Capitulo 13

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Pov Caroline

- Caroline, você tem certeza que nunca viu aquele cara antes? E que você não sofreu nenhuma ameaça ultimamente, antes dele aparecer e te sequestrar?

Klaus me olhava com um olhar inquisidor, daqueles que dá medo nas pessoas, aquele olhar que eu já tinha visto antes e, se eu não o conhecesse tanto, ficaria apavorada. Mas eu o conheço o suficiente pra saber que toda essa postura ameaçadora é pura preocupação comigo. Klaus quer resolver o assunto. O mais rápido e da forma mais certeira possível. Fui sequestrada há quase 2 meses e as investigações não avançaram em nada.

- Tenho certeza sim, Klaus!! Se acalma, por favor.

Seu olhar se tornou mais ameaçador ainda.

- Eu não vou me acalmar enquanto não resolver isso, Caroline!!! Como você quer que eu me sinta, sabendo que esse maldito está solto por aí? Você não entende que enquanto ele estiver vivo você estará em perigo? Talvez até mesmo nossas filhas! Nós nem sabemos ainda porque ele te sequestrou...

Sua voz soava baixa, mas não menos perigosa. Dava pra sentir o ódio de toda essa situação emanando dele. Eu também me sentia assim, de mãos atadas. Também não sei porque me sequestraram e me torturaram daquela maneira, mas mesmo querendo muito saber, mesmo me sentindo ainda ameaçada e com medo pelas meninas, tenho preferido não pensar muito nisso. Escolhi mergulhar de cabeça no trabalho, mais ainda depois que as aulas voltaram. Entraram alunos novos, professores novos, então felizmente tive bastante coisa com que me preocupar, me distraindo do que me angustia. Mas Klaus me lembrando que ainda estamos em perigo, tem me deixado nervosa. Precisava acalmá-lo.

Me aproximei dele e toquei em seu rosto, tentando lhe transmitir um pouco de paz através do meu olhar e do meu toque em sua pele. Ele segurou em minha cintura e me puxou pra mais perto ainda, colando meu corpo ao dele enquanto encostava sua testa na minha. Minha respiração se misturava a dele e eu, que só queria fazer ele parar de falar sobre isso, acabei me envolvendo. Estávamos no meu escritório, num horário bastante movimentado, dava pra ouvir os alunos conversando do lado de fora, mas naquele momento éramos só eu e ele. Klaus beijava minha boca delicadamente, me dando alguns selinhos, enquanto acariciava minha nuca com uma mão e apertava minha cintura com a outra. Meu desejo aumentava a cada beijo e minha vontade era de passar o resto do dia sendo beijada por ele. Mesmo sem falar nada, notei que Klaus também queria isso, então impulsivamente começamos a ir além dos beijinhos, quando ouvimos um barulho na porta que, como sempre, não estava trancada.

- Mã... ai meu Deus!!! Desculpa, eu... é...

Era Josie, que foi abrindo a porta e entrando sem avisar, contrariando o que eu e o pai dela sempre orientamos e flagrando eu e Klaus num beijo mais indecente que os selinhos iniciais, já que nossas línguas estavam comandando a coisa toda e eu já estava sentada na mesa e Klaus me segurava pelos cabelos com uma certa força, colando seu corpo em mim.

Quando ouvimos o barulho da porta e a voz da Josie, demos um pulo e Klaus se afastou uns dois metros, tamanho o susto que tomamos. Foi como se tivéssemos sido arrancados do nosso próprio mundo e jogados no mundo real. Um mundo em que temos 3 filhas adolescentes, com opiniões contraditórias sobre nosso relacionamento. Me recompus quase imediatamente, fiz uma cara de mãe-que-deveria-ficar-brava-mas-é-compreensiva, dei um pigarro e perguntei com uma cara super de paisagem como se não me sentisse culpada pelo que ela acabou de ver.

- Oi, filha, tudo bem? Precisa de alguma coisa?

Ela estava muito vermelha, com vergonha e querendo rir, mas se controlou e finalmente disse o que queria.

- Eu e Lizzie estamos estudando magia milenar e precisamos de um livro específico que só tem um exemplar e está aqui no escritório.

- Ok, pode procurar então.

"However Long It Takes" - KlarolineWhere stories live. Discover now