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"Todos erramos e fazemos coisas imorais. Não significa que sejamos ruins."
STELLA BACKER
14|CAPÍTULO QUATORZE
As vezes a vida pode ser difícil, mas com tudo isso quer no fundo nos deixar mais fortes, porque como uma árvore, á cada cicatriz seu tronco se Fortalece, e assim tolerar nossa dor.
Quando minha mãe faleceu eu tentei ser forte, por mais que eu não tivesse idade o suficiente para saber que a minha vida mudaria bruscamente de uma hora pra outra, eu fui forte, por um tempo eu pelo menos tentei. Aguentei o máximo que consegui, a falta que minha mãe me fez doeu de uma forma que só de lembrar meu coração acelera e fico com falta de ar.
Lembro dos almoços de domingo que era somente eu ela e meu pai, que na época era mais presente. Ela preparava o almoço e algumas vezes me chamava pedindo ajuda para cortar os legumes, meu pai chegava do trabalho e ia direto tomar banho e depois se juntar a nós na cozinha. Ele fazia suas piadas sem graça e eu sempre ria, minha mãe por outro lado só ficava nos observando com atenção.
Quando ela faleceu meu pai se transformou da água para o vinho, não dormia mas casa e quando estava em presente não falava e nem olhava para mim. Com forme eu fui crescendo deixei de me importar com certas coisas mas a dor sempre e pra sempre vai estar aqui, meu pai esqueceu completamente que não foi só ele que perdeu alguém que amava, eu também perdi, minha mãe. A única pessoa que me amou de toda forma que foi possível.
Eu cresci sozinha e tive que me virar sozinha, meu pai não se preocupava se eu comia ou não, não se preocupava com as minhas notas, ele absolutamente passou a negar que eu existia. Eu fiz de tudo pra chamar sua atenção,me metia em brigas na escola e as vezes quebrava algo importante em casa, mas nada adiantou. Fiquei nessa até acontecer o terrível fato que eu não toco no assunto até hoje, o fato que meu pai não sabe e nem esteve presente na segunda pior situação na minha vida.
