A Mulher do Pastor

III

Juliette preparava o café, quando Sarah entra na cozinha, o choque foi enorme. Fico sem entender por que ela não havia batido na porta.

- Olá, vim devolver sua caneca. Mais uma vez obrigada pelo pó.

Nesse momento Rodolffo entra na cozinha e pega parte da conversa.

- Como assim Juliette? Você disperdiçou café? Acha que eu encontro dinheiro na rua?

O medo fez as entranha de Juliette se revirarem. Mas estranhamente Sarah nem se mexia.

Rodolffo continuou com sua bronca, parecia não notar a presença de Sarah.

- Nós dois sabemos que isso merece um castigo, certo?

- Por favor Rodolffo, foi só um pouco de café, não foi um prejuízo.

- Lamento Juliette, mais isso é pro seu bem, hoje foi café, amanhã será arroz, um dia vai está dando a casa embora. Agora você precisa aprender uma lição.

Ele passou por Sarah, foi até o fogão onde Juliette tinha acabado de fazer café e encheu uma caneca com o líquido ainda fumegante.

- Bem, agora você vai tomar tudo isso.

Ela fechou a boca de forma obstinada, oque fez ele ficar ainda mais irritado.

- Se você prefere da maneira difícil. Vamos lá.

Foi até ela e com a maior facilidade abriu a boca, e despejou o café fervendo dentro da sua garganta. Juliette olhou de lado para pedir ajuda a Sarah, mas ela parecia estar achando tudo divertido, então Sarah disse:

- Isso, boa garota!

Juliette acorda desesperada, havia sido só um pesadelo, mas tão real que ainda podia sentir a garganta arder. O pior de tudo foi o olhar de Sarah no pesadelo, era o mesmo olhar de Rodolffo.

Como resultado, não conseguiu dormir o resto da noite, já duas noites seguidas sem dormir direito. No dia seguinte estaria um caco de novo.

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