Capitulo 6

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Pov Caroline

Hoje faz uma semana que eu e Klaus finalmente nos entendemos. Ficou tudo tão difícil entre a gente, que eu nem acredito que isso realmente aconteceu. Nós chegamos num limite que não dava mais pra continuar como estávamos. Era bom estar sempre perto do Klaus, ouvir sua voz, sentir seu perfume... mas isso de nos controlarmos demais, como se ficarmos juntos fosse algo errado, nos reprimiu e gerou um problema que colocou em risco ate mesmo a amizade, o carinho e o respeito que temos um pelo outro. Mas felizmente tomamos a decisão certa. Estamos juntos. E digamos que a gente começou muito bem. Eu olhava a foto de Klaus no meu celular enquanto lembrava da nossa transa na mesa do meu escritório. Uma loucura. Mas que não me arrependo nem um pouco. Fiquei excitada só de me lembrar desse momento. Meu desejo por ele agora estava mais forte que nunca.

Marquei com Klaus um encontro diferente do que costumávamos ter no meu escritório. Chamei ele pra minha casa, como em um primeiro encontro. Propus que fosse dessa forma pra relaxarmos um pouco mais. Não haverá mais ninguém aqui a não ser eu e ele. Teríamos a noite toda, sem nada nem ninguém pra nos atrapalhar, seja lá o que quiséssemos fazer. E eu tinha planos. Principalmente uns bem específicos, que incluem nós dois sem roupas. Ainda faltavam uns minutos pra ele chegar. Meu plano era jantarmos a luz de velas, bebermos um pouco e jogarmos conversa fora. Eu imaginei nós dois agindo como namorados! Podemos nos chamar assim?! Meu coração palpitou. É um passo totalmente novo depois de tudo o que vivemos. Porque a vontade que tínhamos um do outro sempre esteve ali, gritando pela nossa atenção. Mas tanta coisa nos impediu, tanta coisa nos afastou, outras pessoas surgiram em nossas vidas... Então o mundo deu voltas e cá estamos nós juntos novamente. E dessa vez de verdade!

Percebi que estava pensando demais. Tratei logo de concluir a preparação da janta. Fiz um spaguetti ao sugo, torcendo pra que não tenha ficado ruim. Arrumei a casa, pus cada coisinha fora do lugar no seu lugar certo e logo me via repetindo o mesmo caminho pela casa inteira, olhando cada coisa pra ver se estava tudo realmente arrumado. A ansiedade estava me dominando e eu só queria que o tempo passasse mais rápido. Felizmente a campainha tocou e eu respirei aliviada. Fui abrir a porta e lá estava ele. Klaus. Com uma garrafa de vinho tinto na mão, aparentando ser caríssimo, aliás, e com aquele sorriso safado.

- Como estou?

Ele estava vestido com uma blusa solta, com as mangas compridas dobradas na altura do cotovelo, uma calça jeans que marcava um pouco mais seu corpo. Exalava um perfume amadeirado que teve o poder de me excitar imediatamente, mas eu precisava me controlar.

- Você está perfeito! O que me irrita profundamente... mal posso olhar pra você.

Eu dizia isso sorrindo enquanto ele ouvia e seu olhar brilhava em reconhecimento. Minhas palavras nos lembraram do nosso encontro, durante a festa no Miss Mystic Falls. Naquele dia, ele chegou lindo com aquele terno e eu simplesmente não resisti ao seu charme. Ficamos algum tempo juntos, conversando ali no meio de toda aquela gente, incluindo Tyler, mas teve momentos que parecia que não havia mais ninguém ali a não ser nós dois. E a cada palavra que trocávamos, eu ia me deixando levar cada vez mais. Quando ele me contou sobre a única vez que ele quis ser humano, eu olhava em seus olhos e via tanta sinceridade e entrega ali! Se ele soubesse o quanto me controlei pra não beijá-lo naquele momento...

- Fico feliz com isso.

Disse ele, se aproximando e beijando minha boca. Ao sentir seus lábios, meu coração acelerou e meu corpo começou a reagir, mas me controlei e me afastei pra não parecer uma louca tarada, apesar de no fundo apenas querer arrancar toda aquela roupa e lambê-lo inteirinho. Mas ele tinha acabado de chegar, então me afastei da porta, abrindo passagem. Além do vinho, Klaus também trazia uma bolsa pequena de viagem. Combinamos que ele dormiria aqui em casa ao invés de em algum hotel. Isso é algo que ao mesmo tempo que me preocupa, também me excita. Dormirmos na mesma cama... se bem que eu não penso em dormir nem 5 minutos essa noite. Meus planos envolvendo minha cama são bem outros.

Pedi pra Klaus ficar à vontade e fui pegar as taças para o vinho. Enquanto ele abria a garrafa, eu comecei a por a mesa com alguma pressa, o que me irritou um pouco. Não era pra eu estar assim, era pra eu apenas relaxar e aproveitar a noite. Mas estou me sentindo insegura, com medo e excitada desde o momento em que ele chegou. Estou em dúvidas sobre o que conversar. Nossas conversas desde que nos reencontramos tem sido sobre Hope e as dificuldades do Klaus em ser pai. Claro que, antes de Elijah morrer nós também acabamos conversando sobre nós algumas vezes. Mas depois disso, nos reprimimos tanto que nunca mais abordamos nenhum assunto fora dos problemas de Hope e da situação das minhas filhas. Agora estamos realmente juntos e... Como será?

Parei de imaginar e fui agir. Chamei Klaus pra jantarmos e ele veio com as taças cheias de vinho. Trocamos olhares intensos o tempo inteiro, mas
brindamos, nos servimos e comemos em silêncio, um de frente pro outro, em uma mesa não muito grande. Como éramos apenas nós dois, jantamos na mesa na cozinha mesmo à luz de velas. Mas o tempo todo em silêncio. Droga. Sempre tínhamos algo a dizer. Não sei porque, nesse momento nos faltou assunto.

- Você cozinha bem...

Eu quase dei um pulo na cadeira de susto quando ele resolveu falar. Não sei se ele estava brincando ou não, mas agradeci mentalmente por ele ter puxado algum assunto.

- Bem, foi a único prato que consegui me lembrar e que fosse fácil de fazer. Cheguei a pensar em algum acompanhamento e sobremesa, mas não sei se...

Eu falava tudo isso bem rápido e olhando para um ponto atrás da cabeça do Klaus, quando percebi que ele ria da minha cara.

- Você está rindo de mim??? A comida tá uma porcaria, não é??

Eu já estava começando a me arrepender de ter chamado ele pra minha casa. Klaus abriu um sorriso ainda maior. Mas não estava rindo de mim. Era um sorriso sincero. Ele parecia feliz apenas por estar ali. Me repreendi por ter me arrependido e por não estar aproveitando melhor nosso encontro. Estou pessimista demais. Mas percebi que Klaus não está nem um pouco preocupado com nada disso, jantar, conversa, casa arrumada... Ele está ali apenas por mim.

Pov Klaus

Cheguei pontualmente na casa de Caroline. Na verdade, eu estava ansioso e se pudesse teria chegado mais cedo. Porém controlei minha ansiedade, peguei um vinho dos mais saborosos que tenho guardado na minha casa em New Orleans e fui pra Mistyc Falls. Cheguei algumas horas mais cedo, parei em um hotel, descansei um pouco, tomei banho e me arrumei. Fiquei em dúvida sobre o que iria vestir ainda em New Orleans, ao escolher as roupas que eu iria por na bolsa de viagem. Pensei em usar roupa social pra esse encontro, mas seria exagerado, nós não iriamos a nenhum evento. Talvez algo mais pesado como um sobretudo, mas não está fazendo tanto frio assim. É estranho me preocupar com esse tipo de coisa. Me sinto um moleque indo pra um primeiro encontro com uma garota. Vi que isso não tem a menor importância e acabei escolhendo uma blusa de cor vinho um pouco mais solta, calça jeans escura e botas. Da forma que sempre me vesti. Não preciso agir como um adolescente, afinal.

Cheguei em sua casa e ela imediatamente abriu a porta logo que toquei a campainha. Acho que estava tão ansiosa quanto eu, mas se controlava. Fez um comentário sobre a minha roupa, repetindo as palavras que disse naquele dia tão especial pra mim e que aconteceu há tantos anos. Fiquei saudoso por alguns segundos, depois a cumprimentei com um selinho. Quando a toquei com meus lábios, senti um fogo me queimando por dentro, mas me controlei. Eu tinha acabado de chegar e o plano era jantar primeiro, pelo menos. Ela foi preparar a mesa enquanto servi as taças com o vinho que eu trouxe. Ela na cozinha e eu na sala. Era uma casa bem grande, mas de onde eu estava, dava pra vê-la. Caroline parecia tensa. Como quando ela era responsável pelas festas em Mystic Falls. Com aquela expressão de responsabilidade extrema. De "tudo tem que sair perfeito". Achei graça disso. Certas coisas nunca mudam. Eu olhava sua expressão preocupada e pensei em falar algo pra acalmá-la, mas achei melhor não. Ela terminou de por a mesa e me chamou pra jantar. Levei as taças com o vinho e entreguei uma a ela. Brindamos e comemos. Foi estranho, porque sempre conversamos tanto e justamente nessa noite não conseguíamos dizer nada. Eu tinha muito a dizer a ela. Muito mesmo. Mas não conseguia falar o que eu realmente queria. Então puxei um assunto aleatório.

- Você cozinha bem...

Caroline pareceu aliviada por eu ter puxado assunto e começou a fazer comentários meio nervosa, como se pedisse desculpas pela comida e eu achei engraçado ela se preocupar com algo que não me importava nem um pouco. Eu não estava ali pra nada além de estar com ela. Comecei a rir do seu nervosismo desnecessário.

- A comida tá uma porcaria, não é??

Ela perguntou fazendo uma cara triste, como se tivesse decepcionada com ela mesma. Eu abri um sorriso ainda maior, porque não importava o que iríamos jantar. Apenas ela me importava. Ouvir sua voz, sua risada, sentir seu cheiro. Ao lado dela me sinto relaxado. Me sinto bem e ao mesmo tempo me sinto perturbado, vulnerável. Ela me faz expor tudo o que sou. E isso me encanta profundamente e me atrai a ela cada vez mais.

Levantei da cadeira, me aproximei e estendi a mão pra ela. Caroline pegou minha mão e levantou, ficando de frente pra mim. Me aproximei mais dela, toquei seu rosto com uma das mãos, enquanto com a outra a puxava pela cintura um pouco mais pra perto.

- A comida estava ótima. Não se preocupe com nada, amor.

Ela sorriu e deu um suspiro de alívio. Segurou minha mão e foi me puxando pra sala.

Pov Caroline

Parece que um peso enorme saiu dos meus ombros quando Klaus elogiou minha comida e pediu pra que eu não me preocupasse. Ele mesmo se mostrava despreocupado e relaxado, isso me acalmou. Me senti leve e finalmente confortável pra aproveitar a noite inteira que ainda estava em seu início. Puxei Klaus pela mão e o levei pra sala. Ele se sentou no enorme sofá e eu servi as taças com mais vinho. Entreguei uma das taças pra ele e sentei ao seu lado de maneira que ficasse de frente pra ele e apoiei o rosto em uma das minhas mãos nas costas do sofá. Ele também virou de frente pra mim, na mesma posição que eu e ficamos nos olhando, enquanto bebíamos o vinho, meio que procurando algo pra dizermos e afastarmos aquele silêncio constrangedor. Depois de algum tempo, nós dois começamos a rir da situação estranha em que nos encontrávamos.

- O que está acontecendo com a gente? Sempre temos tanto a falar um com o outro...

Eu disse em meio a gargalhadas. Ele também não parava de rir.

- Eu não sei.

Seu sorriso foi diminuindo e ele olhou em meus olhos.

- Mas estou adorando cada momento.

Meu coração acelerou mais uma vez. Klaus Mikaelson estava na minha casa, sentado bem na minha frente, dizendo que adorava estar ali. Depois de tudo o que passamos desde que nos conhecemos, há quase 18 anos atrás, quem diria que isso realmente iria acontecer? Klaus interrompeu meus devaneios quando segurou em minha mão que apoiava meu rosto e a beijou enquanto dava aquele meio sorriso. Eu suspirei, coloquei minha taça na mesinha de centro e fiz um carinho em seu pescoço com a outra mão. Me aproximei dele e beijei seu rosto devagar, sentindo seu perfume, dando beijinhos leves até chegar no canto da sua boca. Foi a vez dele suspirar. O provoquei mais um pouco, não o beijando na boca como ele queria. Comecei a beijar o outro lado do rosto dele da mesma forma. Bem devagar, cada pedacinho daquela barba cheirosa que me arrepia por completo. Klaus também colocou sua taça na mesinha e voltou pra mim e pros meus beijos.

- Caroline...

Ele gemeu meu nome, enquanto me agarrava pela cintura e me puxava bruscamente pro seu colo, de forma que fiquei com as pernas abertas, uma de cada lado do corpo dele e perfeitamente encaixada. Eu dei um gritinho de susto e o senti duro imediatamente, roçando em mim. Essa atitude dele, de me puxar pro seu colo sem avisar, me deixou mais excitada. Eu adoro quando ele toma certas atitudes, digamos, mais rudes enquanto estamos juntos. Sempre gostei. Por muito tempo, quando eu lembrava de Klaus rasgando minha blusa naquele dia na floresta, ficava molhada imediatamente. Precisei reprimir isso, porque simplesmente saía do meu controle. A imagem de Klaus com cara de faminto, rasgando minha blusa com toda força, com as veias do pescoço dele pulsando, enquanto voltava a me beijar com desejo, me apertando contra a árvore, não me deixando nem respirar direito, tudo isso invadia minha cabeça nos momentos mais aleatórios e menos adequados. Fora os momentos em que vinha nas minhas noites de insônia. Demorei muito pra superar.

Klaus me tirou dos meus pensamentos novamente quando me puxou pela nuca e me beijou de forma brusca também, acompanhando a forma com que fui puxada pro colo dele. Seus beijos eram profundos, sua língua roçava na minha de uma maneira tão intensa, que me deixava tonta e fazia meu tesão aumentar. Eu estava amando a forma como ele me apertava enquanto me beijava intensamente e naquele momento eu só queria que não tivéssemos tanta roupa. Estávamos na minha casa e tínhamos a noite toda pra aproveitar. Mas eu tinha pressa. Tirei sua blusa com um certo desespero, enquanto ele se divertia com a minha ansiedade, mas seguiu meu ritmo. Tirou minha blusa, arrancou meu top e voltou a beijar minha boca de uma forma deliciosa. O desejo incontrolável era mútuo e só aumentava. Ele pegava em meus seios de forma rude. Enquanto segurava um seio e apertava o mamilo com os dedos, o outro seio ocupava sua boca e ele mordia de leve, lambia e sugava com força, enquanto eu gemia sem parar e me esfregava no pau dele por cima da calça, rebolando meus quadris de leve, provocando-o cada vez mais.

"However Long It Takes" - KlarolineWhere stories live. Discover now