twenty nine

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STELLA BACKER

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STELLA BACKER

29| CAPÍTULO VINTE E NOVE

Dois dias depois... São Paulo SP

Uma das poucas coisas que eu gosto na grande São Paulo é o clima, gosto de como o tempo muda drasticamente de um dia ensolarado para um dia chuvoso e nublado.

São Paulo nunca fica em um clima só e isso sempre me agradou.

Faz dois dias que o Aaron disse que tinha comprado as passagens, imediatamente disse a ele que podíamos marcar para hoje, dia 04/12.

Saímos do aeroporto e agora estamos em um Uber passando pelos portões da grande mansão Backer. Sinto um arrepio subir pelo meu corpo e me sinto fria, apesar de não me incomodar com o tempo chuvoso.

O carro é estacionado na frente da porta principal e descemos do carro, Aaron paga o motorista e tiramos a única mala do porta malas.

Vou ficar no máximo dois dias, não consigo mais suportar esse lugar. Tantas memórias horríveis, tantas coisas das quais eu gostaria de esquecer e hoje eu faria isso. Me libertária dessa parte de mim que me prende nesse lugar.

"STELLA!." Chase fala vindo na minha direção. "Aaron." Ele e o Aaron se cumprimentam de um jeito estranho.

Se o meu pai morreu o que ele faz aqui? É motorista de um morto?

"Oi Chase." Falo sorrindo sem mostrar os dentes.

"Não sabia que vinha." Ele pede permissão para me abraçar e eu permito. "Sinto muito..." Ele fala enquanto me abraça, não falo nada e o mesmo me solta.

"Cadê a Maria?" Pergunto.

"Está lá dentro." Ele reponde vago. "Stella eu sei que é um momento difícil mas..." Eu sabia exatamente do que se tratava.

Chase como os outros empregados da casa estão preocupados com o seu emprego, meu pai morreu e era o único que morava nessa casa, agora não exite mais ninguém e eles estão perdidos. É compreensível.

Fico pensando como foi para o meu pai morar aqui nessa casa enorme sozinho, ele se sentia vazio? Ele sentia falta da nossa família?

"Eu sei Chase, vamos cuidar disso no jantar. Espero você e todos os empregados para conversar a respeito disso." Falo e ele assente indo em direção a garagem.

"Vamos?" Aaron pergunta estendendo sua mão para mim, sem pensar duas vezes pego sua mão e caminhamos até a entrada da casa abrindo a grande porta de madeira.

...

"Meu amor, é tão bom te ver!" Maria fala me abraçando tão apertado que dou duas batidinhas leves nas suas costas para ela me soltar. "Oras me desculpe, mas tive tantas saudades suas." Maria fala e sorri.

Seus cabelos parecem ainda mais brancos, suas olhos estão fundos e sua aparência demostra que ela não foi a únicamal dormiu essa semana.

"Também senti sua falta Maria." Falo e dou um sorriso.

"O que faz aqui? Pensei que não viesse mais já que não veio para o..."

"Eu sei, eu sei." Falo. "Ouvir que o meu pai morreu acabou comigo Maria, não saia do quarto muito menos falava direito. Sei que não foi um bom jeito de lidar com o luto, mas essa foi a forma que eu encontrei..."

"Não estou te julgando criança, nunca faria isso. Sei dos seus motivos e as coisas pelas quais você passou. Apenas fui pega de surpresa."

"Certo..." Respondo.

"E como você está?" Ela me pergunta apertando meus braços como se procurasse alguma coisa errada, como se precisasse saber que eu estou realmente bem.

"Estou melhorando." Falo.

"Quer almoçar? Posso fazer alguma coisa para vocês? E... Vocês estão juntos? Notei o anel lindo no seu dedo." Ela fala sorrindo.

"Seria ótimo Maria, adoraria comer um de seus pratos e... Sim. Estamos namorando, Aaron me pediu em namoro no dia de ação de graças." Falo e sinto uma pontada no meu coração.

O dia em que o meu pai foi me pedir perdão. O dia em que foi a última vez que eu o vi...

"Que bom querida, achei que esse mané demoraria mais." Ela brinca e nós rimos. "Podem ir para um dos quartos, vou preparar algo e peço para algum dos empregados levar."

"Obrigada." Falo. "Vamos, eu vou te mostrar o meu quarto."

"Stella acabamos de chegar e você já quer tirar a minha roupa?!" Ele fala e nós rimos.

Da última vez em que estivemos aqui o meu pai não deixou com que eu escolhesse um quarto, hoje eu posso muito bem dormir na cama do velho. Que grande ironia.

Subimos as escadas com Aaron levando nossa mala. Algumas fotos estão espalhadas da nossa família, ou quando ainda éramos uma família.

Minha mãe era a base, e depois que ela morreu tudo desabou. Literalmente.

"Esse aqui é o meu quarto." Falo sentindo meu peito afundar.

Aaron deixa a mala na porta e caminha pelo quarto o observando com atenção.

E CONTINUA...

𝘓𝘰𝘴𝘵 𝘪𝘯 𝘕𝘦𝘸 𝘠𝘰𝘳𝘬 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora