Capítulo/ 34

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Sem revisão.

Ian Montinny.

Gotas pingam repetidamente em um recipiente de metal, provavelmente para eu perder o senso do tempo, ou para me enlouquecer.

Puxo as correntes presas em meus pulsos e tornozelos, ficar em pé por várias horas deixou meu corpo pesado. O quarto escuro apenas com uma lâmpada mal iluminada sobre minha cabeça fazia-me ter uma pequena noção do meu estado; sem nenhum ferimento, porem, fraco com fome e cede. Estava claro que eles não pretendiam me deixar ir, não desta vez.

Sorrio com satisfação. Não pretendia partir, não sem meu filho comigo.

Estalo da trava de porta se abrindo chama atenção, mas é desviada com uma lâmpada que se acede no meio do quarto, revelando uma pequena mesa sustentando uma televisão. Desvio o olhar da tela escura e passo a encara o homem encapsulado que acabara de entrar.

— Por fim, você acordou — ele usava um modificador de voz. O que não foi uma, surpresa.

— Uma pena que a recepção não é uma das melhores — indico as correntes. — Mas em fim, já tive piorem. — sorrio simpático.

— Aposto que não esperava por mim — o idiota se dava muito crédito, o deixaria se enfocar por mais alguns minutos, pelo, o menos ate saber a localização do meu filho.

Seus dedos batucam a TV coma tela desligada, e por alguma razão, senti frio na espinha. Suor escorria por minha coluna e tudo indicava que nada de bom estava por vim. Ele caminha e fica na minha frente. Dedos envelopados contornam minha bochecha e meus lábios.

— Faremos você se lembrar de e quando se sentir que pode ainda pode lutar — ele faz uma pausa e passa a mão nos meus cabelos estranhamente; diria carinhosa. — Mostrarei por que você terá que ceder a mim.

Observo suas costas, as mesmas costas que guardaram as minhas por anos. Eu sabia, eu vi o escorpião, sabia que ele era venenoso, ardiloso, mentirosos e mesmo assim dei corda. Simplesmente por que sabia que ele não seria o único, que tinha mais como ele. Estava preparado, entretanto, um erro de cálculo meu, fez com que ele pusesse as suas mãos sujas em meu filho.

A porta de ferro bate, o som da fechadura indicava que ela estava trancada, provavelmente com dois ou três homens de guarda.

A tela de repente se acende, eu sabia o que era. Não bastava ter vivenciado, teria que vê mais uma vez. Era tortura o que ele queira fazer comigo.

— Se era para me fazer baixara cabeça, sugiro que encontre outro método! — exclamo para a câmera no canto. — Nada do que você e estar mostrando aqui ira me fazer quebrar! — não mais do que já estou.

— Oh! Ian. — a voz debochada soa pelo alto-falante. — Isso é mais para o aquecimento. — ele sorrir — O melhor estar por vim.

Fecho meus olhos e suspiro o mais forte que posso. Encarar mais uma vez minha mãe sendo abusada, espanca e todo o tempo ela me pedia para não olhar. Nunca entendi por que dela não ter lutado suas mãos sempre protegiam seu corpo. Ela podia tê-los matados, ou pelo menos tentado. A dor dela se misturava aos meus gritos.

— Não olhe filho — sua voz saída da tela soa pela pequena sala — Não olhe Ian! Não ouse olhar. — Pela primeira vez eu a obedeci não tive coragem de abrir meus olhos. Depois de anos aquele menino, aquele garoto se permitiu obedecer a sua mãe.

Minutos que pareceram horas, finalmente a sua voz e silenciada, os sons de sua dor se calaram.

As dobradiças a porta range revelando o homem encapuzado. Sua roupa revelava que ele estava em forma, suas mãos aveludadas mostravam que ele sabia usar uma arma. Ele fica ao meu lado.

IAN MONTINNY -  Os Montinn'S - Livro  4Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz