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STELLA BACKER
30| CAPÍTULO TRINTA.
Durante toda minha vida eu passei por momentos que me fizeram questionar a minha existência, me perguntava o por que as coisas mais cruéis possíveis aconteciam comigo.
Demorei um tempo para perceber que todos nós passamos por coisas difíceis, todos nós todos os dias lutamos contra tudo e todos o tempo todo.
Não sei se isso é uma força maior para nós nos tornarmos mais fortes e nos preparar para a vida ou isso é algo que vem de brinde assim que você sai do útero.
Todos nós, todos os dias. Contra nós mesmos, contra nossa mente traiçoeira, contra pessoas maldosas, contra o mundo cruel... Todos os dias.
Aaron adorou o meu quarto, apesar de não ter falado muito sobre o que achou dele, conseguia ver em seus olhos. Ele mexia em todas as fotos e ficava maravilhado falando sobre como eu era parecida com a minha mãe e como nós somos lindas.
Ele viu os meus posters do One direction, Justin Bieber e algumas músicas brasileiras que eu curtia na época. Viu minhas coisas guardadas do Luan Santana, composta por faixas, copos, camisetas, DVD's e outros posters.
Ele riu quando eu mostrava fotos minhas antigas, eu era linda. Sempre fui. Mas nas fotos eu era linda, gordinha e tinha um estilo... Diferenciado.
Apreciava cores neon, adorava as calças, amarradores de cabelo, meias e acessórios da cor rosa, amarelo e verde.
Meu passado me condena, literalmente.
A forma como eu agredia a moda era inegável, mas eu era feliz. Gostava das cores e como eu me sentia bem com elas. Os olhares das pessoas não me incomodavam e minha mãe sempre dizia que adorava o meu estilo anos 70 das tiazinhas que faziam aula de dança e musculação com aqueles rádios enormes quadrados.
