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"À vezes, encontrar a luz significa passar por uma grande escuridão

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"À vezes, encontrar a luz significa passar por uma grande escuridão."

AARON MILLER.

15|CAPÍTULO QUINZE


  Tem coisas que passamos na vida que nós faz duvidar se fazemos parte da escuridão ou da luz. Você fazer coisas ruins não significa que você seja uma pessoa ruim, pelo menos não se você tentar fazer algo para se redimir e melhorar seus atos.

  Meu pai bêbado e ausente fez com que eu me torna-se alguém sem preocupação ou zelo pelas pessoas, não me preocupava com o que as pessoas pensavam ou se eu estava machucando alguém, eu simplesmente não me importava.

  Com tempo veio a mudança, meu pai parou de beber e teve uma promoção fantástica no emprego, virou sócio. Ele nunca foi uma pessoa amorosa comigo, nunca se preocupou de verdade.

  Mas era diferente com meu irmão e minha mãe, meu pai tratava eles como se fossem uma horta onde você tem que cuidar e ter zelo. Sei que dei muito trabalho para ele mas não justifica tratar um filho diferente por seus erros do passado que eu estava tentando me redimir e afinal ele sempre me tratou mal, então os erros que eu tive foi só uma mera desculpa.

  Vou explicar melhor, meu pai sempre me tratou desigual ao meu irmão e com isso eu sempre tentava chamar a atenção dele sendo o melhor na escola, no time e dentro de casa ajudando minha mãe com tudo o que ela precisava e nada funcionou.

   Com o tempo eu comecei a ficar revoltado com isso, nunca tinha feito nada para o meu pai e sempre fui tratado com diferença. Comecei a não me importar com as aulas ou em ter respeito com os mais velhos, não me importava mais com o que as pessoas pensavam ou falavam de mim e acabou que isso me deixou mais leve.

   Não vivia mais sobre as regras de ninguém e sempre fazia o que me dava na telha. A partir do ensino médio eu comecei a treinar para liberar minha raiva do meu pai, comecei a focar no esporte, deixar a minha raiva no campo e não dando um soco na cara do mauricinho do meu irmão ou no meu pai.

  Como diversão eu usava as líderes de torcida, elas realmente foi a melhor forma de me livrar do tédio. Com um tempo eu fui me esquecendo completamente do meu pai ou meu irmão, eu sempre estava fora de casa e quando estava em casa eu ficava sempre no meu quarto.

   Sempre que eu posso eu tento ser legal com a minha mãe, ela custa em falar que a culpa não é do meu pai em me tratar assim, então é de quem, minha?

   De certa forma ela não teve culpa do meu pai ter sido um grande filho da puta e um péssimo pai.

   Tempo depôs fiz alguns amigos que me ajudavam a fazer a coisa certa e parar de fazer merda,  mas nunca mudei ou tentei mudar a pessoa que me tornei, e eles passaram a parar desistir já que não teriam sucesso.

  Pensei que estivesse apaixonado uma vez e a paixão seria um livramento para todo sofrimento que eu passava mas, não foi como esperado, nunca me senti totalmente consumido por alguém que me fizesse sentir vontade de viver.

   Não foi por falta de procura, pois estive em mais camas que posso contar nos dedos. Estive com mulheres que não me lembro quem eram e nem seus nomes, mas nenhuma me fez sentir algo além de tesão. Me sinto quebrado por isso, a única pessoa que eu acho que me ame é minha mãe.

  Meus amigos completamente apaixonados por garotas incríveis que fazem eles se sentirem vivos e eu aqui procurando uma que me faça sentir um mínimo de sentimento possível sem ser raiva.

(...) Uma semana antes.

  As aulas começaram e estou aqui de novo rodeado por riquinhos que tem tudo na vida, aqui na escola todos sabem quem eu sou, ou já me viram em uma briga, ou ficaram comigo ou já brigaram comigo.

   Como eu disse para vocês eu comecei a me empenhar no futebol e com isso virei o capitão do time, ficando cada vez mais famoso entre os alunos.

Não que isso fosse importante para mim, de forma alguma. Mas querendo ou não essa é uma parte da história que eu preciso contar.

"Não tá me vendo não caralho" Escuto alguém falar quando vejo que derrubei uma garota no chão. Seus cabelos são grandes pretos, seus olhos são esverdeados, seu rosto simétrico com as maçãs do rosto um pouco rosada e seu corpo... Porra que corpo.

"Não e você me veria se não estivesse tão ocupada com esse celular" Falo olhando fixamente para ela,  não consigo parar de olhar.

"Você esbarrou em mim pra começo de conversa"
Ela fala arrumando a roupa, ela está usando uma camiseta de manga cumprida branca, uma calça jeans de cor meio desbotada, não sei o certo, e um tênis branco simples. Como que uma roupa tão simples pode te-la deixado bem vestida.

"Esquentadinha você hein" Falo dando um sorrisinho de lado.

" Não consigo me segurar perto de idiotas,agora se me der licença tenho coisa melhor pra fazer" Quem ela pensa que é pra falar desse jeito comigo? Ela nem sonha em quem eu sou. Provavelmente é seu primeiro dia aqui,e pelo jeito que ela fala ela não é americana.

Natacha caldeirão.

"Ali é a sala da diretora novata" Falo olhando ela dos pés a cabeça,apontando para a sala de Giovanna.

"Obrigada" Ela fala revirando os olhos hm, mas antes dela sair eu puxo seu pulso voltando-a para mim.

"Meu nome é Aaron." Falo com um sorrisinho amarelo e a mesma age como se não estivesse se importando

"Eu não perguntei." Ela fala saindo rápido antes que eu possa puxa-la de novo.

Eu não sabia, mas esse dia se tornou um dos mais importantes para mim. 🥀

𝘓𝘰𝘴𝘵 𝘪𝘯 𝘕𝘦𝘸 𝘠𝘰𝘳𝘬 Where stories live. Discover now