CONTRATO ESCARLATE

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RESTAURANTE LA TAMBOUILLE | SÃO PAULO

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RESTAURANTE LA TAMBOUILLE | SÃO PAULO.
Michael Jackson, 02 de setembro de 1992.
21:30.

UMA CHUVA DE FLASHS REVERBEROU no instante que Dave abriu a porta do Rolls-Royce e eu apareci. Os óculos escuros haviam se tornado os meus melhores amigos há muitos anos, era um acessório indispensável desde que paparazzi começaram me seguir do hotel até qualquer lugar que eu fosse.

Os seguranças fizeram um tipo de escudo humano ao meu redor e de Damien. Fotógrafos e jornalistas gritavam, implorando para que eu olhasse em direção às câmeras.

"Michael, uma foto por favor!"

"O que você tem a dizer sobre Leona Bonemer?"

"Michael, como está sendo no Brasil?"

— Eu amo o Brasil! –falei rapidamente e acenei para eles.

"Mas e Leona Bonemer?", um homem insistiu.

Não respondi nada, porém quando eles perceberam o meu sorriso uma nova enxurrada de flashs me atingiu. Enfim conseguimos entrar no restaurante, que estava cheio. O ambiente era incrivelmente acolhedor e bonito, com um instrumental de jazz tocando ao fundo. A decoração era sofisticada, com mesas redondas espalhadas em espaços amplos pelo salão, iluminado por lustres de vidro.

O garçom nos cumprimentou com empolgação.

— Irei levá-los até a mesa –nunciou com um forte sotaque brasileiro–, me acompanhem, por favor...

Dei um tapinha no ombro de Dave, que ficou de guarda na escada enquanto subiámos para o segundo andar. Estava totalmente vazio, exceto pela mesa onde Bonemer e Elizabeth nos aguardavam.

Lizzie estava linda, o cabelo estava com um corte channel e ela vestia um vestido branco de mangas longas e soltas. A morena se levantou com um sorriso e recebeu um beijo de Damien, acenando para mim em seguida. Fui até Leona e a cumprimentei com dois beijinhos na bochecha, assim como Dam havia me ensinado. Os brasileiros eram engraçadinhos com certos costumes, mais receptivos... Eu não estava acostumado com isso vivendo nos Estados Unidos.

Inegavelmente, Leona Bonemer era uma mulher muito bonita. Seus olhos castanhos possuíam um tom de café igual aos meus, o que a deixava com um olhar profundo; o cabelo dela brilhava num marrom bem iluminado, com fios ondulados e cheios. Ela trajava um terno preto e saltos da mesma cor -eu conheci poucas mulheres que ficassem tão maravilhosas de terno como Leona.

Fiquei embasbacado por ela durante alguns segundos mas tentei disfarçar. Leona tinha cheiro de limão e alecrim. Era muito diferente, muito memorável e muito gostoso. Um aroma fresco.

— E aí, gostou da Fórmula 1? –ela perguntou quando sentamos lado a lado.

— Achei meio sem graça, pra falar a verdade. –confessei, dando de ombros. — Qual é o propósito de ficar dirigindo em círculos?

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