta.

Fomos o mais rápido possível pra Escola e ao chegarmos la, corremos pro quarto da Hope e a encontramos sentada na cama, encolhida, enrolada nos lençóis. Ela se balançava, tentando driblar o nervosismo. Quando nos viu, imediatamente se levantou e correu ao meu encontro, me dando um abraço desesperado.

- Pai!!

Eu a abracei de volta com o mesmo desespero e de uma certa forma aliviado, porque ela estava fisicamente bem e sozinha. Como ela disse que sentia como se o sequestrador estivesse lá, por um momento pensei de forma neurótica que Hope estivesse nas mãos dele como refém. Eu a sentei de volta na cama e ela não parava de chorar. Caroline começou a procurar no quarto qualquer indício do sequestrador. Viu que não havia nada demais, nada fora do lugar, nada que indicasse que ele de fato esteve ali, talvez enquanto ela estivesse dormindo. Depois, sentou ao lado de Hope na cama.

- Hope, respira fundo e tenta se acalmar um pouco. Precisamos saber o que aconteceu com você aqui. Foi um pesadelo? Uma revelação? O que você viu?

Ela dizia isso calmamente, enquanto segurava a mão de Hope, e eu andava de um lado pro outro no quarto, respirando fundo várias vezes e não conseguia ajudá-la em nada. Quem estava acalmando ela era Caroline. Hope respirou fundo e começou a falar sem controle.

- Aquilo não foi um sonho. Todas as imagens que vi apareceram enquanto eu estava dormindo. Mas aquilo não foi só um sonho. Porque quando acordei, lembrei de tudo o que tem acontecido nos últimos dois meses comigo e com suas filhas e notei que tinha algo que bloqueava minha memória, mas agora eu lembrei de tudo!!!

Ela parou um pouco, tentando tomar fôlego. Caroline continuou segurando suas mãos. Eu parei na frente dela.

- Hope... você consegue nos contar o que você viu? Do que você lembrou?

Perguntei desejando mais ainda a morte daquele infeliz. Como se não bastasse ele torturar Caroline, ainda perturba minha filha.

- Eu sonhei com o que aconteceu com a gente naquele dia em que resgatamos Caroline e demoramos pra sair da casa. O sonho na verdade foi uma revelação. Porque a partir desse dia, as coisas começaram a mudar dentro de mim. Mas eu nunca soube disso, até agora.

Caroline finalmente desviou o olhar de Hope e olhou pra mim. Ela aparentava calma, mas seus olhos mostravam pânico. Eu a conheço profundamente e sei que ela não vai demonstrar o que está sentindo. Caroline é forte o suficiente pra se controlar e não deixar seu desespero aparente. Mas ela tem um limite. E não vai demorar muito pra explodir.

Caroline voltou seu olhar pra Hope, e insistiu.

- Nos conte os detalhes. Tente se lembrar do máximo que você puder.

Hope respirou fundo e olhou pra mim.

- No dia em que resgatamos Caroline, vocês e Alaric já tinham saido e eu, Josie e Lizzie descemos as escadas e estávamos quase saindo quando fomos interrompidas por um casal de bruxos que nunca tínhamos visto antes. Eram mãe e filho. Tentamos passar por eles, mas fomos impedidas de sairmos. Porisso demoramos tanto.

Eu lembrei que realmente elas demoraram demais pra saírem daquela casa e só saíram depois de Alaric ligar pra Lizzie. Hope desviou seu olhar de mim pra Caroline

-Eles disseram que tudo aquilo que fizeram com você, toda a tortura que você sofreu, foi apenas pra atrair suas filhas.

A partir desse momento, ficou mais difícil pra Caroline se controlar. Seu olhar ficou mais preocupado, sua testa franziu e sua voz ficou um pouco trêmula quando respondeu.

- Minhas... minhas filhas? Pra que???

Seus olhos começaram a se encher de lágrimas, porém mais uma vez ela reprimiu, respirando fundo. Hope a essa altura não chorava mais e se preocupava em passar pra nós o máximo de detalhes.

- Pra servirem de espiãs e sabotadoras.

- Como assim, Hope?

Perguntei começando a sentir o descontrole tomar conta de mim novamente, porque quando ela disse "espiãs", eu só conseguia lembrar daquelas malditas sombras de meses atrás que rondavam a escola.

- Eles querem tomar posse da Escola Salvatore. E disseram que pra isso pretendem miná-la de dentro pra fora, enfraquecendo sua estrutura pra facilitar o trabalho e assim conseguirem se tornar donos da Escola.

Caroline a essa altura não controlava mais as lágrimas que caiam em seu rosto.

- Mas o que você e as minhas filhas tem a ver com isso?

- Eles nos fizeram de espiãs. Disseram que era um castigo por termos bloqueado as sombras-espiãs que cercavam a Escola há um tempo atrás. E nos fizeram agir de forma sutil, mas que funcionava. Como nos momentos em que Lizzie causava tumulto com mais alguns alunos, ou quando Josie se trancava em seu quarto por horas, se isolando do resto do mundo. Ela se comunicava com eles nesses momentos, passando informações importantes da Escola e recebendo instruções pra continuarmos criando problemas de alguma forma. E, mesmo acontecendo essas coisas, você e Alaric provavelmente nem desconfiaram, não é? Porque tudo foi feito de forma sutil. Nós apenas nos comportamos como adolescentes em crise.

Eu olhava pra minha filha enquanto ela falava e sentia todo o ódio voltando. Eu sabia que essas sombras não estavam ali a toa. Foram eles que mandaram! Desgraçados!! E eu ainda não conseguia acreditar no quanto fomos cegos esse tempo todo! E me dói saber que minha filha está sofrendo, sendo manipulada mentalmente mais uma vez. O sofrimento que ela teve com a Hollow foi algo que não deveria se repetir nunca mais e agora Hope está sofrendo de novo. Isso é desesperador.

- Mas porque você também, Hope? Por que tambem usaram você?

Hope olhou pra mim, seus olhos marejados novamente.

- Só porque eu estava lá.

Eu respirei fundo pela milésima vez, pra não perder a cabeça. Minha filha atacada e manipulada mentalmente por dois desgraçados apenas porque ela estava lá, gratuitamente, como um castigo grotesco por ela estar onde não deveria estar. Ela estava lá pra ajudar, foi de coração aberto, mesmo não tendo nada a ver com isso e olha o que acontece. Aposto como eles aproveitaram a oportunidade pra usarem a Hope como um bônus, ela é muito poderosa e uma a mais poderia fazer a diferença nos planos deles. Hope voltou a chorar muito enquanto nos contava as coisas que eles fizeram contra elas. A forma como as machucaram, jogando elas longe, torturando elas, a forma como elas se sentiram ao saberem as verdadeiras intenções deles. Eu ia ouvindo cada palavra e relembrando os últimos dois meses. Realmente foram meses turbulentos na Escola. E o comportamento de Hope nesse periodo foi bem estranho. Quando eu ligava pra ela, sempre tinha uma desculpa pra desligar o telefone e parar de conversar comigo. E quando nos víamos pessoalmente, ela parecia sempre cabisbaixa e ausente. Fugia de mim quando eu ia visitá-la, conversava pouco comigo e evitava olhar nos meus olhos, como se não quisesse se expor pra mim.

- Então foi por isso que você estava tão distante de mim ultimamente?

Hope enxugou o rosto e se levantou, ficando diante de mim.

- Pai... Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas eu sempre tive a impressão de que havia algo de errado. Mas era momentâneo, logo depois eu esquecia. E quando você estava por perto, eu me sentia perturbada. E agora eu acho que sei porque. Eu tive medo de você descobrir. Mesmo não tendo consciencia alguma do que eu fazia, tentava me esconder. Tudo o que passamos com a Hollow nos fez mais sensíveis pra essas coisas, então é claro que em algum momento você ia notar, porisso eu te evitei, mas foi de forma totalmente involuntária. Foram eles, pai. Esse tempo todo.

Caroline se levantou também e pôs a mão em seu ombro.

- Mas o que eles te obrigaram a fazer, Hope?

Hope suspirou.

- Eles me obrigaram a... trazer demônios pra dentro da Escola.

- O QUE???

Pov Caroline

Eu e Klaus gritamos ao mesmo tempo.

Eu não conseguia acreditar no que ouvi. Demônios? Dentro da Escola Salvatore? Queria que isso fosse um pesadelo e eu pudesse acordar.

- Hope, me diz que isso é mentira, por favor!!

- Não posso, Caroline!! É a verdade! Cada uma de nós tínhamos uma função. Lizzie provocava tumultos e incomodava bastante pra distrair vocês enquanto eu e Josie fazíamos as coisas sem ninguém notar. Josie descobria informações sobre a escola e passava tudo pra eles, enquanto eu seguia as orientações passo a passo pra trazer os demônios pra cá.

Parecia um plano perfeito. Usarem minhas filhas e Hope pra tomarem a Escola. Eu não queria acreditar que elas foram manipuladas esse tempo todo. Tão jovens e já sofrendo abusos dessa maneira.

- Então aquilo que vi vocês fazendo antes de ontem foi... Ai meu Deus!

Lembrei que, dois dias antes, me deparei com as três em um ritual com o livro aberto num gravura demoníaca. E que, ainda em transe, quase me atacaram.

- Aquilo fazia parte do plano. Não fizemos só isso, foram dois meses de preparação até que a gente conseguisse fazer o que eles queriam.

- Então agora há demônios aqui???

Perguntei, desesperada.

- Eu não sei. O ritual estava começando ainda quando você entrou no quarto e tentou nos interromper. Eu lembro de ter escutado sua voz muito longe, mas... eu não conseguia reagir. Quando ouvi seu grito, mandando a gente acordar, aí sim consegui tomar consciência do que estava acontecendo. Eu sinto muito por tentar te atacar, Caroline.

- Está tudo bem, Hope. Pelo que entendi, nenhuma de vocês sabia o que estava fazendo.

Klaus olhou pra mim com um olhar questionador. Ele não sabia que as meninas mexeram com magia negra. Eu estava tão assustada por ter visto elas nessa situação, que não contei pra ninguém, muito menos pra Alaric e Klaus. Porque poderia gerar um problema ainda maior e eu não tenho certeza se eles saberiam lidar com isso. Então eu decidi que iria resolver tudo sozinha. Klaus continuava olhando pra mim, quando interrompeu nossa conversa.

- Acho que já temos informação suficiente, Hope.

Klaus falou isso num tom baixo, mas eu notei a mágoa em sua voz. Ele não gostou nada de saber que as meninas mexeram com magia negra e que eu sabia disso e não contei pra ele antes. Seu olhar pra mim nesse momento era de reprovação. Eu não estou acostumada com isso. Foram raras as vezes que recebi um olhar hostil de Klaus e é uma coisa que não acontece há muitos anos. Confesso que aquilo me doeu. Ele desviou a atenção de mim pra Hope.

- Agora preciso que você me ajude. Quero ver como esses bruxos são e pra isso, preciso entrar em sua mente. Quero pegar todas as características físicas deles.

Hope permitiu e Klaus tocou em sua fronte com as duas mãos e fechou os olhos se concentrando. Demorou um tempo pra ele conseguir ver o que queria e quando conseguiu, se afastou. Sua expressão era de tristeza, ódio, desespero... Eu nem quero imaginar o que ele viu na mente dela que o deixou assim.

- Consegui ver o suficiente...

Ele olhou nos olhos de Hope e segurou suas mãos. Sua voz saia controlada, mas dava pra perceber o quão intensa era sua raiva.

- Isso não vai ficar assim, Hope. Nós vamos encontrar os dois e vamos salvar vocês dessa maldita manipulação.

E a puxou pra um abraço. Pensei nas minhas filhas. Sera que elas ainda não tem consciência do que está acontecendo? Depois que eles se separaram, perguntei a Hope sobre elas.

- Josie e Lizzie ainda não sabem do que você descobriu, não é?

Ela apenas confirmou com a cabeça. Deixamos Hope no quarto, estava mais calma, mas muito cansada mentalmente, então foi dormir e nós fomos pro escritório. Mas não sem antes eu dar uma olhada em Lizzie e Josie. As duas dormiam profundamente. Minhas filhas ainda estão compelidas, servindo a esses malditos bruxos. Sofrendo abuso mental, fazendo coisas que jamais fariam por si mesmas, porque elas não são assim.

Todo mundo as vê como duas bruxas poderosas, todos veem o quanto Josie é comportada e os problemas que Lizzie causa e se prendem a aparências externas. Mas eu consigo ver mais que isso. Vejo duas meninas puras de coração e alma que, por mais poderosas que sejam, ainda são indefesas pra coisas tão pesadas e crueis. Minhas meninas. Junto a dor de ter sofrido tortura psicológica e de ainda não ter conseguido superar direito, agora se junta também em minha alma a dor de saber que esses malditos usam minhas filhas pra tomarem a Escola. Eles querem tirar de mim tudo o que eu tenho. A Escola Salvatore, que construí junto com Alaric, dedicando minha vida a isso por anos e minhas filhas, que amo acima de tudo e que, com certeza, quando salvarmos elas dessa manipulação, não serão mais as mesmas. Assim como eu também não sou mais a mesma, depois de tudo o que sofri. Eu não mereço isso. Minhas filhas não merecem isso.

Quando finalmente chegamos ao escritório, Klaus entrou na frente, foi em direcao à janela, a abriu e ficou olhando pra fora, de costas pra mim. Ele estava me evitando. Tranquei a porta, desejando que ele falasse qualquer coisa. Parecia tão magoado! Ele ficou em total silêncio, mesmo sabendo que temos um problema gigante pra resolver, então tentei puxar conversa.

- Vamos ligar pra Bonnie e pedir pra ela vir nos ajudar, eu acredito que...

- Por que você não me contou??

Klaus me interrompeu sem a menor paciência. Virou de frente pra mim. Seu rosto mostrava total irritação. Eu suspirei, cansada.

- Klaus, eu não sabia como você e Alaric iriam reagir. Eu não sabia o que fazer! Elas ficaram irreconhecíveis, os olhos totalmente escuros, agindo como zumbis, completamente em transe. Elas iriam me atacar e sabe-se lá o que fariam comigo se eu não reagisse. Aquilo foi terrível, Klaus! O que você queria que eu fizesse?

Klaus gritou, completamente irritado.

- EU QUERIA QUE VOCÊ CONFIASSE EM MIM!!

Eu perdi a paciência. Senti meu coração acelerando de puro estresse e gritei de volta.

- EU CONFIO EM VOCÊ!!!!!

Klaus se aproximou rápido de mim e ficamos muito próximos. Um sentia a respiração do outro e o clima hostil entre nós dava pra cortar com uma faca. Ele agora quase sussurrava.

- Então nunca mais me esconda nada!

Eu achei um absurdo ele me acusar de não confiar nele, depois de todos esses anos e das várias vezes que demonstrei confiança até mesmo quando ele não merecia. Eu também sussurrava.

- Nunca mais duvide da minha confiança em você!!! Você sabe muito bem que eu confio em você bem antes mesmo do que deveria!! Todos tinham pavor de você nessa cidade, mas eu te via de forma diferente, mesmo com todos os erros que você cometeu contra todos aqui, ainda que eu tentasse disfarçar, ainda que eu sempre ficasse do lado dos meus amigos, ainda que isso me incomodasse, ainda que eu fosse hostil com você, mas sim, eu confio em você há muito tempo, Klaus! Então nunca mais se atreva a duvidar do que sinto por você... Eu...

E eu não consegui dizer mais nada. Paralisei. Nossas respiraçoes ofegantes de irritação e impaciência, foram dando lugar a uma tensão sexual que chegou na hora errada. Mas a gente nunca conseguiu controlar isso. Eu estava com raiva dele, mas queria que ele me tocasse. Klaus claramente ainda estava magoado com o fato de eu não ter contado nada pra ele, mas suas mãos já estavam na minha cintura me puxando com força, me fazendo colar no seu corpo e senti-lo por inteiro.

- Você o que, Caroline??

Aquela voz. Mais rouca que o normal. Aquele sotaque. Aquela boca sussurrando perto da minha...

Levantei o rosto e aproximei minha boca ainda mais da dele. Nossos narizes se tocaram, e eu nem sabia mais porque estávamos brigando.

- Eu...

Minha necessidade dele só aumentava. Respirações cada vez mais ofegantes. Olhares cada vez mais intensos. Eu não conseguia falar o que realmente sentia, mas queria mostrar de um outro jeito...

Quando eu estava quase me entregando, ouvimos um barulho na porta.

Pov Klaus

E lá estávamos nós. Numa linha tênue entre a hostilidade e o desejo. Eu estava com raiva por Caroline não ter me contado sobre a experiência de Hope com magia negra. Eu tentei realmente brigar com ela, porque essa situacao me preocupa. Qualquer contato que Hope tenha com magia negra pode trazer problemas não só pela atitude em si mas por ela ja ter sido possuída pela Hollow e essa experiência pode ter deixado ela vulnerável pra outras péssimas experiências, então é algo que me preocupa constantemente. E ver que Caroline sabia disso e não me contou, foi algo que me deixou bastante irritado e triste.

Mas eu não consigo resistir muito tempo a ela. Estar tão próximo de Caroline, sentir seu cheiro, sua respiração, ouvir sua voz sussurrando, tudo isso me fez pouco a pouco perder a resistência, que culminou com ela dizendo alguma coisa que interrompeu de repente. Nesse momento, me arrepiei por completo. Porque tenho a sensação de que sei o que ela ia me dizer. O clima ficou cada vez mais intenso entre nós, eu a puxei pra mais perto, com força e pressa, querendo que ela completasse a frase, enquanto me envolvia cada vez mais. De repente ouvimos um barulho de alguém destrancando a porta. Era Alaric entrando no escritório e quase nos flagrando nesse momento tão intimo. Caroline me afastou com a mão no meu peito. E eu só queria ouvir o que ela tinha a dizer...

Alaric escolhe os piores momentos pra aparecer, as vezes penso que é de propósito. Não é a primeira vez que ele interrompe um momento meu com Caroline. Aliás, ultimamente todos resolveram nos interromper, não temos um minuto de paz. Mas nesse caso nem sei se devo por a culpa mesmo em Alaric. Todo esse estresse com a Hope me fez esquecer completamente que Caroline mandou mensagem pra ele avisando sobre a situação das nossas filhas com os bruxos que sequestraram ela.

Conversamos os três sobre todos os problemas envolvendo as meninas e decidimos falar com a Bonnie no dia seguinte. Alaric ficou na escola pelo resto da madrugada e nós fomos embora. Voltamos pra casa de Caroline, trocamos de roupa e nos preparávamos pra dormir, quando ela parou diante da cama em pé e olhou pra mim, pensativa.

- O que foi, amor?

- Eu quero ver o que você viu, Klaus.

Ela queria ver tudo o que vi na mente de Hope.

- Tem certeza, Caroline? Não foi fácil assistir a nada do que eles fizeram contra nossas filhas.

Ela parecia muito decidida e insistiu.

- Sim, Klaus. Preciso saber com o que estou lidando.

Então me aproximei dela e abri minha mente, permitindo que ela visse tudo. Quando achou que era suficiente, tirou as mãos da minha cabeça e finalmente desabou, enfraquecida e com lagrimas nos olhos. Caroline chorava como uma menina indefesa. Nesse momento ela mostrou toda a fragilidade de sua alma e o quanto ainda está emocionalmente abalada com tudo o que sofreu, e tendo que lidar com o fato das próprias filhas serem tão vítimas quanto ela.

- Caroline, nós vamos resolver isso. Eu estou aqui, você não está sozinha.

E a abracei. Fui levando Caroline pra cama, tentando acalmá-la e me deitei com ela. Ela encostou a cabeça no meu peito e soluçava de tanto chorar. Fiz carinho em seus cabelos e rosto até ela dormir. Não suporto ver Caroline sofrendo dessa maneira. Vê-la assim, tão traumatizada, ver minha filha sendo envolvida nisso de maneira covarde, ver as filhas de Caroline também sofrendo inconscientemente, intensificando o sofrimento de Caroline, tudo isso me angustia, me desespera, me enche de um ódio que só vai acabar de verdade quando eu conseguir por as mãos nos culpados.

E quando esse dia chegar, os matarei com todo prazer. Mas não sem antes me divertir um pouco... Eles escolheram a pessoa errada pra atingir.

No dia seguinte, conversamos com Bonnie na casa de Caroline e depois de alguns rituais e com tudo o que mostramos, ela conseguiu achar o paradeiro deles, pelo menos a princípio. Ao contrário do que pensávamos e do quanto investigamos, eles estão sim em Mystic Falls. Estão protegidos por algum feitiço que os protegem de serem encontrados. Porém, mesmo com toda a dificuldade, Bonnie conseguiu. Depois de concluir o ritual, ainda conversou um pouco mais com Caroline, demonstrando preocupação com a amiga, como sempre. Se despediram com um abraço apertado e ela foi embora.

Caroline esperou Bonnie se distanciar e fechou a porta da sala, onde apoiou a cabeça, suspirando. Ela estava triste. Esgotada. Me aproximei por trás dela, a abracei pela cintura e fui levando ela calmamente pro sofá da sala. Nos sentamos e eu fiz um carinho no rosto dela. Agora nós já sabemos onde eles estão. E Hope estava certa, eles estão por perto. Então agora é a hora de planejarmos.

- Caroline... precisamos pensar numa estratégia pra pegarmos eles.

Ela nesse momento fechou os olhos e ficou em silêncio. Procurou minhas mãos, as segurou e levou em direção ao seu rosto, que imediatamente acariciei. Depois abriu aqueles olhos azuis tão lindos, que nesse momento estavam mais escuros e sombrios e finalmente disse algo.

- Klaus... pensaremos na melhor forma de pegarmos eles. E eu não terei a menor pena de vê-los morrer.

Ela dizia isso bem baixo. Eu sinto que há muito sentimento represado dentro dela. E que tudo o que há em sua alma está começando a ferver.

- Caroline, você está bem? Digo, bem o suficiente pra participar de uma carnificina?

Nesse momento, vi um traço de brilho em seus olhos. Ela tocou meu rosto, me olhou profundamente e deu um sorriso

- Eu não quero só participar da carnificina. Quero ser a protagonista. Eu quero ser a primeira a matar.

Eu via em seu olhar e em seu sorriso. Caroline não estava brincando.

**** Horas depois ****

Pov Caroline

Estou a ponto de explodir. Eu mesma não sabia ou preferia não saber o nível de ódio, raiva, desespero, rancor, que há dentro de mim. Depois que descobri que os sequestradores estavam em Mystic Falls esse tempo todo e que estão tão próximos de nós, tão próximos das nossas filhas, abusando delas, está muito mais difícil me controlar. Mas o fato é que precisamos ir atrás desses desgraçados, destruir seus planos e acabar com eles, antes que seja tarde demais!

Pegamos a localização de onde poderiam estar e fomos até lá. A casa de dois andares tinha uma aparência inofensiva e ficava numa área simples da cidade. Pensamos que essa casa poderia ter algum feitiço de proteção ou que algo nos atingiria, além do fato de que, se eles realmente estiverem lá, teremos que enfrentá-los, então pedimos a Bonnie pra que nos desse algo que nos protegesse de qualquer ataque. Ela fez um ritual de proteção e nos deu dois colares, ambos com uma pedra escura chamada turmalina. Munidos dessa proteção, invadimos o lugar, procurando os bruxos sequestradores. Procuramos na casa inteira, que a principio estava vazia. Porém, quando desistimos de procurar e já estávamos ligando pra Bonnie, vários bruxos apareceram do nada na nossa frente, nos cercando. E quando digo "do nada", é literalmente. Eles se materializaram na nossa frente. Estavam ali o tempo todo, mas estavam invisíveis. E nenhum deles parecia com o que me sequestrou nem com a mãe dele, que vi na mente do Klaus.

Eles nos cercavam e nos atacavam, não tivemos tempo de perguntar nada. Sentíamos uma dor de cabeça que nos incomodava, porém os colares que usávamos nos protegiam então conseguimos reagir. Eu e Klaus estávamos um ao lado do outro e nos olhamos profundamente. Nos comunicamos atraves do olhar e um entendeu o que o outro ia fazer. Nos viramos de costas um pro outro e, controlando a dor que sentíamos, esperamos os bruxos se aproximarem.

Eu sabia que esse dia chegaria. Tentei evitar esse cenário o maximo que pude. Um cenário de puro terror. Nesse momento, começou a carnificina que eu tanto queria protagonizar, por mais que meu autocontrole e minha humanidade tivessem lutado contra. E não. Eu não desliguei de novo. Essa sou eu. Com humanidade e todos os sentimentos ruins que um humano pode ter. Essa sou eu com a mais pura raiva. Essa sou eu com ódio. Essa sou eu com fome. Essa sou eu com sangue nas mãos. Afinal de contas... todos nós temos sangue nas mãos...

Klaus, se lembrando das minhas palavras e do meu ódio e sede de sangue, deixou eu matar primeiro, apesar de eu ter visto em seu olhar um traço de quem não concorda em nada com isso, mas que não iria me impedir. Ele sabe que todo esse emaranhado de sentimentos dentro de mim, se devem ao fato de eu ter sido torturada e agora porque minhas filhas estão fazendo parte disso, sendo vítimas inconscientes. E isso me machuca e me tira a sanidade.

Uma das bruxas mais jovens se aproximou de mim lançando um feitiço que me fez doer mais ainda a cabeça, mas eu, em supervelocidade a puxei e arranquei seu coração em dois segundos, o que fez a dor diminuir bastante, me fazendo sentir um alivio enorme. Me senti bem após matar uma pessoa. Ótimo... não tive muito tempo pra pensar no quanto isso é errado, porque um casal de bruxos se aproximou me fazendo sentir uma dor ainda maior, que me fez perder o equilíbrio, mas não por muito tempo. Klaus, que já tinha matado três bruxos com a maior facilidade, atacou um dos bruxos que me machucava por trás e mordia com vontade seu pescoço, bebendo seu sangue e fazendo a bruxa que o acompanhava gritar. E eu aproveitei esse momento e arranquei o coração dela tambem.

Os bruxos se aproximavam em maior quantidade, atacando com força, me causando dor. O que me fez concluir que nossa atitude ali não precisava ser prazerosa. Mas era necessária. Se não matássemos cada um daqueles bruxos, eu não sairia dali viva. Klaus sim, mas sofreria muito. Então, Caroline, agora não é hora de consciência pesada. A partir daí, eu e Klaus nos dedicamos totalmente a matar cada bruxo que se aproximasse. Arranquei vários corações, bebi um pouco do sangue de algumas pessoas e bati em outras, exigindo que me dissessem onde estavam os sequestradores. Cada bruxo que não me respondia, era mais um coração pra fora do corpo ou mais um pescoço quebrado. Quanto ao Klaus, ele tentava disfarçar, mas dava pra ver o quanto se divertia com cada bruxo que ele pegava. Mordia, se alimentava, arrancou a garganta de alguns, decapitou, torturou outros por diversão, ao ponto de eu ter que apressá-lo pra ele matar logo de uma vez.

À partir de um determinado momento, os bruxos começaram a fugir de nós, então eu fui procurar nos cômodos se tinha mais alguém escondido. De fato, os sequestradores não estavam ali. Quando eu vi que não havia mais ninguém, procurei Klaus pra finalmente irmos embora. E quando o achei, ele estava se alimentando do último bruxo vivo.

E não sei por que. E eu não queria que isso tivesse acontecendo. Eu não queria sentir o que estou sentindo.

Mas ao ver Klaus daquela maneira, transformado, ensanguentado, com seu rosto salpicado de vermelho...

Eu o desejei incontrolavelmente!

Pov Klaus

Meu rosto estava molhado de sangue, assim como o chão e as paredes, que também foram tingidos de vermelho. Digamos que aquele cômodo parecia cenário de filme de terror. Nós não deixamos nenhum bruxo vivo naquela casa e ainda bebi o sangue da maioria deles, além de torturá-los. É bom juntar trabalho à pura diversão. E eu confesso, me divertia mais e mais a cada mordida. Minha aparência estava longe do impecável. Minha roupa ficou encharcada. E eu não achei ruim. Caroline fez um trabalho mais limpo e prático, quebrando pescoços e arrancando corações, se alimentando apenas de alguns, batendo em outros em busca de informações e as vezes me controlando quando eu "passava dos limites", segundo ela. Enquanto Caroline estava em outro cômodo, eu me divertia nesse. Estava concluindo meu excelente trabalho, quando escutei sua voz.

- Klaus...?

Deixei o corpo sem vida cair no chão e me virei. E la estava ela. Caroline, com as mãos ensanguentadas, me flagrou praticamente arrancando a garganta do último bruxo vivo que protegia os desgraçados que torturaram ela e que estão manipulando nossas filhas. Enfim, essa era a hora da verdade. Conheço Caroline. Ela é capaz de fazer coisas ruins pela condição de vampira e por estar emocionalmente não muito bem, mas essa não é a índole dela. Ela é forte, determinada e se necessário, agressiva. Ela é capaz sim de errar, ela tem algo, muito pequeno, de obscuro dentro dela mas também é muito autocontroladora e foram poucas as vezes que ela permitiu que esse seu lado saísse. Ela é cheia de luz. Sempre foi. Então essa é a hora que eu imaginei que fosse chegar a qualquer momento. O arrependimento. Ela vai olhar pra mim e vai se arrepender por ter se permitido chegar a esse nível. De sentir prazer ao matar.

Caroline olhava pra mim sem dizer nada, analisando cada centímetro de mim, na certa me julgando por estar coberto de sangue e sorrindo de orelha a orelha.

- Acho que já acabamos por aqui, amor.

Eu disse, bem irônico, tentando puxar assunto. Ela se aproximou de mim, olhando em meus olhos. Depois olhou detalhadamente todo o meu rosto. Fez um carinho suave com a pontas do dedos em torno da minha boca suja de sangue. E lambeu delicadamente o canto da minha boca. Eu não esperava porisso, mas aceitei com todo o prazer.

- Ainda temos uma coisa a fazer antes de irmos embora.

Segurou em minha nuca e beijou minha boca, lambendo meus lábios, me apreciando e aos poucos foi tocando minha língua com a sua, até colar totalmente seus lábios nos meus. E seus beijos com o gosto de sangue que estava em nossas bocas fez tudo ficar mais gostoso ainda. O desejo desenfreado que sempre nos consome foi crescendo cada vez mais enquanto nos beijávamos. Começamos a tirar a roupa um do outro com pressa. Caroline tirou minha blusa e ela estava com uma blusa preta, cheia de botões e eu não tive a menor paciência pra lidar com isso naquele momento, então a rasguei por completo, enquanto os botões voavam pra todo lado.

Suspendi seu corpo leve, fazendo ela entrelaçar suas pernas na minha cintura e em supervelocidade a carreguei pra uma mesa em que a pus sentada e terminei de tirar sua roupa e ela a minha, com desespero, fome, pressa, necessidade. Saudade. Eu estava com saudade dela. Mesmo mantendo contato constante. Porque estavam acontecendo tantas coisas ruins ultimamente, que não conseguíamos mais ficar sozinhos ou relaxados. Nossos beijos foram acompanhando nosso desespero e colamos um no outro completamente nus. Eu queria estar dentro dela o mais rápido possível. Tinham alguns corpos ao nosso redor, decapitados, ensanguentados. Assassinados. Mas eu não me importava e pelo visto Caroline também não. Nós só queríamos um ao outro e queríamos logo.

Eu beijava seu pescoço, fazendo ela se arrepiar e nesse momento não esperei mais e me enfiei com vontade dentro dela. É impressionante como meu desejo por Caroline só aumenta mais e mais a cada dia. Ela gemeu e abriu mais as pernas, me dando espaço pra me enfiar com mais força. Eu metia nela e ouvia seus gemidos, enquanto olhava seus seios balançando com a violência com que a penetrava, nosso prazer se intensificando, quando ela me interrompeu. Pôs a mão no meu peito, me fazendo parar e murmurou, com uma voz rouca e cheia de desejo.

- Minha vez de tomar o controle...

Eu me arrepiei por completo. Caroline me arrebata. E ela sabe disso. Ela me empurrou um pouco mais e desceu da mesa e foi me empurrando enquanto olhava pra mim e dava um sorriso safado e eu fui andando pra trás até cair sentado em uma poltrona. Depois virou de costas e sentou em mim bem devagar, deixando seu corpo envolver o meu, deixando meu corpo ocupar o dela. Foi delicioso. Enquanto ela sentava, me fazendo penetrar cada vez mais fundo nela eu gemia baixinho, sem controle algum. Quando sentou por completo, começou a se movimentar, enquanto eu apertava sua cintura, deixando marcas que logo desapareciam. E ela sentava em mim com força, enquanto eu lambia e arranhava suas costas com a barba. Eu sentia meu pau dentro dela, me apertando cada vez mais e usava minhas mãos pra sentir a pele macia dos seus seios e apertava seus mamilos com força, fazendo Caroline gemer cada vez mais alto. Nem parecia que tínhamos acabado de matar bruxos com nossas próprias mãos. Na verdade, isso gerou a adrenalina do momento. Essa sensação, misturada ao gosto de sangue ainda em minha boca, a vontade de matar parcialmente saciada, tudo isso junto com os movimentos de Caroline no meu colo, deixavam as coisas bem mais deliciosas. Seu corpo quente e suado se mexia, rebolava, subia e descia no meu pau, seus movimentos perfeitos pareciam uma dança e sua voz rouca, mergulhada naquele momento de prazer infinito, so me deixava ainda mais desesperado. Tudo aquilo ainda não era o suficiente perto do que eu queria. Eu queria mais.

- Que tal agora eu voltar ao controle?

Antes dela dizer qualquer coisa, a fiz sair de cima de mim e a coloquei no chão. Caroline ficou de quatro e se empinou toda pra mim, mas não era isso que eu tinha em mente. Rosnei, mostrando a ela o que eu queria.

- Não.

Dei um tapa forte em sua bunda e a fiz deitar de bruços. Ela gemeu e me obedeceu imediatamente. Afastei bem uma de suas pernas e mantive a outra reta, fazendo ela ficar completamente aberta e exposta pra mim. A visão que eu tinha de sua entrada inchada, aberta e molhada, me fez ficar mais duro, com mais tesão, muito mais faminto por ela. Me deitei sobre ela, a penetrando com força, meu pau deslizando pra dentro dela com facilidade e de forma deliciosa. Eu a fodia com força e Caroline gemia mais e mais alto, pedindo pra eu não parar, cheia de desejo, seu rosto no chão frio e sujo de sangue, mas ela só queria sentir meu corpo no dela, apenas aproveitava o momento. Eu sentia seus músculos me apertando cada vez mais a medida em que metia nela e comecei a mexer em seu clitóris bem devagar, até que seus gemidos ficaram totalmente fora de controle e ela gozou com força, gritando meu nome enquanto se mexia de baixo de mim. Eu puxei seus cabelos e continuei me enfiando nela mais e mais fundo até sentir um calor inexplicável e gozar também. Um calor que só sinto com ela. Mais uma vez demos aos nossos corpos aquilo que necessitavamos. E a nossa necessidade era um do outro. De sentir pele. Gosto. Cheiro. Beijei sua nuca e sai de cima dela, deitando no chão ao seu lado.

Caroline virou de lado e olhou pra mim, sorriu e fez um carinho no meu rosto tão suave que nem parecia que tínhamos acabado de transar da forma mais selvagem possível.

- Agora sim acabamos por aqui.

Se levantou e me puxou, eu a acompanhei e juntos catamos as nossas roupas espalhadas e nos vestimos. Caroline me deu um selinho e segurou em minha mão.

- Vamos?

- Vamos mas... tem certeza que não quer limpar tudo antes de ir?

Falei dando um sorrisinho. Eu não podia perder a piada. Caroline me deu um tapa no braço e riu junto comigo.

- Engraçadinho...

E fomos embora assim. Nos sentindo leves.

Ainda não achamos os sequestradores, mas sabemos que eles estão por perto. Matamos os soldados deles. Com certeza deixamos eles um pouco mais fracos.

Mas o mais importante nesse momento é o que eu sinto dentro de mim. Que eu e Caroline estamos cada vez mais próximos, mais apaixonados, mais conectados. E isso é o mais importante de tudo. O resto a gente resolve. Juntos podemos lutar contra qualquer coisa.

"However Long It Takes" - KlarolineWhere stories live. Discover now