Capitulo 8

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Pov Klaus

Finalmente chegaram as férias. Terei alguns dias pra aproveitar bastante a companhia da minha filha. Eu a amo tanto! Mas nunca consegui viver muitos momentos com ela, sendo o pai que eu desejei ser e que Elijah desejou que eu fosse. Como a Escola Salvatore é um internato, eu acabo vendo-a uma vez por semana, apenas porque vou encontrar Caroline lá. Mas dessa vez, minha filha está de volta à New Orleans e em casa. Perto de mim. Só de saber que ela estará ao meu alcance, que posso tomar conta dela e protegê-la, fico aliviado. Penso assim e ajo como se ela ainda tivesse 7 anos, mas Hope passou por traumas tão grandes gerados pela Hollow, que chegou a ocupar o corpo dela duas vezes, fez a nossa família se separar, me obrigando a viver anos longe dela e agora pra acabar de vez com esse inferno eu até iria me sacrificar, deixando-a completamente sozinha. E isso tudo sem contar a morte da Hayley, sua mãe, que a amou tanto. Hope é uma menina traumatizada. Eu só queria ter impedido que ela sofresse e precisasse passar por tudo isso. Por mim ela nunca sofreria, nunca sentiria a menor dor que fosse. Nem nunca se sentiria sozinha.

Fui buscá-la no aeroporto minutos antes da hora que marcamos. Estava ansioso pra revê-la. Quando Hope apareceu no portão de desembarque, abri um sorriso involuntário. Nem parece que eu tinha visto ela há pouco tempo atrás. Mas na ocasião, nem consegui conversar com ela direito, porque foi num contexto muito tenso por causa das sombras que cercavam a Escola. Hope se aproximou de mim, me abraçou e me beijou. Sua expressão mostrava alegria em me ver, mas havia uma ponta de tristeza em seu olhar.

- Oi, filha! Como foi a viagem?

- Foi boa, passei todo o tempo ouvindo música.

- Clássica?

- Você tá brincando, não é?

E eu ri junto com ela. Prometi a mim mesmo que passarei o resto das férias dela assim. Fazendo a minha filha sorrir. Peguei a mala dela e nos encaminhamos para o carro. Entramos e seguimos até nossa casa. Depois de uns minutos, notei um silêncio anormal. Hope não parecia animada com as férias, nem comentou nada sobre a Escola ou fez perguntas sobre o que faríamos juntos nos próximos dias, nem nada. Fiquei preocupado.

- Filha, você tá quieta demais. Aconteceu alguma coisa?

Ela suspirou antes de responder. Parecia cansada.

- Aconteceu muita coisa. Tudo o que você já sabe. Perdi minha mãe. Meu tio. E quase perdi você também.

Ela falava com uma certa mágoa. E evitava olhar pra mim. Me pareceu que ainda estava um pouco triste pela minha decisão de me sacrificar. Eu acredito que ela tenha entendido que, teoricamente, não tinha outro jeito, mas mesmo assim não aceitou. Afinal, eu sou o pai dela. Ela me queria por perto. Ela até sequestrou a própria mãe só pra me obrigar a voltar pra casa! O que acabou desencadeando milhares de coisas, inclusive a morte da Hayley. Ela foi irresponsavel e inconsequente... mas... bem... ela é minha filha. Se fosse sensata e pensasse antes de agir, eu duvidaria que ela realmente fosse.

- Hope, por favor. Você sabe que tudo o que fiz foi por você. Foi a atitude mais altruísta que já tomei na vida. E não me arrependo dessa decisão. Eu só não contava que seu tio fosse tomar uma decisão diferente.

Lembrar disso ainda me dói. Eu só não tenho mais raiva. Mas ainda dói.

- Eu sei, pai. Mas... eu fico triste pelo rumo que as coisas tomaram... a forma como tudo aconteceu. Não tem um dia que eu não lembre da minha mãe. Não tem um dia que eu não me sinta mal pelo que fiz a ela.

Eu desviei meu olhar da estrada pra ela por um segundo. Ela tentava controlar o choro, em vão. Eu tirei uma das mãos do volante e segurei um pouco o ombro dela. Queria passar algum conforto. Não sei. Qualquer coisa. Só não queria vê-la assim.

- Filha... nos próximos dias tente descansar. Tente aproveitar esses dias junto comigo. Sua tia Freya também está ansiosa pra te ver. Eu sei que dói. Dói em mim também. Elijah e Hayley são pessoas queridas e muito importantes na minha vida também. E no seu caso é ainda pior, porque Hayley era a sua mãe. Mas não se martirize, se colocando como culpada da situação. Você não sabe o que aconteceria se tudo fosse diferente. Eu não sei se alteraria alguma coisa. Aqueles malditos estavam de olho na sua mãe independente do que você fez.

Ela pareceu pensar um pouco sobre o que eu disse. Secou seu rosto e finalmente me olhou. Eu a olhei de volta e voltei a atenção pra estrada. Já estávamos perto de casa. Tentei mudar de assunto.

- Hope... você sabe que eu e Caroline estamos juntos, não sabe?

- Sei.

Ok. Ficou monossilábica. Ficou estranha de novo. Mas acabou voltando a falar.

- E estou feliz por você. Eu acho.

Olhei pra ela de novo. Parecia desconfortável. E o silêncio voltou. Essa atitude dela estava começando a me irritar.

- Hope, eu não preciso da sua autorização, mas quero que você se abra comigo. Tem algo no fato de eu estar com Caroline que te aborrece?

Falei um pouco mais impaciente, apesar de estar me controlando ao máximo. Ela me olhou com a mesma impaciência. Pensou um pouco e acabou respondendo.

- Não sei, pai. Só é... estranho. Não sei o que pensar.

- Hope, a presença de Caroline na minha vida não me impede em nada de ser seu pai. Você sabe disso, não é?

- Eu sei. Mas acho estranho. Talvez seja o fato dela ser dona da escola onde eu estudo. Ou por ser mãe das minhas colegas de escola, com quem convivo a maior parte do tempo. Não sei. Ou talvez seja porque é estranho ver você "namorando".

Ela fez o gesto de aspas com os dedos. Eu queria me irritar com isso também, mas acabei rindo.

- Filha, minha relação com Caroline não tem nada a ver com a sua escola nem com você e nem com as filhas dela. Nossa história começou bem antes de todas vocês existirem.

- Eu sei.

E deu um meio sorriso irônico. Como assim ela sabe?
                                                                ***
Cinco dias se passaram com Hope em casa. Ficamos juntos ao máximo, passeamos, comemos juntos, ela saiu com Marcel e Rebecah, ficou bastante tempo com Freya também e conversou muito com Kol pelo telefone E dava pra notar o quanto estar em casa, perto da sua família, fez bem a ela. Aquele olhar triste de quando a busquei no aeroporto, sumiu. Ela agora me lançava um olhar tão leve e alegre... pode ser só porque está aproveitando o momento, mas pra mim já é maravilhoso. Minha filha está finalmente vivendo uma vida mais próxima de normal pra uma adolescente.

Eu estava na sacada do meu quarto, olhando pra rua, quando escutei alguém atrás de mim. Era Hope.

- Pai...?

Quando eu olhei pra trás, vi a minha filha com o mesmo sorriso irônico que me deu quando conversamos no carro. E logo atrás dela, alguém que eu não esperava que aparecesse lá tão cedo.

- Caroline!

Eu disse seu nome quase num sussurro e um sorriso involuntário surgiu em meus lábios. Caroline respondeu com um sorriso tão grande quanto o meu, enquanto Hope me dava um olhar meio cúmplice e saía do meu quarto.

- Veio passar suas férias aqui também?

Perguntei de forma meio irônica, mas torci pra que fosse verdade. Desde que eu e Caroline decidimos ficar juntos, meu desejo por ela se intensificou e agora eu quero apenas tocá-la e estar ao seu lado o tempo todo. Moramos em cidades diferentes e temos nossas próprias vidas e ocupações. Mas sempre que nos encontramos é tudo tão bom e perfeito... até nos momentos de estresse, como foi com aquelas sombras, ver que Caroline estava ao meu lado, me dando apoio e me acalmando, foi um refrigério pra mim. Quando a questionei se ela iria passar as ferias aqui ela sorriu, se aproximou de mim e me deu um selinho.

- Não posso ficar aqui até o final, eu não estou de férias. Mas posso ficar talvez uns dois dias. A última vez que estive aqui foi num momento péssimo. Eu só queria passear com você de novo, deixar você me mostrar tudo de maravilhoso que essa cidade oferece de novo... mas dessa vez, nada de despedidas. Pelo menos não iguais àquela.

E me deu outro beijo, mas dessa vez de forma bem mais carinhosa, um beijo lento e que me dizia mais, porém não consegui traduzir. Eu estava muito ansioso. Ela está aqui em New Orleans! De verdade! Puxei Caroline pela mão na mesma hora e a levei pra conhecer a cidade, tudo de novo, como se fosse a primeira vez. New Orleans respira arte. Então, depois de andarmos pela cidade durante boa parte da tarde, apreciando cada detalhe, a levei pra mostrar uma pequena feira de quadros e outras obras que estava numa praça, atraindo uma quantidade razoável de pessoas. Foi interessante ver as reações de Caroline diante de cada obra e o quanto ela curtiu estar ali comigo, mas dessa vez de forma diferente. Num momento bem melhor e mais feliz pra nós dois. E desejei que momentos como esse se repetissem pra sempre na nossa história.

Pov Caroline

Estou de volta. Estou em New Orleans depois daquele momento terrível em que eu precisava me despedir de Klaus, sentir a dor da perda de alguém que eu nunca esqueci de verdade, mesmo que eu escondesse do mundo inteiro e fingisse que sim. Mas eu não podia ser egoísta e não podia fugir e evitar meu próprio sofrimento. Ele precisava de apoio. E eu estive com ele nas suas últimas horas, o ajudando a superar sua tristeza e criar coragem pra se despedir da filha e dos irmãos, enquanto eu guardava minha própria tristeza por perdê-lo justamente quando eu mais o queria pra mim.

Estar com ele agora, novamente em New Orleans, num momento mais leve e descontraído, cada segundo traduzido em esperança ao invés de despedida e tristeza, foi maravilhoso demais. Eu curti cada momento, mesmo não entendendo nada de arte. Cada vez que ficávamos lado a lado, com Klaus me explicando os conceitos das obras de arte ou destacando algum detalhe, enquanto tocava em mim de forma carinhosa, no braço, nas costas e na cintura, um calor delicioso corria o meu corpo e não era só desejo. Era bem-estar. Eu estava no lugar certo. Meu lugar era ao lado do Klaus. E me senti bem com essa sensação. Pela primeira vez na nossa história, eu estava ao lado dele sem me importar com nada. Sem receio algum.

Continuamos admirando as obras, até que uma me chamou a atenção de forma diferente das anteriores. Era um quadro. O artista ainda estava desenhando-o e uma figura feminina aos poucos foi aparecendo. Conforme a mulher ia ficando mais nítida na pintura, Klaus me lançava olhares de lado. Até aquele momento ele olhava pra mim diretamente, me explicando as técnicas de pintura dos quadros anteriores e dando alguns exemplos de técnicas usadas por ele mesmo. Mas dessa vez, Klaus ficou em silêncio o tempo todo. Só me olhando de lado e com aquele sorrisinho. Talvez querendo ver minha reação depois do resultado. E de fato era um quadro sexy. Não era vulgar. Mas era uma mulher sentada em uma cama, nua da cintura pra cima, de costas e segurando os cabelos de forma a mostrar a nuca, como se estivesse exibindo a beleza do seu corpo. Na altura dos quadris estava enrolada em algo que parecia um lençol branco. Ela estava com o rosto virado de lado, numa expressão discreta de prazer. Não era nada explicito, mas dava pra entender o conceito. Achei interessante a pintura sair tão perfeita mesmo sem nenhuma modelo real presente. Me perguntei quem era aquela mulher do quadro que ocupava a mente do pintor de forma tão completa e perfeita a ponto dele transmitir toda a sua essência através da arte. Quando o quadro ficou pronto, finalmente Klaus olhou pra mim, analisando minha reação. Mas não só isso. Parecia que ele estava tomando coragem pra falar algo. E eu sabia o que era. Me adiantei, virei de frente pra ele e pedi primeiro.

- Pinte-me como uma de suas francesas.

O rosto de Klaus se iluminou e seu olhar era de nítido desejo. Mas depois ele parou, desviou o olhar, pensou um pouco... e deu uma gargalhada. Como se tivesse se lembrado de algo muito engraçado. Fiquei sem entender.

- Isso é de Titanic não é? Não me diga que você foi uma daquelas
adolescentes loucas pelo Jack?

E gargalhou ainda mais alto. Fiquei muito sem graça com a piadinha ridícula dele, mas acabei não resistindo e dei risada também.

- Olha aqui, Titanic é lindo entendeu???? E Leo DiCaprio é maravilhoso!!

Falei em meio à gargalhadas.

- Ok, Rose. Podemos fazer isso.

Respondeu ele com um sorriso enorme, enquanto continuávamos andando pela praça.

Mais tarde, estávamos no quarto de Klaus e decidimos fazer logo o que tanto queríamos naquela mesma noite. Klaus iria fazer um desenho meu. Nua. Só de imaginar o resultado um frio correu minha espinha. E eu tinha que me controlar pra não ficar evidente que eu já estava excitada. Nunca me expus dessa maneira, então fiquei excitada e envergonhada ao mesmo tempo. Saí do banheiro vestida com um roupão que encontrei por lá. Desamarrei na frente dele e deixei cair no chão. Klaus me olhava como se estivesse hipnotizado.

- Onde eu fico?

Perguntei, meio perdida.

- Ali...

Klaus não conseguiu dizer muita coisa. Disse apenas isso enquanto apontava pra cama. Na verdade, ele parecia mais nervoso que eu. O que pode ter colaborado pra eu ficar mais a vontade. Ele certamente está acostumado a pintar e desenhar mulheres durante a sua longa vida e ainda assim parecia nervoso no meu caso. Estamos na mesma sintonia. Desejo correndo solto nas nossas veias, vontade de fazer muitas outras coisas com nossos corpos... mas tudo isso podia esperar. Klaus me colocou na posição que ele achou melhor e foi pegar o material de desenho no criado-mudo ao lado da cama.

A situação era bem sexy e envolvente. Eu nua, um lençol branco de cetim cobrindo quase nada, posando sentada na cama de frente pro Klaus, que estava super concentrado, sentado em um pequeno sofá em frente, me desenhando. Ele olhava pra mim rapidamente, enquanto desenhava e de onde eu estava dava pra notar que ele se dedicou nos mínimos detalhes a esse desenho. Toda essa dedicação reflete a nossa relação desde que nos conhecemos. Ele sempre se dedicou a mim nos mínimos detalhes, mesmo quando deveríamos ser inimigos. E lembrar disso esquentou meu coração.

Acabei involuntariamente lembrando dos nossos momentos em Mystic Falls, quando ele não parava de flertar comigo. Fazia da vida de todos um inferno, mas comigo era diferente. Ele chegou a me machucar duas vezes. Antes de se apaixonar por mim, apenas pra realizar seus planos e depois em um acesso de raiva no qual ele foi egoísta e tóxico. No dia em que ele apareceu na casa da minha mãe pra me curar, foi bem estranho. Porque ele conversava comigo como se me conhecesse há séculos. E foi a nossa primeira conversa. Eu estava muito machucada, mas muito consciente de quem ele era. E tudo aquilo que ele me disse sobre se libertar de convenções humanas e os mil aniversários, me deixaram bem intrigada. Por ele e por viver o vampirismo. Estranhamente, o culpado por ter me machucado também me convenceu a não desistir de viver. Na segunda vez, ele mesmo me mordeu, num surto gratuito de raiva. Mas eu já o conhecia e sabia o que ele realmente escondia nesse último ataque a mim. Tentei por muito tempo odiá-lo. Mas eu não era cega. E ao mesmo tempo, também não era cega diante das coisas terríveis que ele fazia contra meu namorado e amigos. Então eu vivia mergulhada em um eterno conflito. Porque eu realmente queria acreditar que não havia a possibilidade de existir o bem em quem se entrega as trevas. Mas em Klaus eu vi, sem querer ver, mas vi, exatamente o contrário do meu julgamento. E, também sem querer, fui me apaixonando por ele.

Klaus estava muito concentrado e notava-se que ele estava curtindo me desenhar. Foi um momento tão importante e íntimo e me fez refletir tanto sobre o nosso passado, que eu só conseguia pensar em nós dois e no tanto que temos ainda pra viver juntos. Relembrei os presentes, tão delicados e que combinavam tanto comigo. Lembrei do desenho que ele fez de mim admirando um cavalo, em referência à nossa conversa no Baile dos Mikaelsons. Lembrei de todos os momentos que ele priorizou minha vontades mesmo não tendo a menor obrigação e sabendo que dificilmente eu iria retribuir da forma que ele queria. Ele salvou minha vida não foi uma vez só ou duas. Ele cuidou de mim, mesmo sem eu pedir. Então chegou um momento em que eu comecei a confiar nele e a ter certeza de que ele nunca mais me machucaria. E ele mostrou compaixão e perdão apenas por mim. Foi tudo por mim. Até o dia em que confessei que ele não me era indiferente e que eu realmente gostava dele. E ficamos juntos em uma tarde maravilhosa! Relembrar tudo isso me sensibilizou. E esse clima me fez desejá-lo de forma quase incontrolável.

- Eu quero você, Klaus.

Eu disse isso impulsivamente. Klaus parou de desenhar, como se estivesse congelado, notei que sua respiração ficou suspensa por alguns segundos. Ele desviou sua atenção do desenho e me olhou com tamanho desejo, passeando por cada centímetro do meu corpo nu, que senti um calor maravilhoso subir pelas minhas costas, senti meus mamilos eriçarem e um pulsar no meio das minhas pernas, enquanto meus músculos se abriam. Klaus tinha o poder de me fazer ficar pronta pra ele apenas com um olhar.

- Eu sou todo seu, amor.

Eu sei que ele tentou fazer piada, mas seu tom de voz soou bem sincero. E isso me deixou mais louca por ele. Com mais desejo de tocá-lo. Mas eu precisava continuar bancando a modelo, afinal de contas, fui eu que pedi por isso.

Pov Klaus

Eu ouvi com todas as letras que Caroline me quer. E congelei. Não sabia o que responder, nem como agir. E até agora não sei por que esse pânico repentino. Talvez ainda seja um resquício da minha autossabotagem. Porque eu sei que essa declaração dela não tem a ver só com sexo. Ela me deseja sim, mas suas palavras escondem muito mais do que tesão. Escondem vontade verdadeira e profunda, um sentimento forte demais pra definir em palavras. Ela quer compromisso pra vida toda. E somos imortais. Ela me quer. E me quer sem reservas e sem se importar com mais nada e mais ninguém dessa vez. Isso era tudo o que eu queria ouvir dela há anos. E parece que finalmente a ficha está caindo pra mim.

Conclui o trabalho, levantei do sofá e entreguei o desenho nas mãos dela. Caroline olhou o resultado encantada, abriu um sorriso enorme, enquanto se admirava em cada traço meu. Ela viu o quanto eu a noto desde sempre. Esse não foi o primeiro desenho que fiz dela, na verdade ela não sabe, mas fiz vários. Seu rosto delicado, que esconde uma força e personalidade enormes sempre me hipnotizou. Desde quando a curei na noite do seu aniversário, eu não conseguia mais parar de pensar nela. Tentei esquecê-la, queimando todos aqueles desenhos. Mas foi em vão. E hoje ela está aqui em New Orleans, no meu quarto. Posando nua pra mim. E não é um sonho. Ela desviou seu olhar do desenho e olhou pra mim. Seus olhos estavam marejados. Ela se levantou, se afastando do lençol e ficando nua por completo. Parou na minha frente, olhando em meus olhos. Eu toquei em seu rosto delicadamente, secando uma lagrima que insistia em cair. Depois usei as duas mãos pra tocá-la. Fui descendo pelo seu pescoço e ombros usando meus dedos devagar, reverenciando seu corpo, passando por cada curva.

- Você é perfeita, Caroline.

Desci as mãos pros seus seios e passei delicadamente por eles, roçando suavemente em seus mamilos, que ficaram eriçados imediatamente. Caroline suspirou e tomou fôlego. Fui descendo pela sua cintura bem devagar, até chegar aos seus quadris e ali parei. Me aproximei mais ainda e colei minha testa na dela.

- Você é arte. Beleza genuína.

Ela gemeu baixinho e me puxou num beijo quente e profundo. Sua língua invadiu minha boca com pressa e suas mãos agarravam minha nuca de forma desesperada. Eu a suspendi enlaçando suas pernas em minha cintura e a carreguei pra cama. Mas assim que deitei sobre ela e beijei sua boca, ela se virou sobre mim em super velocidade, trocando de posição. Se encaixou em cima de mim, me beijando com força, enquanto rebolava os quadris no meu pau através da calça. Ela gemia e beijava meu pescoço de um jeito que me arrepiava e me fazia querer mais. Caroline foi tirando minha roupa, peça por peça, de forma desesperada. Tirou minha blusa, enquanto ainda estava sentada sobre mim. Depois se levantou e tirou minha calça e cueca. Quando eu estava completamente nu, me sentei na cama. Nesse momento, Caroline se ajoelhou na minha frente e me tocou, fazendo movimentos de cima pra baixo no meu pau, que já estava duro desde a hora que ela tirou o roupão na minha frente. E eu gemia baixinho, querendo enlouquecer por não estar mais no controle da situação, mas ao mesmo tempo disposto a tudo que ela quisesse fazer comigo.

"However Long It Takes" - KlarolineWhere stories live. Discover now