#43# JOSH

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Capitulo pequeno...

Dei meu depoimento para a polícia narrando os fatos daquela noite e o corpo de Luther foi removido do meu jardim. Não me fizeram muitas perguntas nem me acusaram demais, percebi que havia um certo senso comum entre eles ao saber que havia um estuprador a menos nas ruas.

Assim que voltei para o interior do castelo, minha mãe estava esperando no hall e parou no meio do meu caminho, fazendo-me notá-la.

— Você vai ser indiciado?

— Por que eu seria? — Coloquei as mãos nos bolsos e mantive o olhar frio.

— Pela morte do Luther.

— Ele caiu, foi um acidente, não tenho culpa disso. Além do mais, ainda que eu tivesse o matado com as minhas próprias mãos, ninguém me culparia por me livrar do bastardo que tentou estuprar a minha garota e quase atirou em mim.

— Aposto que foi aquelazinha que ficou se oferecendo para ele. Agora, o meu Luther está morto por causa dela. — Minha mãe fungou como se lamentasse a morte daquele infeliz.

— A Any não se insinuou para ninguém!! É aquele maldito que era doente! Aposto que você sabia dos negócios dele, não é!?

— Negócios? — Ela deu um alguns passos para trás, cambaleante e surpresa com o meu questionamento.

— Seu querido noivo traficava mulheres!

— Como você soube? — O questionamento deixou evidente que ela tinha conhecimento disso.

— Eu quero você fora daqui, agora! — Apontei para a porta.

— Mas... querido, cada um faz o que pode para sobreviver.

Precisei conter a minha vontade de bater nela e apenas dei outro grito:

— Fora!! Se você não sair em cinco minutos, eu chamo a polícia e denuncio você como cúmplice no tráfico internacional de mulheres!

— Joshua, querido...

— Fora!

Ela olhou para mim uma última vez e percebeu que a minha posição seria irredutível, correu escada acima para recolher suas coisas. Aquela noite havia testado os meus limites e me levado a um grau de fúria além do imaginado.

                QUEBRA DE TEMPO

Tomei um banho para relaxar e fui até o quarto da Any. Ela estava de pé e fitava a noite escura através da janela.  Ela deveria estar tensa por causa dos acontecimentos daquela noite e era impossível julgá-la, pois eu também estava uma pilha de nervos.

— Josh... — Virou-se para mim ao perceber a minha presença e notei que ela ainda tremia.

— Vem aqui! — Abri meus braços e ela atravessou o quarto para que pudesse se aconchegar neles.

— Não consigo dormir — confessou, molhando a minha camisa com lágrimas.

— Acho que aconteceram coisas demais nesse quarto esta noite. — Beijei-a no alto da cabeça. — Dorme comigo no meu.

Não sei porque fiz aquela oferta, não era do meu feitio, talvez porque quisesse ter certeza de que ela estivesse bem perto de mim e que eu pudesse protegê-la de qualquer outra coisa.

Levei Any comigo para o meu quarto e a acomodei na minha cama, envolvida pelos meus braços. Era a primeira vez que uma mulher se deitava na minha cama. Não levava ninguém ali, nem mesmo para transar, mas, naquela noite, não houve sexo, mal toquei o corpo dela e não tive vontade de fazer isso.

Depois daquela noite e de reviver o trauma, senti que ela iria precisar de espaço, que eu estranhamente estava disposto a dar.

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Bjs

Comprada por JOSH ( ADAPTAÇÃO )Where stories live. Discover now