Por um instante Sarah não soube bem o que fazer ou dizer. Juliette estava num estado lastimável, a pele dela estava pálida, o olhar meio perdido e sonolento. Então tentou falar com ela.
- Juliette, é você?
A outra não respondeu nada, mas se encolheu ainda mais, então Sarah percebeu que o farol da moto ligado provavelmente não deixava que ela enxergasse direito quem estava ali, correu até a moto e desligou, então tentou falar com ela novamente.
- Juliette, olha, sou eu, Sarah.
- É... você....mesmoo, não... estou sonhando?
Percebeu a fala lenta e tremida de Juliette, e ela falava tão baixo que quase não conseguia ouvir.
- Sou eu sim. O que aconteceu? Você brigou com seu marido e resolveu ficar fora de casa?
- Elee,....é mauu.
Queria muito entender o que estava acontecendo, mas parecia que Juliette estava confusa demais para explicar algo, temeu que estivesse com um começo de hipotermia, tinha que tirar ela daí já.
- Tudo bem Juliette, ele é mau, mas agora é melhor eu te levar para casa, ok? Amanhã você resolve essa briga com ele.
- Não...posso...ir pra...casa.
- Eu entendo que vocês brigaram, mas você podia ao menos ter pego uma blusa de frio quando saiu né? Agora o que você não pode é ficar aqui.
- Não tenho escolhaaa.
Ficou sem saber o que dizer para convencer Juliette a sair desse frio.
- Então vamos até minha casa, ou um hotel, ou onde você quiser, ok? Só não da pra ficar aqui.
- Se eu...for ele....vai saber.
- Ele não vai saber droga nenhuma, é quase 23:00hrs ele deve estar dormindo na cama bem quentinha enquanto você congela aqui fora.
Começo a sentir um começo de irritação, tinha que sair logo dali, mas Juliette estava mais empacada que mula em areia fofa. Então resolveu jogar baixo. Sem se aproximar muito dela, tirou o casaco e cobriu o corpo de Juliette, logo na primeira rajada de vento frio, já se arrependeu disso, mais Juliette precisava mais do casaco do que ela. Ficou só com uma camiseta curta.
- Toma meu casaco.
Juliette se embrulho nele como se fosse a coisa mais preciosa do mundo e naquele momento de frio congelante, com certeza era.
- Agora presta atenção, Juliette. Você tem duas escolhas, ou vai comigo para algum lugar, sua casa, a minha, um hotel, ou vamos ficar as duas aqui nesse frio até congelar, porque não vou sair daqui até que você saia também.
Penso que Juliette não ia dizer nada e as duas iam mesmo congelar ali, já sentia o efeito do frio no corpo todo que começou a tremer. Então a outra se decidiu.
- Ok...Sarah...vaamos...para suaaa, casa.
Deu um suspiro de alívio e ajudou Juliette a levantar e vestir o casaco, enrolou o cachecol em volta do pescoço dela e colocou o capacete, só havia levado um, por ser perto ela mesma iria sem capacete.
Subiu na moto e ligou, Juliette montou na garupa e sem que Sarah precisasse dizer nada, abraçou a sua cintura. Ao invés disso ajudar Sarah a se esquentar, só piorou o frio. Juliette estava parecendo um defunto de tão fria. Acelerou a moto para chegar logo em casa, sentia os dedos endurecendo no guidão da moto.
Tudo que queria nesse momento era de algo bem quentinho.
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Qualquer erro me comuniquem.
Bjs até depois 🤍
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A Mulher do Pastor
RomanceCONCLUÍDA Juliette freire casou se muito nova e vivia uma vida infeliz, com um marido dominador e fanático. Mas tudo começa mudar com a chegada da nova vizinha, Sarah Andrade. Duas pessoas tão diferentes que se aproximam e se completam. _________...